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As próximas prioridades da agenda LGBT

A agenda LGBT está bem definida. As prioridades são a a co-adopção, a perfilhação e a procriação medicamente assistida. São estas que “têm agora de ser trabalhadas junto dos partidos políticos. Há que fazer um trabalho de convencimento com o PSD, porque é importante avançar nestas áreas” afirmou ao dezanove Miguel Vale de Almeida à margem da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, que decorreu este Sábado. Para o antropólogo e ex-deputado é preciso “pôr os temas na agenda dos media e fazer parcerias”, porque se “pode fazer o mesmo trabalho com este novo governo”. Vale de Almeida acrescenta que “não é nada expectável que o governo de direita faça algum retrocesso no que diz respeito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à lei de identidade de género, até porque o PSD já disse estar confortável com estes avanços. É raro em democracia haver este tipo de retrocessos de direitos e também não houve nenhum anúncio disso durante a campanha eleitoral”, lembrou.

 

“Temos de continuar a influenciar a agenda LGBT, sobretudo na questão da parentalidade”, considera Paulo Côrte-Real. O presidente da ILGA
Portugal acrescenta que a 7 de Outubro será realizada a primeira conferência internacional dedicada à parentalidade, sob o mote
"Famílias no plural: alargar o conceito, largar o preconceito" e que contará com vários especialistas internacionais. A conferência servirá
para "trazer o tema ao debate público com seriedade e cientificidade e ao mesmo que alerta para situações que já existem [crianças que já
vivem com casais homossexuais, mas não são reconhecidas legalmente como filhos de ambos os membros do casal].
Foto: Autoria José Carlos Tavares. Cedida pelas Panteras Rosa

Já as Panteras Rosa estão concentradas nos movimentos que surgiram dos protestos da Geração à Rasca e "vamos mais além das questões da sexualidade", referiu Sérgio Vitorino ao dezanove durante a Marcha do Orgulho LGBT. "Porque os direitos das minorias são os primeiros a ser atacados social e legislativamente." Sérgio Vitorino enumera alguns exemplos: "É possível que o PSD queira andar para trás na recente lei de identidade de género que ainda não foi visivelmente aplicada. Já no casamento não acredito em retrocesso legal". "Acredito que os jovens LGBT vão sair cada vez mais tarde da casa dos pais por causa da crise económica. O movimento em si deve continuar a lutar imperturbável pela mesma agenda, sem mudar de estratégia como pelo aprofundamento da lei das pessoas transexuais e na questão da parentalidade”, completa Sérgio Vitorino.

 

Foto de Sérgio Vitorino: Autoria José Carlos Tavares. Cedida pelas Panteras Rosa.

 



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