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Marcha Porto: Sérgio Vitorino "Viemos por causa das próximas lutas"

Sérgio Vitorino, activista das Panteras Rosa, foi um dos muitos orgulhosos marchantes deste Sábado. Em declarações ao dezanove, Sérgio Vitorino faz o balanço no dia das comemorações do Orgulho LGBT no Porto. “Neste ano de avanços significativos, viemos cá dizer que há todo um trabalho de rede social que é ainda necessário fazer, aprofundando assim as vias que o movimento LGBT abriu. Ao contrário de Espanha, o casamento não é o fim de um processo, mas o início de uma etapa.” O colectivo Panteras Rosa tinha também participado na Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa que decorreu no dia 19 de Junho.

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Marcha Porto: MICA-me para a cultura e irreverência

 

"O MICA-me é um movimento de intervenção cultural e artística criado em 2008", descreveu ao dezanove João Ribeiro, um dos jovens responsáveis da associação portuense que participou no Marcha do Orgulho LGBT do Porto. "A marcha é simbolicamente um dos dias mais visíveis da comunidade LGBT e, por isso, faz todo o sentido intervir hoje", diz.

O MICA-me, uma das 15 entidades que organizou a 5ª edição da Marcha do Porto, que leva a cabo actualmente vários projectos. A revista electrónica (*)asterisco vai já na segunda edição e é feita a várias mãos pelos voluntários da associação. Com um grafismo cuidado, a publicação online tem uma vertente artística que abrange temas que vão desde a música, fotografia, cinema, tecnologia, literatura, desporto ou saúde, muitas vezes explorados a partir de um enfoque LGBT. João Ribeiro adianta que outro dos projectos da associação é divulgar a poesia. "Promovemos encontros onde falamos de temática LGBT, mas não só", completa.

No Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, o MICA-me organizou no Porto uma flash mob que designou de kiss in "para mostrar a todos que os nossos afectos não são diferentes dos outros. Os nossos projectos são energéticos e não pretendemos ser exclusivos, queremos passar a mensagem para a sociedade portuense", conclui João Ribeiro.

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Revista Com'Out regressa na próxima semana

A Com' Out vai regressar às bancas dentro de uma semana, anunciou a revista na sua página oficial do Facebook, sem especificar o dia em que voltará a estar à venda.  Elisabeth Barnard, responsável da editora Joeli que detém a revista de temática LGBT, tinha já adiantado que o regresso seria efectuado de forma “bem diferente da revista inicial, com uma periodicidade trimestral, um preço mais baixo e com uma tiragem que rodeia os 10 mil exemplares.” A primeira versão da revista, suspensa em Março de 2009, tinha uma periodicidade mensal e um preço de capa de 4,5 euros.

Marcha Porto: Uma CASA para todo o país

Violência conjugal. Discriminação. Algum marialvismo. Pouca reivindicação do prazer. Manuel Damas não hesita em enumerar ao dezanove os problemas em torno da sexualidade mais prementes no Porto que, de resto, parecem ser comuns às outras cidades do país. O presidente da CASA (Centro Avançado de Sexualidades e Afectos) vai, aliás, lançar em Setembro, sob chancela da Leya, o livro “Os portugueses são analfabetos sexuais... e emocionais” onde pretende analisar a fundo o comportamento dos portugueses, fruto de mais de 20 anos de actividade clínica e de investigação na área da sexualidade.

A associação que dirige esteve presente na 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto, poucas semanas depois de inaugurar a sua sede na Invicta. É nas novas instalações que vai decorrer já a 17 de Julho um debate sobre a adopção de crianças por pessoas do mesmo sexo: No calendário está também marcado o arranque do primeiro curso de danças de salão com turmas mistas (pares homo e heterossexuais) e várias acções de formação acreditadas pelo IEFP. A CASA define-se como uma associação que quer combater a violência de género, lutar pela universalidade do direito à felicidade e promover a igualdade. “A CASA juntou pessoas da sociedade civil que querem intervir. São pessoas que vão do CDS ao Bloco, são católicos e ateus, homo e heterossexuais”, descreve Manuel Damas.

A CASA quer alargar a sua influência a nível nacional e pretende trabalhar também em Espanha, França e Brasil. “Este é um projecto mesmo a sério. Estou a pôr em andamento um projecto que já tenho há 20 anos”, sublinha Manuel Damas, que é co-apresentador, ao lado de Maria José Guedes, do programa do Porto Canal “Sexualidades, Afectos e Máscaras”. No início do mês, juntamente com o bar Pride, organizou a festa Love Pride, no Sá da Bandeira.

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Marcha Porto: Caleidoscópio LGBT: “As pessoas pensam que com o casamento está tudo acabado, mas não”

 

Em Janeiro de 2007 nascia o Caleidoscópio LGBT. “Havia necessidade de criar no Porto um grupo mais fluído que pudesse intervir e focar-se no activismo no Porto e no norte do país”, relembra Paula Antunes, dirigente do grupo que integrou a 5ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto, que decorreu no passado Sábado. Ao longo destes anos, o Caleidoscópio LGBT tem participado em tertúlias e em sessões de esclarecimento em escolas e câmaras municipais. Muito do activismo passa também pela intervenção online. “Apostamos muito nas novas tecnologias da informação e comunicação. Somos, por exemplo, a organização com maior número de fãs e seguidores nas redes sociais.”

Paula Antunes considera que, apesar da aprovação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, há muito trabalho pela frente. “Ainda há muita homofobia e discriminação. Isso só se combate com sessões de esclarecimento nas escolas e junto do público em geral. As pessoas pensam que com a aprovação do casamento está tudo acabado, mas não”, afirma a dirigente.

