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Broadway, a última morada de Carlos Castro. Homofobia “desbragada” gera reacções (vídeo)

Uma semana depois da sua morte, as cinzas de Carlos Castro foram espalhadas na Broadway em Nova Iorque. Este foi, aliás, um dos desejos do jornalista finalmente realizado após alguns dias de hesitação sobre a viabilidade de espalhar as cinzas na via pública. As cinzas foram depositadas junto de uma conduta de ar do metro nova-iorquino pelas irmãs e pelo amigo Carlos Montez.

Para trás fica uma semana de intensa de notícias e comentários nos media, desde os jornais de referência aos tablóides passando pela internet, tv e rádio, sobre as hipotéticas causas do crime e as muitas consequências que este caso gerou.

A onda de homofobia manifestada em comentários homofóbicos ou piadas relacionadas com a morte de Carlos Castro geradas logo nas primeiras horas em sites de jornais e nas redes sociais na Internet foi uma das causas que levou a associação ILGA Portugal a divulgar um site sobre crimes de ódio, parte integrante do projecto “Identificar e Combater os Crimes de Ódio Contra as Pessoas LGBT”, que contempla ainda uma formação junto das forças de segurança. Uma página criada por uma utilizadora do Facebook de apoio a Renato Seabra e que apelava à não criminalização do assassínio de gays foi entretanto cancelada. Quem incitar à discriminação sexual incorre numa pena até cinco anos, relembrou o DN em notícia esta semana. Por outro lado, pouco depois, e em apenas quatro dias, uma outra página portuguesa no Facebook que apela à não homofobia nesta rede social chegou aos 800 fãs.

Em declarações à SIC, o antropólogo e ex-deputado, Miguel Vale de Almeida, fala em “homofobia desbragada” provocada pelos comentários que se escudam no anonimato das redes sociais.

Também ao DN, Paulo Côrte-Real explica ainda que, segundo o Eurobarómetro, "a discriminação segundo a orientação sexual é a que tem maior prevalência em Portugal. Isto é um problema mundial mas temos um grande trabalho a fazer, apesar de, no ano passado, termos dado passos importantes nesse sentido".

Na missa pela memória do cronista, realizada este Sábado na Basílica da Estrela em Lisboa, várias personalidades relembraram Carlos  Castro. A presidente da Associação Abraço, Margarida Martins, disse estar com uma “mágoa profunda perante a forma como alguns portugueses brincam na internet com a morte de Carlos Castro”. Recorde-se que nos últimos dezoito anos Carlos Castro tinha doado as receitas da Gala dos Travestis à Abraço.

Renato Seabra, o presumível homicida, permanece nas instalações prisionais do hospital psiquiátrico de Bellevue em Nova Iorque.

 

 

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