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Na tarde de Sábado muitos foram aqueles que a partir dos passeios viram a Marcha do Orgulho LGBT passar. Uns juntavam-se, outros ficavam-se pela observação. O dezanove.pt quis saber o que passa pela cabeça de quem vai à marcha para marchar ou para ver marchar. E porquê.

 

Ainda no Jardim do Príncipe Real não passaram despercebidos. Ele usa saia, ela usa bigode. "Estamos a explorar um tema que não é muito explorado nas marchas: as identidades trans" responde Ricardo Moura acompanhado de Teresa Ferraz.  Ambos na casa dos 20 anos são de pontos distintos do país, mas foi Lisboa que os juntou na amizade. "[As pessoas trans] são as que mais sofrem de preconceito, às vezes mesmo de dentro da própria comunidade. O STOP 2012 alerta para isso" diz Ricardo. Pertencem a alguma associação? - perguntamos. "Não, somos pessoas singulares. Simpatizamos com a causa e defendemos que a transexualidade não é uma doença mental" responde Teresa.

 

Junto ao miradouro de São Pedro de Alcântara encontramos João Roque. "Gosto de ver a amplitude da marcha, depois junto-me. Tenho vindo sempre diz. Antigamente ficava mais no passeio, agora não. Nos primeiros anos era mais folclórico. Agora vê-se mais diversidade." Com 66 anos de idade João lamenta a falta de visibilidade das figuras públicas portuguesas. Mas João está também presente por aqueles que não podem estar com ele fisicamente neste dia: "Tomara que no país do meu namorado, a Sérvia, fosse assim. Lá as pessoas são na sua maioria homofóbicas e há partidos nacionalistas, o que torna necessário haver muita polícia. Há mais polícia que manifestantes!", exclama. E João prossegue: "Embora haja abertura por parte do Governo o problema está entre estes elementos e a polícia e a marcha acaba por ser cancelada por questões de segurança."

 

"É uma marcha bacana" respondem Carla e Andreia de Minas Gerais (Belo Horizonte - Brasil). Pela primeira vez numa marcha em Portugal ambas comparam a marcha lusa com a da sua terra Natal: "Lá a marcha é enorme, há trio elétrico e o pessoal é bem mais animado." Quando questionadas onde querem casar o casal brasileiro responde: "Gostávamos de casar cá [em Portugal], mas para depois isso ter validade no Brasil."

 

"É a minha primeira vez" diz, com um sorriso, Pedro Duarte. O jovem de 28 anos explica ao dezanove.pt que as razões da vinda ao marcha se prendem com "curiosidade" e para "ver o ambiente". "Alguma razão para estares no passeio?" - perguntamos. "É mais fácil estar fora, mas o ambiente é super divertido, relaxante e tem muita gente gira." "E qual é a tua opinião em relação aos participantes mais excêntricos que estamos a ver?" atiramos. "É divertido. É a marcha da diversidade, por isso, quanto mais diversa, mais representativa, portanto são todos bem-vindos, porque são todas as cores do arco-íris. Para o ano volto!"

 

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