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Governadora do Havai veta casamento para não discriminar irmãos e primos que também quisessem casar (vídeo)

Em Maio passado a proposta de lei tinha sido aprovada pela Câmara dos Representantes do arquipélago, que faz parte dos 50 estados norte-americanos, mas no final da semana passada a governadora do Havai vetou a lei.   Linda Lingle vetou a lei do casamento para, justificou, não discriminar irmãos e primos que também quisessem casar. As declarações puderam ser ouvidas num programa de rádio antes de uma intervenção em directo.

Marcha Porto: Histórias de amor incondicional entre pais e filhos (vídeo)

Ao longo da Marcha do Orgulho LGBT do Porto foram várias as palavras de ordem, mas entre todas as vozes havia umas que se destacavam, mesmo sem megafones. Eram as mães e os pais da AMPLOS (Associação de Mães e Pais pela Libertação da Orientação Sexual). Alexandrina Varela faz parte do grupo de pais que se têm reunido no Porto nos últimos meses. “O objectivo é apoiar pais e mães e, por consequência, os filhos. Este é um ponto de apoio, esclarecimento e informação”, descreve.

Alexandrina Varela apareceu com a família na reportagem na TVI “Por vergonha de amar” onde o filho Pedro assumiu a sua orientação sexual. “Primeiro há um choque, mas a segunda fase é de aceitação. E aí entramos nós que também queremos fazer alguma coisa positiva pelos outros”, diz a mãe, enquanto os outros pais marcham e gritam palavras de ordem: “Sim, sim, sim, mães e pais estão aqui!”

“O meu filho também está a participar na marcha, já sabemos dele há dois anos. Agora a situação é muito diferente, sentimo-nos os agentes de uma mudança que tem de ser feita. Desde a reportagem houve dois entendimentos entre filhos e pais”, comenta a mãe de Pedro. Ao mesmo tempo Margarida e Paulo fundadores da AMPLOS continuam com as palavras de ordem: “Dizemos não, não, não à discriminação! Filho ama quem quiser, seja homem ou mulher!”

Após a exibição da reportagem, a associação AMPLOS tem sido abordada por mais pais do Grande Porto. Embora ainda sem sede própria, têm-se reunido de dois em dois meses na Cadeira de Van Gogh, um espaço portuense, mas estão disponíveis para encontros com outros pais aos Sábados à tarde. E uma mãe orgulhosa agarrada à faixa azul continua a descer a Rua Gonçalo Cristóvão com um bem alto “O que nos une afinal? Amor incondicional!”

 

Pedro Varela, que ostentou a faixa 'Existimos, Direitos Exigimos!', faz ao dezanove o balanço da participação na Marcha. ”É a segunda vez que participo e faço parte da organização”, afirma o jovem quase a completar 19 anos. As reacções menos positivas de ter aparecido na televisão foram de “alguns membros da família mais alargada. De resto, na rua as pessoas recebem-me de braços abertos” comenta. “Houve filhas que contaram aos pais e a situação correu bem e fiquei feliz por ter conseguido libertar alguém da vida dupla”, remata Pedro Varela.

 

Outro dos participantes da 5ª edição do orgulho LGBT no Porto, Tiago Lopes, trouxe o namorado espanhol, Hector Carretié, à marcha. “O que me trouxe aqui foi a solidariedade pela causa que representa, porque acho que é preciso dar a cara por estes temas, que fazem falta serem falados na sociedade de forma banal.” Hector Carretié vê a sociedade portuguesa avançar no bom caminho e aponta em declarações ao dezanove algumas das questões que ainda fazem falta alcançar: “Eliminar a homofobia e uma lei de identidade de género.” Os pais de Tiago Lopes também passaram pela marcha e disseram ao dezanove que tinham vindo “apoiar o nosso filho.” Para a mãe, “a felicidade dele é que conta. Imagino o que ele deve ter sofrido, bem que podia ter-nos contado antes”. O pai acrescenta “compreendemos perfeitamente esta luta”. Orgulhosos, os pais da família Lopes concluem: “Os filhos homossexuais não são bichos papões, o importante é aceitar, haver liberdade e respeito para todos.” 

 

                   

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Marcha Porto: Do Bolhão à Ribeira porque “para tristezas já bastam os impostos que temos de pagar”

Enquanto as palavras de ordem ecoavam nas ruas da Invicta, o dezanove quis saber o que pensavam os tripeiros de gema, e não só, que se cruzaram com a manifestação do Orgulho LGBT deste Sábado. Uma recolha de opiniões que começou na Praça da República e só parou na Ribeira, com uma passagem pelo sempre obrigatório Mercado do Bolhão.

 

Rui Martins, 45 anos, assiste à porta do supermercado aos preparativos do início da marcha na Praça da República. “É a manifestação da terceira via, não é? O conteúdo não sei”, comenta. “Acho bem a tudo [os mesmos direitos para os LGBT]” E quanto à adopção? “As pessoas têm de compreender que a modernidade leva a isso. O mal do mundo não é isso. É a ganância. Os homossexuais não me incomodam nada”, completa.

Elsa Gabriel, casada e com 53 anos, acompanha Rui e refere que só ficou a saber que ia decorrer a Marcha quando foi ao supermercado. “Um amigo meu que é homossexual não é a favor do casamento e eu também não sou, mas acho que devem ter os mesmos direitos”, diz Elsa. “O meu amigo não adere a estas coisas, talvez por ser uma pessoa conhecida”, declara.

 

José Luís, 33 anos, também na Praça da República, não hesita em descrever a Marcha: “É um comício gay e eles reivindicam os direitos deles a nível de sexualidade como qualquer ser humano.” E acrescenta: “Cada um gosta do que quer, não somos todos obrigados a gostar do amarelo. Acho que em Portugal não estamos preparados para ver dois homens num café aos beijos e aos ‘apalpanços'. Para mim e para o meu filho seria estranho. No entanto, não temos o direito de julgar, porque não somos ninguém. Conheço bastantes gays e só não gosto dos gays femininos.” Na opinião de José Luís, os gays são pessoas mais cultas, com alta formação, sabem falar e por isso têm capacidade de educar crianças, porque isto [homossexualidade] “não se pega”.

