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2014: Filmes que se destacaram e um a pensar em 2015

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Ao longo de 2014, o dezanove destacou várias produções cinematográficas com componente LGBT. A poucos dias do fim do ano fazemos a revisão da matéria dada.

 

Os filmes de humor:

“A Mamã, os Rapazes, e Eu!” (“Les garçons et Guillaume, à table!”, 2013, França), de Guillaume Gallienne

Razão: Guillaume Gallienne neste filme é um faz tudo, protagoniza, realiza e é um dos autores do argumento numa história inspirada na sua própria vida. O preconceito pode estar em qualquer lado. Venceu 5 Césares, os prémios da academia de cinema francesa, incluindo o de melhor filme.

Estreou nos cinemas portugueses a 12 de Junho de 2014.

 

 

“Orgulho” (“Pride”, 2014, Reino Unido), de Matthew Warchus

Vencedor da Queer Palm deste ano e em três categorias nos prémios de cinema independente britânico, incluindo o de melhor filme. Baseado numa história verídica onde a união entre um grupo de activistas de direitos LGBT e o sindicato de mineiros que luta pelos seus direitos laborais parece ser perfeita.

Estreou a 6 de Novembro de 2014.

 

 

O filme do IndieLisboa:

"Bambi" (2013, França), de Sébastien Lifshitz, IndieLisboa

É um filme simples de uma beleza rara, é uma das melhores películas LGBT estreadas num festival de cinema em Portugal. Recebeu o prémio de melhor documentário nos Teddy Awards no Festival de Berlim de 2013.

Foi exibido durante o IndieLisboa 2014.

 

 

O filme português:

“E Agora? Lembra-me” (2013, Portugal), de Joaquim Pinto

Razão: Quer se goste quer não o filme de Joaquim Pinto não deixa ninguém indiferente. A viagem ao mundo mais obscuro da vida de um homem VIH+ e VHC+ e do seu marido durante um período de tratamentos experimentais de combate ao VHC (vírus da hepatite C). E é o candidato português ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro na próxima cerimónia.

Depois de ter passado pelos festivais de cinema cá e lá fora, estreou-se comercialmente a 28 de Agosto de 2014.

 

 

Os filmes de Xavier Dolan:

“Tom na Quinta” (“Tom à la Freme”, 2013, Canadá, França), de Xavier Dolan

Razão: É um brilhante e angustiante thriller psicótico, nada mais que um dos melhores filmes de Dolan. Vencedor do prémio FIPRESCI no Festival de Cinema de Veneza em 2013 confirma o jovem Xavier como uma das maiores promessas do cinema mundial.

Estreou nos cinemas portugueses a 19 de Junho de 2014.

 

 

“Mamã” (“Mommy”, 2014, Canadá, França), de Xavier Dolan

Razão: Xavier Dolan deixou de ser uma promessa e este filme vem confirmar que o canadiano pertence à nata dos melhores cineastas. Não venceu a Palma de Ouro de Cannes deste ano por um triz, contudo saiu da Croisette com o prémio do júri. Não sendo um filme LGBT merece estar nesta lista pela importância que tem na carreira do seu realizador. E é este o filme candidato canadiano ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.

A película tem estreia prevista para dia 18 de Dezembro de 2014.

 

 

Os filmes dramáticos:

“O Clube de Dallas” (“Dallas Buyers Club”, 2013, EUA), de Jean-Marc Vallé

Razão: Foi um dos filmes mais falados e comentados da temporada de prémios 2013/2014. Acabou por arrebatar 3 Óscares da academia de cinema americano, incluindo o de melhor actor principal para Matthew McConaughey e o de melhor actor secundário para Jared Leto.

Estreou nos cinemas portugueses a 16 de Janeiro de 2014.

 

 

Os filmes do QueerLisboa18:

"Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" (2014, Brasil), de Daniel Ribeiro

Razão: Este filme foi o escolhido para ser o pré-candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro já em 2015. O filme é tão belo que até dói no coração. Daniel Ribeiro com apenas duas curtas-metragens, esta longa e mais uns quantos trabalhos é já um caso sério no cinema brasileiro. Promete.

Foi o filme de abertura do QueerLisboa18.

 

 

“Rosie” (2013, Alemanha, Suiça), de Marcel Gisler

Razão: No ano em que o QueerLisboa atingiu a maioridade o festival apresentou-nos filmes mais maduros e densos. Este “Rosie” foi o melhor filme deste ano e confirmou que a exigente audiência do festival tem quase sempre razão, tendo-lhe dado o prémio do público.

Foi exibido durante o QueerLisboa18.

 

 

O biopic:

“Saint Laurent” (2014, França), de Bertrand Bonello

Razão: É mais que um biopic, é mais que um simples filme sobre Yves Saint Laurent, é uma beleza da cinematografia francesa. Competiu pela Palma de Ouro e pela Queer Palm no Festival de Cannes deste ano, não ganhou, mas é o candidato francês à nomeação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

 

 

O telefilme:

“Um Coração Normal” (“The Normal Heart”, 2014, EUA), de Ryan Murphy

Razão: O primeiro diagnóstico do VIH/SIDA nos EUA foi há 33 anos. Este filme retrata os primeiros anos de infecção e a luta pelo direito ao tratamento clínico das pessoas LGBT infectadas. Protagonizado por uma constelação de estrelas de Hollywood este filme de Ryan Murphy vem mais uma vez apontar o dedo à actuação do sistema de saúde americano.

 

 

O filme para 2015:

“Love Is Strange” (2014, EUA, França), de Ira Sachs

Razão: Ira Sachs tronou-se mais conhecido em Portugal quando venceu o QueerLisboa16 em 2012 com o filme "Keep the Lights On" (2012). É um dos filmes que mais se fala para a temporada de prémios 2014/2015. É protagonizado por 3 estrelas de Hollywood John Lithgow, Alfred Molina e Marisa Tomei. Conta a história de amor de dois homens que depois de estarem juntos durante 4 décadas decidem casar, mas depois do casamento enfrentam algumas dificuldades financeiras que os obriga a viverem separados em casa de familiares.

Já esteve para estrear este ano por duas vezes... A estreia está agora prevista para 5 de Fevereiro de 2015.

 

 

Luís Veríssimo

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