A pena máxima para homicídio no Estado de Nova Iorque é a prisão perpétua, relembrou à agência Lusa Tony Castro, luso-americano que foi procurador de Justiça do Bronx. Em casos como o assassinato de Carlos Castro é pouco habitual que ocorra a extradição do criminoso para o seu país de origem, acrescentou o mesmo responsável. No entanto, existe um acordo de extradição entre Portugal e os Estados Unidos que permite que os condenados portugueses em solo norte-americano possam cumprir a pena no seu país Natal.
Durante esta manhã Renato Seabra, apontado como suspeito de ter assassinado Carlos Castro, esteve em observação médica numa unidade psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona leste de Manhattan, depois de ter cortado os pulsos numa tentativa de suicídio.
O corpo de Carlos Castro não deverá voltar a Lisboa. É intenção da família realizar o acto fúnebre e a cremação do corpo em Nova Iorque, a cidade preferida do cronista social. As suas cinzas, tal como chegou a expressar Carlos Castro, deverão ser espalhadas por Manhattan.
Renato Seabra, que deu entrada com Carlos Castro no Hotel Intercontinental, em Nova Iorque, no passado dia 29 de Dezembro, é neste momento o principal suspeito da morte do cronista que ocorreu esta madrugada. O modelo de 21 anos é de Cantanhede e tinha sido concorrente do programa "À procura de um sonho" da SIC. Lili Caneças, amiga pessoal de Carlos Castro, recorda que o cronista social chegou a falar sobre a relação entre os dois, referindo que Renato Seabra era "heterossexual".
A notícia da morte de Carlos Castro tem sido o motivo para várias palavras de apreço pelo trabalho do cronista social nos jornais online e nas redes sociais, mas também para várias manifestações de homofobia.
Carlos Castro, jornalista e um dos primeiros gays assumidos de Portugal, foi encontrado morto no Hotel Intercontinental, em Times Square, Nova Iorque. O jornalista deu entrada no hotel a 29 de Dezembro, acompanhado pelo português Renato Seabra, de 20 anos, que é considerado o principal suspeito do homicídio cometido no 34º andar do hotel. Renato Seabra terá saído do hotel momentos antes do corpo ter sido encontrado, tendo sido detido horas depois pelas autoridades num local próximo do crime. O corpo, segundo a imprensa local, terá sido encontrado nú e com os órgãos genitais mutilados, por volta das 19 horas locais.
A Presidência da República anunciou hoje o veto à Lei de Identidade de Género. As razões apontadas são, segundo Cavaco Silva, as "graves insuficiências de natureza técnico-jurídica assim como procede a um enquadramento controverso das situações de perturbação de identidade de género".