 

À entrada de Rua de Santa Catarina, duas amigas espreitam à porta de uma loja e dizem ao dezanove que não têm nada para comentar sobre a Marcha. “Agora o mundo é como quer. É uma moda. Eu só sei que ainda querem mais direitos. Já se podem casar e agora querem perfilhar. Acho que estão a pedir de mais”, diz Maria José. “Eles são felizes assim, a vida é deles… Para tristezas já basta o governo e os impostos que temos de pagar”, contrapõe a amiga Isaura. Maria José comenta que não conhece nenhum homossexual, a não ser “os travestis que andam aqui na rua”, uma figura pública que ia “ao bar dos gays” e a filha de um vizinho de Vila do Conde que tem “uma profissão de homem”. A amiga Isaura volta a discordar: “As profissões não têm nada a ver, se fosse pelas profissões não havia mulheres polícia e agora na tropa. Não podemos entrar por aí.”

Miquelina, 78 anos, assiste à marcha com o marido José Augusto na soleira de uma loja da Rua de Santa Catarina. “Para nós está tudo bem.” Afirma não conhecer homossexuais, “só ouço falar”. Uma provocação: estará uma criança melhor num orfanato do que com um casal de homossexuais? Miquelina é peremptória: “com um casal, claro. Todos têm os seus direitos, os gostos são relativos, no tempo de antigamente é que não podia ser, [os homossexuais] são pessoas educadas, respeitam as pessoas.” Ainda tentamos ouvir a opinião de José Augusto, mas a esposa rematou com “as crianças têm de ser preparadas para tudo e os seniores também. Acho giro. As pessoas têm de transmitir aos outros o que querem e o que são.”

 

Enquanto os manifestantes estavam sentados na Rua de Santa Catarina, o dezanove foi falar com um grupo de jovens, três espanholas e dois portugueses. “Viemos cá por causa deste nosso amigo. Sempre soubemos que ele era [homossexual] e estamos aqui para o apoiar”, dizem.  

 

 

 

Ao lado do mercado do Bolhão, Isabel Cunha Lopes e Fernanda Pereira, na casa dos 50 anos, desciam a rua de forma apressada. Saberão qual foi a manifestação que estava a decorrer? “Não sei, sei que era alguma coisa revolucionária, ouvi a Grândola Vila Morena e outra do Sérgio Godinho”, conta Isabel. Depois de informada, Isabel diz-nos que não tinha associado estas músicas à manifestação dos homossexuais. E acrescenta: “lá por eu não ser, desde que não interfira com a minha vida está tudo bem. Concordo com tudo.” E relembra a opinião da neta de oito anos: “Normal não é, mas temos de respeitar toda a gente”. Fernanda Pereira remata “a cor da pele, a raça, a política das pessoas não interessa, o que interessa é a chave da paz, não da guerra.” 

 

Cecília Lee, Lorraine Wer e Maria Yi, com cerca de 20 anos, são umas turistas chinesas de passagem pelo Porto. Contam logo que na China existem muitos gays, mas não existem marchas do orgulho gay. Confidenciam que na China a cultura gay é considerada “cool” especialmente pelos mais novos. E despedem-se dizendo: “We support gay rights”.

 


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Porto Pride: Da noite de festa ao raiar da SOL

Após uma tarde de celebração e reivindicação nas artérias portuenses, a noite começou tímida à porta do Teatro Sá da Bandeira. Os espaços das associações e colectivos LGBT e de defesa dos direitos humanos foram os primeiros a ser ocupados. No rés-do-chão podiam encontrar-se os bares e no primeiro andar as mesas de divulgação do dezanove, do MICA-me, da recente equipa de rubgy gay portuense - Oporto Spartans, do Caleidoscópio LGBT, das Panteras Rosa, SOS Racismo Porto, Check-in, UMAR, entre outras. Era a oportunidade dos presentes no teatro, transformado para receber o Orgulho, de ficarem a conhecer um pouco mais dos projectos que se estão a desenvolver em prol das mais variadas causas na cidade Invicta, mas não só.

A meio da noite a pista de dança já se encontrava repleta para assistir aos espectáculos de transformismo. Roberta Kinsky inaugurou o palco com uma performance de "Can't be tamed" de Miley Cirus. Pelo palco passaram ainda Elsa Martinelli, Tiago Tib e Natasha Semmynova entre outros intérpretes trans da noite portuense que intercalaram as actuações com a música pop e rock dos tops seleccionada pelos DJs presentes.

A noite do Orgulho LGBT organizada pelo PortugalGay.pt e pelo bar Boys r Us reservava ainda uma surpresa face aos anos anteriores: uma mensagem de Rui Rio, que foi lida por Miguel Pereira, dono do bar portuense. Abordando o tema do respeito pela diferença e reconhecendo a luta dos cidadãos LGBT, a missiva foi também projectada exibindo até a assinatura do presidente da Câmara Municipal.  De seguida, Miguel Pereira entregou o donativo no valor de 3247,45 euros referente à edição transacta do Porto Pride à presidente da Associação SOL, associação que alberga crianças afectadas e infectadas pelo VIH. Em declarações ao dezanove, Teresa Almeida confirmou que esta verba se trata de "uma importante ajuda para os projectos e para as férias das crianças acolhidas pela instituição. É fantástico não tendo a SOL nenhuma filial aqui sermos tão bem recebidos pelas pessoas do Porto, que são as primeiras a serem solidárias. É algo que me comove".

