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Porto Pride: Da noite de festa ao raiar da SOL

Após uma tarde de celebração e reivindicação nas artérias portuenses, a noite começou tímida à porta do Teatro Sá da Bandeira. Os espaços das associações e colectivos LGBT e de defesa dos direitos humanos foram os primeiros a ser ocupados. No rés-do-chão podiam encontrar-se os bares e no primeiro andar as mesas de divulgação do dezanove, do MICA-me, da recente equipa de rubgy gay portuense - Oporto Spartans, do Caleidoscópio LGBT, das Panteras Rosa, SOS Racismo Porto, Check-in, UMAR, entre outras. Era a oportunidade dos presentes no teatro, transformado para receber o Orgulho, de ficarem a conhecer um pouco mais dos projectos que se estão a desenvolver em prol das mais variadas causas na cidade Invicta, mas não só.

A meio da noite a pista de dança já se encontrava repleta para assistir aos espectáculos de transformismo. Roberta Kinsky inaugurou o palco com uma performance de "Can't be tamed" de Miley Cirus. Pelo palco passaram ainda Elsa Martinelli, Tiago Tib e Natasha Semmynova entre outros intérpretes trans da noite portuense que intercalaram as actuações com a música pop e rock dos tops seleccionada pelos DJs presentes.

A noite do Orgulho LGBT organizada pelo PortugalGay.pt e pelo bar Boys r Us reservava ainda uma surpresa face aos anos anteriores: uma mensagem de Rui Rio, que foi lida por Miguel Pereira, dono do bar portuense. Abordando o tema do respeito pela diferença e reconhecendo a luta dos cidadãos LGBT, a missiva foi também projectada exibindo até a assinatura do presidente da Câmara Municipal.  De seguida, Miguel Pereira entregou o donativo no valor de 3247,45 euros referente à edição transacta do Porto Pride à presidente da Associação SOL, associação que alberga crianças afectadas e infectadas pelo VIH. Em declarações ao dezanove, Teresa Almeida confirmou que esta verba se trata de "uma importante ajuda para os projectos e para as férias das crianças acolhidas pela instituição. É fantástico não tendo a SOL nenhuma filial aqui sermos tão bem recebidos pelas pessoas do Porto, que são as primeiras a serem solidárias. É algo que me comove".


A presidente da associação informou estarem neste momento a cargo da SOL 22 crianças entre os cinco meses e os 16 anos e lamentou faltar à sociedade portuguesa "cultura, informação e um olhar atento para que estas crianças sejam felizes como todas as outras". A representante da SOL acrescentou que "gostaria que houvesse um maior empenho das entidades públicas que mandam as crianças para a instituição, mas que impedem a associação de melhor desenvolver o seu trabalho por falta de apoio." 

A presidente da associação fundada há 18 anos e galardoada pela UNESCO frisou que "estas crianças são do país."


E a música durou até de manhã e o Porto amanheceu com mais orgulho.


 

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