Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

"Morrer Como Um Homem" candidato à nomeação para o Óscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira (vídeo)

"Morrer Como Um Homem" (2009, João Pedro Rodrigues) foi o filme escolhido entre os doze filmes de produção portuguesa que estrearam comercialmente entre Outubro de 2009 e Setembro de 2010 para ser o candidato de Portugal a uma nomeação ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.

 

O anúncio foi feito pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) na terça-feira passada, 28 de Setembro. O júri que seleccionou o representante português foi nomeado pela direcção do ICA e foi presidido pelo próprio director José Pedro Ribeiro, e constituído por Ana Costa, da Associação de Produtores de Cinema, Fátima Vinagre, da TOBIS Portuguesa, José Carlos Oliveira, da Associação de Realizadores de Cinema e Audiovisual, Luís Miguel Oliveira, da Cinemateca Portuguesa/Museu do Cinema, Margarida Gil, da Associação Portuguesa de Realizadores, e Patrícia Vasconcelos, directora de casting. A candidatura portuguesa teria que ser entregue até ontem, 1 de Outubro, à Academy of Motion Picture Arts and Sciences (Academia de Artes e Ciências Cinematográficas). A Academia revelará os nomeados de todas as categorias a 25 de Janeiro de 2011 e os vencedores serão conhecidos a 27 de Fevereiro na cerimónia da 83.ª edição dos Oscars, em Los Angeles, Califórnia.

Depois de ter tido antestreia mundial no Festival de Cinema de Cannes e de ter sido o filme de abertura do Queer 13, em 2009, “Morrer Como Um Homem” foi já distinguido, este ano, como o melhor filme do Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires, na Argentina, e do Festival Gay e Lésbico Mezipatra, da República Checa. O realizador João Pedro Rodrigues vai ser homenageado com uma retrospectiva nos Estados Unidos, na Brooklyn Academy of Music (Academia de Música de Brooklyn), entre 6 e 8 de Outubro.

Através da história de Tónia (Fernando Santos a.k.a. Deborah Kristal), "Morrer Como Um Homem" dá-nos a conhecer o retrato cruel, frio e cru de um afamado transformista na Lisboa dos anos 80. Levemente (ou não) inspirado na história real de Ruth Bryden (Joaquim Centúrio de Almeida) o terceiro filme de João Pedro Rodrigues retrata a queda inglória de Tónia. Tónia é uma mulher poderosa, um furacão, uma força desmedida da natureza, diminuída pela seu companheiro Rosário (Alexander David) e pela forte concorrência de outras mulheres mais novas, Jenny (Jenni La Rue), tão iguais a si e tão diferentes de si. Pressionada pelo seu jovem companheiro a assumir a identidade feminina, pensa submeter-se a uma cirurgia de mudança de sexo. Tónia luta contra as suas convicções religiosas mais profundas: se, por um lado, quer tornar-se a mulher que Rosário tanto deseja, por outro, acredita que perante Deus nunca poderá ser essa mulher plena. Acresce a este drama o reencontro com o filho que Tónia havia abandonado em criança, esse soldado desertor, perdido sem rumo. Com o pretexto de visitar o irmão de Rosário, foge para o campo com o namorado, depois de descobrir que está gravemente doente. Perdem-se numa floresta encantada, um mundo mágico onde encontram a enigmática Maria Bakker (Gonçalo Ferreira de Almeida) e a sua amiga Paula (Miguel Loureiro). E este encontro vai mudar as suas vidas...

 

Luís Veríssimo

 

Já segues o dezanove no Facebook?

 

2 comentários

Comentar