A presidente da associação informou estarem neste momento a cargo da SOL 22 crianças entre os cinco meses e os 16 anos e lamentou faltar à sociedade portuguesa "cultura, informação e um olhar atento para que estas crianças sejam felizes como todas as outras". A representante da SOL acrescentou que "gostaria que houvesse um maior empenho das entidades públicas que mandam as crianças para a instituição, mas que impedem a associação de melhor desenvolver o seu trabalho por falta de apoio." 

A presidente da associação fundada há 18 anos e galardoada pela UNESCO frisou que "estas crianças são do país."

E a música durou até de manhã e o Porto amanheceu com mais orgulho.

 

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Marcha Porto: Os principais destaques na imprensa (vídeo)

SAPO Notícias - Marcha Orgulho LGBT: O dia do “arco-íris” no Porto (vídeo e fotos) A quinta Marcha do Orgulho LGBT decorreu neste sábado no Porto. 15 instituições e muitos cidadãos saíram as ruas para reivindicarem mais igualdade para homossexuais e transexuais e também para celebrarem o que já foi conseguido. A aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi motivo de celebração nesta Marcha de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) mas outros temas fizeram parte da reivindicação e protesto dos participantes. “A questão da parentalidade, da adopção, da identidade de género e do acesso médico mais fácil para a mudança de sexo” foram as principais bandeiras desta quinta Marcha LGBT na Invicta, explicou ao SAPO Marta Pereira da SOS Racismo. Sob o mote “Existimos, direitos exigimos” a Marcha começou na Praça da República mas foi na Rua de Santa Catarina que teve o seu momento alto com a leitura do manifesto. Não era possível calcular o número exacto de participantes mas Patrícia São João, da Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidade entre Mulheres e Homens, esperava que a Marcha reunisse mais pessoas do que no ano passado, quando estiveram “cerca de mil participantes”. Entre as bandeiras do arco-íris, símbolo das minorias sexuais e da diversidade, encontravam-se pessoas de todas as idades mas principalmente muitos jovens. A Marcha é também uma forma de combater “preconceitos” e “mostrar que os homossexuais, as lésbicas, os bissexuais e os transgéneros são pessoas como todas as outras”, disse Hélder Pereira, um dos participantes.

 

Diário de Notícias - Marcha celebra casamentos 'gay'

A 5.ª Marcha do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros) no Porto decorreu ontem na capital do Norte para celebrar as conquistas conseguidas, como o casamento homossexual, que desde há um mês é permitido em Portugal. Além disso, a LGBT quer marcar o "início de novas lutas". "Foi um ano de conquistas mas também de abertura para novas lutas e continuação de outras, entre elas a da adopção, co-parentalidade, inseminação artificial e direitos dos transexuais", realçou Nuno Moniz, da organização da 5ª Marcha do Orgulho LGBT. A marcha começou na praça da República e segue pela rua Gonçalo Cristóvão, desceu a rua de Santa Catarina, a 31 de Janeiro e acabou na Praça D. João I, em frente ao Rivoli, local onde foram feitas as intervenções pelas organizações que promoveram o evento e depois um pequeno momento de música e diversão para os participantes. Nuno Moniz recordou que a primeira marcha LGBT na cidade do Porto surgiu com o caso da Gisberta, um travesti que morreu na sequência de uma violenta agressão por rapazes.
 

Pela parentalidade, pela adoção, pela igualdade de género e, sobretudo, contra a discriminação. Foram estas algumas das motivações que levaram este sábado centenas de pessoas a participar na 5. Marcha do Orgulho LGBT, no Porto, uma celebração pelas últimas conquistas.

Foi na Praça da República, no Porto, que as centenas de participantes na 5. Marcha do Orgulho LGBT se reuniram para iniciar aquilo que foi um misto de celebração pelas últimas conquistas - a aprovação na Assembleia da República do casamento entre pessoas do mesmo sexo - e de reivindicação por outros direitos. Homens, mulheres, transexuais, jovens, crianças e até animais. A participação nesta marcha foi diversificada, com a festa a ser colorida por balões, bandeiras e tarjas, ao som de diferentes músicas debitadas por um camião, também ele devidamente decorado. Segundo Marta Pereira, membro da organização, "neste momento a grande questão é a parentalidade e a adoção", acrescentando que outro tema muito importante "prende-se com a igualdade de género relativamente ao acesso médico, para que as pessoas possam de uma forma mais rápida e mais acessível" mudar de sexo. "Paralelamente com o que faz nos outros países do mundo, a marcha é uma forma de dar visibilidade à comunidade, de trazer as questões para a rua, também de agitar um bocadinho as águas e a fazer as pessoas confrontarem-se com estas questões que nos afetam a todos", sintetizou uma das organizadoras, de que a questão do casamento homossexual foi uma primeira vitória e de que "há muita coisa por que lutar ainda". Marta Pereira salientou ainda o "enquadramento muito abrangente" da organização deste ano da marcha, identificando o Grupo XY, da polícia, os sindicatos, os partidos políticos e as associações com trabalho na esfera dos direitos humanos. Presente nesta concentração esteve a AMPLOS -- Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual, que como foi criada há apenas nove meses - tendo já neste momento 40 pais associados - é a primeira vez que participou nesta marcha do Porto.  À Lusa, a presidente da AMPLOS, Margarida Faria - cuja filha é homossexual e por isso decidiu iniciar o movimento - considerou que é urgente resolver a questão da parentalidade, condenando a discriminação a que as pessoas LGBT são sujeitas. Pedro Varela, que pela segunda vez participa nesta marcha, explica que esta ação "pretende sensibilizar as pessoas para o preconceito que as pessoas LGBT tem vindo a sofrer" em Portugal. "Já foi aprovado na Assembleia da República o casamento entre pessoas do mesmo sexo mas ainda existem várias reivindicações por resolver como a questão da adoção e da parentalidade para as pessoas que já têm filhos. Existe todo um conjunto de direitos para as pessoas transexuais que ainda estão por saldar", disse.

