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Gore Vidal: Faleceu um ícone mundial

Morreu esta terça-feira Gore Vidal, aos 86 anos, vítima de pneumonia. O escritor norte-americano, que se definia como uma “puta fina”, era considerado um dos principais intelectuais gay do mundo. “Não existe isso da pessoa homossexual ou heterossexual. Apenas existem actos homossexuais ou heterossexuais”, chegou a declarar.

Autor de 25 livros, mais de 200 ensaios e peças de teetro, Gore Vidal foi ainda argumentista de filmes como Calígula (1979) e Is Paris Burning (1966). O seu terceiro romance, A Cidade e o Pilar (1948), causou bastante polémica nos Estados Unidos por ter sido uma das primeiras obras a retratar, sem ambiguidade, a temática homossexual. Foi uma das primeiras figuras públicas a combater os estereótipos em torno dos homossexuais. Na edição de Setembro de 1969 da revista Esquire o também ensaísta escreveu: “Todos somos bissexuais. Trata-se de um facto da nossa natureza. E todos somos sensíveis a estímulos sexuais do nosso próprio sexo bem como do sexo oposto. Certas sociedades, em certas ocasiões, sobretudo pelo interesse em manter o abastecimento de bebés, têm desencorajado a homossexualidade. Outras sociedades, especialmente as militaristas, têm-na exaltado. Mas, independentemente de tabus tribais, a homossexualidade é uma constante da condição humana e não é doença, nem pecado, nem crime... Apesar dos melhores esforços das nossas tribos de puritanos para que o seja. A homossexualidade é tão natural como a heterossexualidade. Reparem que eu utilizo 'natural' e não normal.”

O autor faleceu em Hollywood, para onde foi viver em 2003 depois de ter vivido desde os anos 60 num palácio de cinco andares em Ravello, Itália e após o falecimento do seu companheiro de mais de 50 anos, Howard Austen.