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Nem na mata se encontram histórias assim

Morangos com Açúcar vão ter casal gay (vídeo)

 A série de Verão dos Morangos com Açúcar vai incluir pela primeira vez um casal de namorados homossexuais. Nas temporadas anteriores, a série apenas apresentou referências esporádicas à temática, sendo inédita a existência de um relacionamento prolongado entre duas personagens gays. O casal será interpretado pelas personagens Fábio e Nuno, que se conheceram numa discoteca gay (ver vídeo). Nuno tem sempre assumido uma postura homofóbica perante os amigos, no entanto, nos próximos episódios iremos assistir a uma reviravolta na personagem. Segundo explicou ao Jornal de Notícias José Pinto Carneiro, argumentista de Morangos com Açúcar, as cenas de carinho entre o casal já foram gravadas, “de uma forma realista”, “com uma relação o mais possível natural”. “Queríamos contar esta história de forma normal. Hoje na televisão não se pode dar ainda grandes manifestações de carinho entre homossexuais. Mas arriscámos”, referiu. Os Morangos com Açúcar Verão contam com 60 episódios.

                  

Ataque homofóbico na véspera do Dia de Portugal

Três pessoas foram vítimas de um ataque homofóbico na noite de 9 para 10 de Junho na rua da Imprensa Nacional, em Lisboa. A agressão começou no café B&S. A., que por questões de segurança prefere não ser identificado, contou ao dezanove que se encontrava às 2h30 no B&S à espera do namorado e de uns amigos para ir para a discoteca Trumps, que se localiza na mesma rua. Foi então que dois homens entraram no bar, “que estava quase vazio, com o intuito de me agredirem”. Após vários insultos, “pedi o livro de reclamações por estar a ser incomodado dentro do café. Assim que cheguei ao balcão e o fiz, pegaram em mim e bateram-me com a cabeça no vidro de um carro”. Outras duas pessoas foram ainda vítimas destas agressões.  A., que apresentou queixa à polícia, não hesita em descrever este ataque como sendo homofóbico.

Recorde-se que o Dia de Portugal é a data escolhida pela extrema-direita para sair à rua. “Segundo o que ouvi na esquadra, bem como notícias que recebi no Facebook, houve várias agressões durante o dia na zona do Martim Moniz, junto das comunidades imigrantes, e de noite na zona do Bairro Alto e Príncipe Real”, referiu. O Partido Nacional Renovador (PNR), por exemplo, manifestou-se a 10 de Junho em Lisboa, entre Largo do Rato e a Praça de Camões, onde envergou faixas onde se podia ler “Pela família e contra o lóbi gay”.

O testemunho de uma ex-Testemunha de Jeová

 Chama-se glbtex-tj e pretende ser o ponto de encontro de testemunhas e ex-testemunhas de Jeová LGBT.  Ao dezanove, a autora, que prefere não ser identificada, explicou que a principal motivação da existência do blogue “é denunciar as práticas das Testemunhas de Jeová. Como ex-Testemunha de Jeová sinto que é importante, alertar as pessoas que não conhecem, o que se passa nas práticas das Testemunhas de Jeová, o que não mostram no dia-a-dia, mas existe e é praticado”. E explica as razões para esta luta virtual: “As Testemunhas de Jeová têm feito práticas psicológicas danosas, violência psicológica com consequências para uma vida quer de jovens crianças, quer de adultos. Os anciãos, aqueles que estão à frente nas congregações, manipulam e coagem pelo medo aqueles que querem sair da seita, organizando Comissões Judicativas onde as pessoas são julgadas através de longas horas de perguntas e respostas.  Aplicam também medidas punitivas àqueles que saem, por exemplo não serem cumprimentados pelas outras Testemunhas de Jeová”.
Ao glbtex-tj têm chegado pedidos de ajuda e testemunhos de experiências. “O blogue funciona como um ponto de encontro, de partilha de experiências”, refere a autora. E quanto ao nível de participação? “Creio que não é maior porque as pessoas têm medo da exposição que pode advir e sinto que muitas das ex-Testemunhas de Jeová só querem esquecer o seu  passado... A ideia de ajuda mútua a partir de experiências semelhantes ainda não é muito natural em Portugal, as pessoas muitas vezes vivem situações semelhantes, mas ainda não dão a cara, preferem viver isoladas, a viver uma situação partilhada.”