                   

 

A Bola - Porto: Centenas de pessoas na 5ª Marcha do Orgulho Gay

 

Algumas centenas de pessoas juntaram-se, este sábado, na Praça da República, no Porto na 5ª Marcha do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). O objectivo era celebrar a mais recente conquista do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e reivindicar outros direitos como a parentalidade, a adopção, a igualdade de género e a luta contra a discriminação.

 

Esquerda.net - Mais de 2 mil pessoas na 5ª Marcha do Orgulho LGBT

Jornal SOL - As conquistas passadas e as lutas futuras em marcha LGBT no Porto

Agência LUSA/ Diário Digital - Marcha LGBT celebra casamento homossexual e reivindica adopção

Agência LUSA / Jornal i - Marcha LGBT celebra casamento homossexual e reivindica adopção

Agência LUSA / MSN Notícias - Marcha LGBT no Porto para celebrar conquistas deste ano e iniciar novas lutas

Rádio Voz do Neiva - Marcha LGBT celebra casamento homossexual e reivindica adopção

 

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Marcha Porto: O que reivindicaram os activistas LGBT

Com o tema da Família e mote “Existimos, Direitos Exigimos!”, a Marcha do Orgulho LGBT atravessou este Sábado as ruas da Invicta. As atenções dos transeuntes prendiam-se à passagem dos manifestantes. Um dos pontos altos ocorreu na Rua de Santa Catarina, onde se aglomeraram centenas de pessoas que, nesta tarde de Sábado, puderam ler os cartazes empunhados pelos activistas e ver as mais variadas manifestações de afectos dos participantes. Às 17h45, quando os participantes se sentaram na principal rua comercial da cidade, muitos olharam com surpresa para este gesto ao que se acrescentou a divulgação do manifesto da 5ª edição da marcha portuense: “Porque a rua é o palco de todas as lutas e celebrações de uma comunidade constituída por lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transgénero, que está a vencer o medo e a vergonha de tantos anos, impostos por uma sociedade homofóbica e preconceituosa - séculos de discriminação e humilhações. A orientação sexual e a identidade de género, não nos diminui nem nos torna melhores seres humanos, mas temos orgulho na bandeira arco-íris, símbolo da diversidade e da visibilidade dos nossos amores. Queremos uma sociedade que reconheça a diversidade de modelos familiares com iguais oportunidades perante a lei. Porque a família é uma escolha livre das pessoas, lugar para a partilha de afectos e de vidas em comum e porque o Estado não pode privilegiar nenhum modelo em detrimento de todos os outros”, pôde ouvir-se na Rua Santa Catarina. A marcha rumou depois para a Praça D. João I onde se reuniram as entidades organizadoras e se ouviram algumas das palavras mais fortes da tarde. O dezanove relembra as frases principais:

 

“Nós estamos aqui pelos que aqui não podem estar. O Caleidoscópio congratula-se e acredita que é importante trabalharmos unidos nesta luta. É de longe a maior marcha de sempre.” (Paula Antunes, Caleidoscópio LGBT)

 

“Eu tive um sonho, era surdo e não ouvia os disparates constantes e os risinhos fáceis que nos são direccionados, era cego e não via os olhares de repúdio que com todos os dias nos deparamos era mudo e não podia reagir a tanto absurdo que nos vai matando pouco a pouco, mas acordei. Estava na hora de dizer: Basta!” (Belmiro Pimentel, agente da PSP, Grupo Identidade XY)

 

"A bissexualidade não é uma questão de fé." (Paula Valença, Ponto Bi)

 

“É com orgulho que estamos aqui. Amamos quem quisermos, somos quem quisermos. No poliamor, amor não empata amor!” (Ana Afonso, Poli Portugal) 

A CASA “nasceu há um ano um projecto para combater as discriminações de género, denunciar práticas de violência de género e exigir a disciplina de educação sexual nas escolas” (Manuel Damas, CASA – Centro Avançado de Sexualidades e Afectos)

 

“É com grande motivo de orgulho que desde sempre lutamos pela igualdade entre todas e todos” (representante da Juventude Socialista)

“Foi com muita luta que conseguimos o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas isso não chega! Foi apenas um pequeno passo. O nosso objectivo é viver numa sociedade sem qualquer tipo de discriminação, numa democracia justa. O silêncio é a arma mais poderosa da discriminação. Temos de lutar contra o silêncio e contra a sociedade que ainda recusa a uma pessoa transexual documentos para viver e lhe diz que é doente: não é! Queremos direitos já! Lutamos pelo direito à identidade.” (Ricardo Sá Ferreira, Bloco de Esquerda)

“Passaram 41 anos sobre Stonewall e chegamos aqui após vários muros. Quantos mais serão preciso derrubar? Não esperaremos nem mais um dia enquanto houver discriminação. Vivemos num mundo heterossexista que oprime as crianças nas escolas. Afiamos as garras contra as opressões e pelos nossos direitos!” (Irina Castro, Panteras Rosa)

Há 10 anos comecei a dar a cara pela cidade que eu amo. Passados cinco anos a Gisberta foi assassinada e não podíamos perder a oportunidade de pedir justiça. Resta agradecer-vos.” (João Paulo, PortugalGay.pt)

 

Nós reivindicamos os mesmos direitos entre homens e mulheres. Queremos o acesso à procriação medicamente assistida para as mulheres. Queremos uma sociedade mais justa com paridade e igualdade.” (representante da Rede Portuguesa de Jovens pela Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens)

Porque a discriminação não tem cor, religião, política, orientação sexual… Ainda há muito para lutar. Portugal apenas concedeu 140 pedidos de asilo e nenhum por orientação sexual. “ (Marta Pereira, SOS Racismo)

