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Q: Antonia San Juan, muito para além da personagem Agrado (videos)

Actriz, realizadora, argumentista, encenadora, dramaturga e compositora Antonia San Juan é este arco-íris de diversidade, talento e qualidade. Nascida em Las Palmas, Canárias, Antonia muda-se para Madrid com apenas 17 anos para representar obras clássicas. Mais tarde começou a trabalhar em bares, pubs e discotecas underground madrilenas. Foi neste ambiente tão seu conhecido que Pedro Almodóvar a foi buscar em 1999 para integrar o elenco de “Tudo Sobre a Minha Mãe” (Todo Sobre Mi Madre).

Antonia passou assim para o conhecimento e aprovação do grande público. Os seus monólogos, como o “Otras Mujeres”, são das representações mais elogiadas. A sua primeira realização foi a curta “V.O.” (2001), apresentada no Queer Lisboa de 2004, aquando duma retrospectiva da sua carreira. Esta curta foi muito bem acolhida pelos críticos, chegando a ser nomeada aos Goya, os prémios do cinema espanhol, para Melhor Curta-Metragem de Ficção.


“Tú Eliges” (2009), que pode ser novamente vista hoje no Queer Lisboa às 17h na sala 1, é a sua primeira longa-metragem. Esta comédia retrata num só dia três tramas paralela cujas decisões das várias personagens vão afectar a vida uns dos outros: os preparativos de uma festa para o lançamento de um disco, um encontro às cegas com consequências inesperadas, e a ruptura de um casal do mundo do espectáculo. É descrita pela imprensa espanhola como a obra-prima de Antonia San Juan. Com o objectivo de fazer um retrato agridoce e trágico-cómico da actualidade e da inevitabilidade das nossas decisões implicarem decisões de outros, Antonia com alguma facilidade consegue tocar nalgumas feridas da sociedade.


Agrado, a transexual que pretendeu sempre durante a sua vida agradar aos demais, foi a explosão na sua carreira. Recebeu na altura a nomeação para Melhor Actriz Revelação nos Goya. A sua suposta transexualidade causou alguma polémica então. Contudo, Antonia negou-a dizendo numa entrevista a um programa de televisão que “nasceu mulher e que se encaixou melhor no papel que lhe deu fama”. Ao jornal El Mundo, chegou a dizer: “Ao verem-na no filme de Almodóvar, muitos confundiram pessoa e personagem. Por vezes faltam-me até ao respeito porque precisam que eu seja a personagem”.


Luís Veríssimo





A informação mais completa sobre o Queer Lisboa está aqui