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Associação CASA do Porto alvo de violência

A associação do Porto CASA foi alvo de um acto de vandalismo na quinta-feira à noite. Três homens entraram na sede onde decorria uma reunião e começaram a atirar mesas e cadeiras contra os membros da direcção presentes. Ninguém ficou com ferimentos graves, mas os danos podem chegar perto dos dois mil euros.
"Eram perto das 20h40 quando estávamos a trabalhar na CASA e entraram três indivíduos que começaram a vandalizar a sede. Eu levei com um computador nas costas e outros colegas meus levaram com duas cadeiras em cima." É esta a descrição que Diogo Figueira, membro da direcção do Centro Avançado de Sexualidades e Afectos (CASA), no Porto, faz sobre a noite de quinta-feira. Ao dezanove, o responsável explicou que quando chegaram, os três homens, na "casa dos 30 anos", pareciam querer tabaco mas não foi isso que aconteceu. "Começaram com insultos de todo o tipo, atiraram mesas pelo ar em direcção ao balcão", explica.
Em poucos minutos o espaço ficou num cenário de guerra. Cadeiras pelo ar, mesas atiradas contra os membros do Centro. Fora as nódoas negras devido à confusão, os maiores danos foram mesmo os computadores portáteis atirados ao ar avaliados em perto de dois mil euros e o receio do mesmo voltar a acontecer. Isto porque, quando tiveram hipótese de reagir, os três indivíduos fugiram sem deixar rasto. Sabe-se que eram brancos, estavam de gorro, mas a rapidez com que aconteceu, "perto de um minuto", não permitiu identificar as pessoas. Não houve violência física directa e nunca ninguém os tinha visto.
A polícia demorou cerca de uma hora a chegar e a preocupação dos agentes apenas permitiu dizer uma frase em tom irónico: "A culpa é do Sócrates". Nada mais foi feito. No Centro não se acredita que tenha sido uma acção homofóbica, tanto que não foram vandalizados outros objectos que estavam à mão, como espelhos à entrada ou garrafas de bebidas. Acredita-se que tenha sido uma agressão contra os próprios membros do CASA, já que a associação levanta muitas vezes questões sensíveis, que vão desde a sexualidade, até às agressões sexuais e violência doméstica.
"Foi a primeira noite que encerramos", explica Diogo Figueira, mas sublinhando que não vão baixar os braços. "Recebemos muito apoio e até houve pessoas que apareceram lá hoje com bolos!". O receio está presente e a direcção está a estudar "medidas de prevenção, mas fechar a porta não é solução". Isto porque a filosofia do Centro é ser um "espaço que está sempre aberto" para todos.
Esta sexta-feira há uma festa de Magusto que não foi cancelada.
DC
 
 

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