Feminismos e movimento LGBT encontram-se entrelaçados. Decidimos visibilizar as críticas as binarismo de género porque somos mais do que mulheres e homens, lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros: categorias inventadas de modelos ideais pelas quais nos deveríamos pautar.” (Lurdes Domingues, UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta)

 

 "Estamos muito contentes por vermos tanta gente na marcha e agradecemos a todos os presentes por darem a cara para combater o heterossexismo.” (Sara Oliveira, MICA-me – Movimento de Intervenção Cultural e Artística LGBT)

 

“Somos pais e mães de gays, lésbicas, bissexuais e transgéneros com muito orgulho. Viemos aqui dizer que temos orgulho dos nossos filhos, que não temos medo. Não vamos permitir que a sociedade os discrimine. Estamos ao lado de todos vós por uma sociedade mais justa. Pedimos aos pais que se aproximem dos pais e aos pais que se aproximem dos filhos.” (Margarida Faria, Amplos – Associação de Mães e Pais pela Libertação da Orientação Sexual)

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E o Porto marchou pelo centro da cidade

A quinta Marcha do Orgulho LGBT do Porto terminou hoje na Praça D. João I, por volta das 19h, pondo fim a uma tarde de reivindicação que começou às 16h na Praça da República. Participaram 15 colectivos, com destaque para a AMPLOS (Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual) e para grupo XY, que integra o Sindicato Unificado da Polícia e é dirigido por Belmiro Pimentel, que participaram pela primeira vez na Marcha do Porto. À noite decorre no Teatro Sá da Bandeira, a festa Porto Pride. Segundo declarou Marta Pereira, membro da organização, à agência Lusa, “neste momento a grande questão é a parentalidade e a adopção”, acrescentando que outro tema em destaque nesta Marcha “prende-se com a igualdade de género relativamente ao acesso médico, para que as pessoas possam de uma forma mais rápida e mais acessível” mudar de sexo. “Paralelamente com o que faz nos outros países do mundo, a marcha é uma forma de dar visibilidade à comunidade, de trazer as questões para a rua, também de agitar um bocadinho as águas e a fazer as pessoas confrontarem-se com estas questões que nos afectam a todos”, completou. Terão participado mais de mil pessoas.

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Entrevista: "A Sparkling Party nasceu para ser uma festa anual de Verão"

A uma semana da 4ª edição da Sparkling Party, o dezanove foi entrevistar Pedro Bugarin, o produtor da festa gay de Verão da capital.

dezanove: Sendo esta já a 4ª edição da Sparkling Party, que surpresas estão previstas para os participantes que apareçam na Tapada da Ajuda?

Pedro Bugarin: Quem aparecer no Pavilhão de Exposições da Tapada da Ajuda na noite de 17 de Julho, vai poder desfrutar de uma festa que tem vindo a crescer em produção, em apoios, em qualidade e sobretudo em público, conquistando um lugar especial nas festas LGBT que se vão realizando em Lisboa. A Sparkling Party [é] a mais antiga festa gay de produção independente regular a acontecer na capital. Sempre apostámos em DJs de qualidade. Este ano apresentamos para o warm-up o DJ Mike G que tem feito um grande trabalho na praia do Tamariz-Estoril e como cabeça de cartaz temos o DJ Gilvaia que já não precisa de apresentações, vindo a revelar-se como um dos DJs portugueses de maior visibilidade. Como surpresas especiais, temos um sorteio de uma viagem para duas pessoas com destino a Ibiza, oferta de um dos nosso parceiros (Colour Travel) e outras ofertas de empresas que colaboram connosco neste projecto. Tudo o resto é muito boa onda e gente gira.

 

Como surgiu a ideia de organizar estas festas em Lisboa? Como vê a noite LGBT da capital?

A ideia de produzir a Sparkling Party nasceu há três anos quando decidimos aproveitar aquela que consideramos ser a principal mais valia de Lisboa face a outras cidades e capitais, o facto de ter a 20 minutos do centro da cidade uma excepcional praia de frequência gay infelizmente muito pouco aproveitada. A Sparkling Party nasceu para ser uma festa anual de Verão a acontecer na praia. Infelizmente apenas a 1ª edição aconteceu na Caparica após a qual, por questões ligadas à produção e à falta de condições do local, decidirmos continuar este projecto em Lisboa.  Continuamos a pensar que Lisboa merece ter uma festa anual desta escala que a faça entrar na rota das grandes festas de verão que vão acontecendo pela Europa. A noite LGBT em Lisboa sofre de um problema de escala. Lisboa, apesar de ser uma grande cidade, não tem pessoas suficientes que se entusiasmem com projectos que justifiquem grandes investimentos por parte dos empresários da noite ou dos eventos. O universo LGBT continua a ser uma noite pequena que acaba por viver apenas das opções clássicas que passam pelo Bairro Alto, Príncipe Real e uma ou outra discoteca da cidade e mesmo quando aparecem novos projectos, essa visão conservadora, ou motivada pelo hábito, condenam esses projectos ao desaparecimento.

Pretendem continuar apenas com festas semestrais ou podemos até, em   breve, assistir ao  nascimento de um novo espaço nocturno?

A Sparkling  Party nasceu para ser uma festa anual. Este Inverno fizemos duas experiências: A Guerra dos Sexos, em que nos juntámos à Lesboa na produção de um evento comum, e a Sparkling Party Winter Edition. A parceria anual com a Lesboa será para manter, quanto à produção de uma Winter Edition não estamos ainda seguros de que vá continuar. A nossa grande aposta é fazer uma edição de Verão que entusiasme as pessoas. E não, não temos qualquer intenção de abrir um espaço nocturno em Lisboa. A Lisbon Attitude é uma produtora de eventos.

