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Rudolf Brazda: A história do último sobrevivente gay do Holocausto (com vídeo)

Morreu no início do mês, a 3 de Agosto, Rudolf Brazda, o último sobrevivente conhecido dos chamados Triângulos Rosa, isto é, os deportados pelo regime de Hitler devido à orientação sexual.

 

Nascido a 26 de Junho de 1913 na Saxónia (Alemanha) e descendente de uma família checa de língua alemã, esteve por duas vezes detido nas prisões nazis por ser homossexual. Foi deportado em 1942 para o campo de concentração de Buchenwald, no centro da Alemanha, de onde foi libertado em 1945. Calcula-se que cerca de 10 mil pessoas tenham sido deportadas devido à sua orientação sexual.

Juntamente com Jean-Luc Schwab, o seu biógrafo, foi autor do livro "Itinerário de um triângulo rosa", onde narra o seu quotidiano no campo de concentração, já que foi submetido a trabalho forçado, espancamentos e abusos, ao mesmo tempo em que via morrer companheiros seus.

Foi apenas em Maio de 2008, aquando da inauguração do monumento de homenagem às vítimas homossexuais do regime nazi, em Berlim, que Brazda foi apresentado como o provável último sobrevivente homossexual dos campos de concentração. A revelação mereceu então grande destaque. Rudolf Brazda foi no mês seguinte o convidado de honra da Marcha do Orgulho Gay de Berlim e recebeu, em França, o título de cavaleiro da Legião de Honra.

O funeral realizou-se em Mulhouse, no leste de França, país de que obteve a nacionalidade em 1960 e onde vivia com o seu companheiro. Rudolf Brazda tinha 98 anos.