Um homem latino-americano, que afirma ter sido amante do atirador de Orlando, disse que Omar Mateen tinha realizado o ataque como um acto de “vingança” depois de temer ter ter sido exposto ao VIH.
Qualquer sinal de confusão ideológica no título deste artigo não é pura coincidência. Afinal, quando a piada não é engraçada, há que saber rir para não chorar.
Percebo a subversão que é um evento LGBT utilizar uma frase do fascismo para anunciar a sua festa. Até consigo perceber que o orgulho de sermos nós, de podermos ser nós, tenha um certo vislumbre de empoderamento, de libertação.
É uma das marchas reivindicativas portuguesas com mais organizações presentes. Nem todas estas associações e colectivos dirigem o seu trabalho primordial junto de pessoas LGBTI, mas são unânimes na luta contra a discriminação e na defesa da igualdade. A marcha mais colorida da capital do país contou este ano com 21 organizações e ainda um colectivo recente que levou uma das maiores ovações da tarde: Colectivo de Mulheres Negras Lésbicas de Lisboa - Zanele Muholi (artigo em construção).
Depois do sucesso do canal Hot, o primeiro canal de entretenimento para adultos português, a empresa portuguesa HotGold lançou mais dois canais de subscrição para complementar a sua oferta para adultos: o Hot Man e Hot Taboo.
A AIDES, uma associação francesa de luta contra a sida, está a sensibilizar os adeptos de futebol que estão em França, a acompanhar o EURO2016, para que pratiquem sexo seguro.
A maior rede social de vídeos pintou-se com as cores do arco-íris. O YouTube seleccionou vídeos com mensagens LGBTI friendly vindas de todo o mundo para estarem em destaque na sua homepage.
Embora o tema da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) já tenha chegado ao Parlamento, continua sem conseguir obter grande relevância no espaço público. Devido a isso, a 17ª Marcha LGBT lisboeta foi também palco para esta chamada de atenção por iniciativa do CheckPointLX.
A 6 Pack Band é uma banda de música pop composta por pessoas transgénero criada pela agência de meios Mindshare Mumbai para a empresa Hindustan Unilever, na Índia, com o objectivo de promover a marca de chá Brooke Bond Red Label.
Eu sou homossexual e sou gay e sou bicha e maricas e paneleiro e durante muito tempo não quis ser nada disto. Durante muito tempo neguei tudo isto porque à minha volta não tinha exemplos da normalidade de o ser.
“Foi um ataque terrorista. Foi um ataque contra os homossexuais. Foi um ataque facilitado pelas leis laxistas que regulam a compra de armas de guerra.” (Clara Ferreira Alves na Pluma Caprichosa, na Revista do Expresso, de 18 de Junho).
Qualquer Marcha do Orgulho LBTI é um posicionamento político (mais ou menos declarado). Este ano na Marcha de Lisboa não faltaram políticos.
Destaque para Catarina Marcelino, Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, que, de forma inédita, marcou presença em representação do Governo e para Robert A. Sherman, Embaixador dos EUA em Portugal. Mas vários outros políticos marcaram presença. O dezanove.pt captou o que de mais importante se disse durante a tarde de Sábado:
Tenho lido algumas opiniões que afirmam que o tiroteio de Orlando é um ataque aos Direitos Humanos em geral. Compreendo esse ponto de vista e o porquê, mas não é verdade. Não foi um ataque “generalizado” à humanidade, mas sim um crime de ódio.
Sábado, 18 de Junho, Lisboa foi por todas e por todos, portuguesas e portugueses, americanas e americanos. E, o melhor, Lisboa foi também por todos os que se encontram ali no meio, mais à esquerda ou mais à direita, quer geograficamente quer sexualmente.
Não é nada fácil escrever sobre o massacre de Orlando. E não por não ser evidente que se trata de um ataque homofóbico, já que o alvo e o propósito o provam sem qualquer margem para dúvida. O problema é que a verdadeira catadupa de explicações contraditórias dos factos e respectivas explorações políticas e ideológicas o complicam num emaranhado extremamente difícil de destrinçar. Pode-se mesmo dizer que cada simplificação só obscurece e piora a compreensão de um crime trágico sobre o qual, por outro lado, não se pode fazer silêncio.
Este Domingo à tarde a polícia turca usou gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar os activistas de defesa dos direitos das pessoas transexuais, depois destes se terem reunido em protesto pelo cancelamento da Marcha do Orgulho LGBT de Istambul.
Na maior Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa de sempre (até hoje) o dezanove.pt falou com três casais: o Rui e o Miguel, que se vão casar após dez anos de namoro, tendo já iniciado um processo de adopção; a Mafalda e a Cláudia, que namoram há dois anos e ainda não pensam em casar; o Filipe e o João - irmão da Cláudia -, que estão juntos há 21 anos.
"Celebrar as diferenças, transcender o género" era o mote da tarde de Sábado em Lisboa, pelo menos para os defensores dos Direitos LGBTI. O apelo vindo das 21 associações e colectivos que compõem a organização da Marcha do Orgulho LGBTI de Lisboa, o anúncio da presença de figuras públicas, como o músico Zé Manel, de alguns políticos e membros do corpo diplomático, como o caso do Embaixador dos EUA, parece ter resultado.
Quando há uma semana nos deparámos com as primeiras e cruéis notícias de Orlando estávamos longe de imaginar a semana que se seguiria. Estivemos ao longo de dias agarrados às fontes de informação na esperança de saber algo mais. O que será que aprendemos? Que respostas vamos passar a dar?
Não há números oficiais, mas a opinião é unânime: Esta foi a maior Marcha do Orgulho de Lisboa. À 17ª edição, num contexto de várias conquistas legislativas recentes em Portugal e um massacre efectuado contra a comunidade LGBTI em Orlando, as ruas de Lisboa encheram-se manifestantes para celebrar o Orgulho LGBTI.