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Carla Antonelli: "É mais importante chegar à meta e ser uma sobrevivente do que ser a primeira"

Há um mês esteve em Portugal para uma tertúlia sobre o futuro das políticas trans.  O dezanove.pt continua a entrevista a Carla Antonelli, a primeira deputada transexual de Espanha e activista dos direitos LGBT:

 

dezanove: Um director de um canal espanhol de televisão insultou-a num programa apelidando-a com nomes masculinos e rapidamente se criou uma petição na internet para a defender. O presidente da Câmara de Badajoz chamou “palomos cojos” [uma expressão depreciativa de tratamento] à comunidade LGBT e um programa de televisão nacional entra em acção para organizar uma manifestação de protesto na principal praça de Badajoz, com direito a autocarros fretados e artistas convidados. Em resumo: milhares de pessoas em movimento. Como vê estas tomadas de acção por parte da sociedade civil espanhola para a evolução dos direitos das pessoas LGBT?

Carla Antonelli: Quando se defende a igualdade, defendemos os direitos de todos. É daí que vêm estas mobilizações. O Orgulho LGBT não é só dos LGBT. A visibilidade dos direitos é o mais importante.

 

Foi a primeira cidadã a mudar de nome e de sexo no Bilhete de Identidade, foi a primeira deputada transexual em Espanha. Qual é o próximo primeiro lugar que deseja ocupar, já alguma vez pensou nisso?

Fui a primeira pessoa em Madrid a mudar de nome e de sexo no DNI [Bilhete de Identidade espanhol] e fui a primeira deputada transexual devido à aposta de Tomás Gomez em mim. Fui também a primeira actriz transexual que actuou no Teatro de Mérida e a primeira actriz com um papel fixo numa série ["El Síndrome de Ulises". (2007/08 - Antena 3)]. Mas aqui o importante não é ser a primeira, o mais importante é ser e estar em equilíbrio consigo mesmo e na maior harmonia possível. Importa sentir e sobreviver. É mais importante chegar à meta e ser uma sobrevivente do que ser a primeira.

 

Paulo Monteiro

 

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