Que outro tipo de iniciativas é que a Lisbon Attitude, empresa que promove a festa, tem planeadas?A Lisbon Attitude promove vários projectos ao longo do ano, nomeadamente as festas de anos 80 - Let´s Control the 80's que vai já na 8ª edição e o Bal Masqué que foi um êxito e que é definitivamente um projecto para continuar. Além disso, a Lisbon Attitude produz muitas festas para empresas ou marcas que por essa razão não são públicas. Ainda no decorrer de 2010 pensamos apresentar ao público uma nova festa que esperamos venha a ter êxito junto dos nossos fãs. Para já é segredo.

Este tipo de festas em várias cidades europeias costumam ser promovidas a nível internacional para captar turistas. Ainda estamos muito longe deste cenário?

Não estamos nada longe desse cenário, antes pelo contrário. A Lisbon Attitude, desde que lançou a Sparkling Party sempre procurou divulgar esta festa lá fora. Um dos nosso objectivos sempre foi a promoção externa e a inclusão de  Lisboa no roteiro deste tipo de festas que vão acontecendo pela Europa. Logo no primeiro ano  assinámos um acordo com o principal grupo de média para o universo LGBT em Espanha o Grupozero, que sempre foram nossos parceiros. Além disso aproveitámos todos os canais ao nosso dispor via internet para divulgar esta festa pela Europa.

O que mais está a ser feito para vender a festa lá fora?

Este ano, através de um acordo com a Colour Travel, a Sparkling Party está a ser «vendida» lá fora juntamente com um pacote de fim-de-semana em Lisboa, que inclui avião, hotel e festa. Posso dizer que já temos um número simpático de estrangeiros inscritos neste programa, sobretudo franceses e espanhóis. Muito está ainda por fazer, mas a verdade é que a nossa escala continua a ser muito pequena. Penso que a estratégia passa sobretudo pelas parcerias, que em Portugal nem sempre são fáceis de conseguir. Pela nossa parte penso que temos feito um esforço significativo.

Data: 17 de Julho
Local: Instituto Superior de Agronomia – Tapada da Ajuda, Lisboa
Entrada: 15 euros (com oferta de uma bebida)
Hora: 23:00 – 06:00

 

O dezanove está a oferecer entradas aos seus leitores, vê como participar aqui.

Mundial: O espanhol mais bonito (vídeo)

Espanha e Holanda vão disputar no domingo, dia 11 de Julho, a final do Mundial de Futebol, pondo fim a um mês de competições que decorreram na África do Sul. O site espanhol LGBT DosManzanas.com decidiu perguntar aos seus leitores qual o jogador da La Roja que os fariam corar. O eleito destacado entre os participantes neste inquérito foi Gerard Piqué, com 33 por cento dos votos. Seguiram-se Cesc Fàbregas (9%) e Iker Casillas e Xabi Alonso (8% respectivamente) Fernando Torres (7%), Pepe Reina (6%) e Victor Valdés (6%).

                    
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Portugal vai reconhecer casamentos feitos no estrangeiro antes da aprovação da lei

O casamento dos portugueses que casaram com pessoas do mesmo sexo no estrangeiro, antes da entrada em vigor da lei sobre uniões entre pessoas do mesmo sexo em Portugal, vai ser reconhecido pelo Estado português, informou hoje o Ministério da Justiça. “O princípio geral é que o casamento celebrado legalmente em ordem jurídica externa pode vir a ser reconhecido em Portugal”, de acordo com um esclarecimento deste ministério publicado na agência Lusa.

A informação surge após uma notícia da agência Lusa que dava conta de impedimentos no reconhecimento dos casamentos contraídos por cidadãos portugueses no estrangeiro, com pessoa do mesmo sexo, antes da entrada em vigor da nova lei do casamento. Entre 31 de Maio (dia em que a lei foi publicada) e 3 de Julho, foram realizados 18 casamentos homossexuais em Portugal. Estão agendados mais 33 casamentos até ao final do ano.

Jesus na Playboy leva ao fim da revista em Portugal (fotos)

A edição portuguesa da revista Playboy deverá fechar, depois de os responsáveis norte-americanos pelo título terem tomado conhecimento da produção fotográfica de homenagem a José Saramago, publicada na última edição. "Não aprovámos a capa e restantes fotografias do número de Julho da Playboy Portugal. Trata-se de uma violação chocante das nossas normas e não teria sido permitida a publicação se tivéssemos conhecimento antecipado. Devido a esta e a outras questões com os editores portugueses, estamos prestes a rescindir o nosso acordo”, disse Theresa Hennessy, vice-presidente da Playboy Entertainment, em declarações ao site Gawker. A produção, que foi intitulada O Evangelho Segundo Jesus Cristo, incluía fotos onde se  vê Jesus a observar um casal de lésbicas a beijarem-se ou ao lado de uma prostituta na rua. A revista foi lançada em Portugal pela editora Frestacom. A editora adiantou ontem que ainda não tinha sido contactada pela detentora da marca norte-americana a propósito desta questão.

Porto Pride: Da nega da Capital da Cultura à mensagem de Rui Rio

O dezanove foi falar com João Paulo, o organizador da festa para todos os gays, lésbicas, bissexuais, trans e heterossexuais descomplexados da cidade do Porto, que faz o balanço destas 10 edições do Porto Pride.

dezanove: Muito mudou no país desde que organizou o primeiro Porto Pride há 10 anos. Quais as principais dificuldades que teve de enfrentar nessa altura?

João Paulo: Sou um mau exemplo pela positiva... Tive mais receio em relação à reacção à festa propriamente dita por parte dos habitantes da cidade. Receio infundado pois, nos dias depois da festa, tive muitos elogios de pessoas anónimas nas ruas cidade. A organização da festa teve muitas discussões, alguns conflitos, mas no momento da festa tudo estava orientado de forma a garantir um evento de sucesso, como efectivamente aconteceu. A nível pessoal foi complicado ter de me identificar publicamente como gay: especialmente para a minha família que não estava preparada para ter um familiar que dizia "sou homossexual" na televisão.

