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O que Andy Warhol fez para a televisão

Andy Warhol é muito mais do que autor da mais famosa lata de sopa do planeta e autor da iconográfica banana. Warhol foi realizador, pintor, ilustrador, um dos principais impulsionadores do movimento pop art, artista plástico e ainda apresentador de vários programas de televisão nos Estados Unidos. É esta última vertente, que não costuma ser associada ao artista, que está em destaque na exposição Warhol TV que foi inaugurada esta segunda-feira no Museu Berardo, em Lisboa.

Warhol quis desde cedo através da sua obra democratizar a fama com a célebre expressão "um dia todos terão direito a 15 minutos de fama", tornando-se ele próprio um profeta de tendências e um guru da moda. Warhol gostava definitivamente de glamour e através da originalidade do que mostrava, do quotidiano ao excêntrico, procurava despertar o questionamento. Para o fazer de forma popular nada melhor do que a televisão, a ferramenta ideal para a promoção da arte e a transmissão do conceito lato de beleza que Warhol buscava incessantemente. Pelos seus programas de televisão passaram famosos da noite de Nova Iorque, artistas e as estrelas em ascensão.

Ao longo da exposição pode-se ver como Andy Warhol vivia fascinado pela criação entrelaçando moda, música, cinema, televisão e ainda o music hall. Exemplo disso são trabalhos tão diferentes, como anúncios protagonizados pelo próprio Warhol para a Coca-Cola ou TDK, as entrevistas que fazia tanto a travestis (no bar The Pyramid), a famosos (como Lisa Minelli, Steven Spielberg, Brooke Shields) ou até a anónimos (que passavam pela The Factory).

Warhol recusava-se a morrer, preferia "desaparecer". A exposição termina a relembrar esse momento em 1987, com imagens de um programa exibido na MTV. Até no momento da morte, foi tratado como um artista do mainstream.

A exposição estará patente até 14 de Novembro. A entrada é livre.

Paulo Monteiro