 

Qual tem sido o papel da Câmara do Porto nas celebrações do Porto Pride? Gostaria de ver as autoridades locais mais envolvidas nas comemorações do Orgulho?

O Porto Pride sempre foi independente. Nunca tendo solicitado nenhum apoio camarário. Aliás, este ano contamos com uma agradável mensagem do dr. Rui Rio de apoio ao Porto Pride 2010. Contudo no longínquo ano de 2001, em que o Porto era Capital Europeia da Cultura, tentamos o apoio desta organização mas foi negado.

 

Este ano decorreu pela primeira uma semana antes do Porto Pride a festa Love Pride, que também decorreu no teatro Sá da Bandeira. O que pensa desta nova iniciativa?

Essa iniciativa não tem nada de novo... Os organizadores do evento fizerem um idêntico no ano passado em Agosto, mas este ano tentaram descaradamente aproveitar-se da fama do Porto Pride. Convém recordar que o evento Porto Pride reverte a favor de instituições com história e provas dadas reconhecidas e que não estão relacionadas com a organização. O Porto Pride é um evento para todos os LGBTH mas vai mais longe ao mostrar que podemos ajudar a sociedade em geral.

 

Que surpresas é que estão preparadas para o Porto Pride deste ano?

Se eu contasse deixavam de ser surpresas. O Porto Pride tem marcado posição por inovar todos os anos sem fazer grandes revoluções. Por exemplo, este ano iremos ter parque de estacionamento a preço reduzido, vamos sortear entradas para uma mega-festa de Verão que vai acontecer duas semanas depois e haverá outras pequenas ou grandes surpresas.

 

Há uma parte das receitas que é destinada a ONG ou entidades de interesse público. No ano passado que verba foi entregue à Associação SOL? Pensa ultrapassar este montante em 2010?

No ano passado foi conseguida uma verba superior a 3200 euros que irá ser entregue este ano no palco à dra. Teresa d'Almeida, presidente da Associação Sol. É claro que esperamos angariar um donativo maior este ano, mas é sempre muito difícil fazer estimativas sobre os consumos no evento. Há anos em que se bebe muito há outros em que as pessoas se retraem.

 

A fechar, a eterna questão Lisboa-Porto. Como olha para as comemorações do Orgulho de Lisboa? O que é que o Porto podia aprender com Lisboa e o que é que as comemorações de Lisboa podiam aprender com o Porto?

No Porto, o Porto Pride é feito em diálogo constante com a organização da Marcha. Algo que se perdeu por completo em Lisboa... Por exemplo, o Porto Pride começa às 22 horas, precisamente para não entrar em "conflito" com a Marcha. Obviamente o Porto Pride é muito mais independente pois não depende do poder político para existir e já diz o ditado: "Não é o tamanho que importa, é o que fazes com ele". Relativamente às Marchas – faço parte da organização da Marcha do Porto e fiz parte da organização de Lisboa por vários anos – acho que há formas de acção diferentes próprias de cada cidade, não que sejam umas melhores que as outras... A do Porto talvez por ser mais recente reflecte actualmente uma maior vitalidade.

 

Data: 10 de Julho

Entrada: 10 euros (com oferta de uma bebida)

Local: Teatro Sá da Bandeira, Porto

Hora: 22:00-08:00

Facebook censura capa do álbum dos Scissor Sisters

A rede social Facebook considera a capa do novo álbum dos Scissor Sisters “inapropriada e demasiado explícita”. O Facebook alega que esta imagem não é coerente com a política da empresa e que implica que a campanha publicitária prevista na rede social não siga em frente. A empresa refere nos artigos 3 e 8 do seu Guia de Publicidade que “imagens demasiadamente explícitas, provocadoras, ou que mostram a corpo de maneira excessiva não são permitidas”.

O álbum Night Work foi lançado em Junho e que tem a capa uma fotografia tirada por Robert Mapplethorpe. “É um rabo sublime e nem é preciso ser gay ou hetero para o constatar. Além disso, é um rabo com história, pertence ao dançarino prodigioso Peter Reed, um rapaz sublime que morreu nos anos 90”, descreveu Jack Shears, vocalista da banda.

Sábado marcha-se na Invicta (vídeo)

No próximo Sábado dia 10 de Julho realiza-se a 5ª Marcha do Orgulho LGBT na cidade do Porto.
Às 16 horas reunir-se-ão na Praça da República sob o lema "Existimos, Direitos Exigimos" várias associações e colectivos para as intervenções, num dia que, segundo a organização, pretende ser "uma festa para assinalar o orgulho pela diferença, visibilidade e a proposta de uma sociedade livre de discriminações".
No manifesto enviado à imprensa pode ler-se "somos pessoas, de muitas origens e convicções, mas [...] juntas na rua com a cara levantada e a certeza de que o futuro só depende daquilo que soubermos fazer dele." 

 O percurso da marcha inicia-se na Praça da República e terá como rumo a Praça D. João I, atravessando as seguintes artérias da cidade (ver mapa): Viaduto Gonçalo Cristóvão - Rua Gonçalo Cristóvão - Rua de Santa Catarina - Rua 31 de Janeiro - Rua Sá da Bandeira antes de chegar à Praça D. João I (frente ao Teatro Rivoli).

A edição de 2010 da marcha portuense conta com 15 entidades entre associações, colectivos e forças partidárias: Bloco de EsquerdaCaleidoscópio LGBT, CASA - Centro Avançado de Sexualidades e Afectos, Grupo Identidade xy - sindicato unificado da Polícia,  Juventude Socialista, MICA-mePanteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia, Partido Humanista, Poly-Portugal, Ponto Bi, PortugalGay.pt, Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens, SIPE - Sindicato Independente de Professores e Educadores, SOS Racismo e UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta.