Najat Belkacem-Vallaud, a ministra francesa responsável pela pasta dos Direitos das Mulheres revelou, na passada quarta-feira, um amplo plano de combate à homofobia em França. O plano inclui o ensino, a começar na escola primária, sobre questões fundamentais que afectam a comunidade LGBT.
“Está na altura de tomar uma posição.” “Bully” (2011) de Lee Hirsch promove-se desta forma, um documentário sobre bullying entre adolescentes nas escolas da comunidade escolar de Sioux City, Iowa.
A associação LGTB irlandesa Stand Up! lançou esta semana uma campanha de sensibilização que consiste numa abordagem positiva de jovens lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transgéneras.
O primeiro-ministro britânico David Cameron enviou uma mensagem de apoio aos estudantes que se reuniram para celebrar o início do Orgulho Estudantil no fim-de-semana passado em Brighton, no Reino Unido. O evento organizado por voluntários reuniu mais de 1000 estudantes pelo sexto ano consecutivo no que pretende ser uma consciencialização dos direitos das pessoas LGBT em espaço escolar.
“A CASA - Centro Avançado de Sexualidades e Afectos vem manifestar a sua mais profunda preocupação e total repúdio pelo facto de a Educação Sexual ter sido eliminada”, pode ler-se num comunicado da associação com sede no Porto. Em causa está a proposta de Reforma Curricular do Ensino Básico e Secundário, apresentada por Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência, que está em discussão pública até ao fim do mês e que prevê o fim da disciplina de Formação Cívica, que integravam conteúdos relacionados com a sexualidade.
"Tod@s somos precis@s" é uma colaboração entre dez associações europeias de defesa dos direitos das pessoas LGBT para eliminar a discriminação, homofobia e transfobia nas escolas.
O Instituto Dinamarquês dos Direitos Humanos, promotor da iniciativa nascida em 2010 e cuja versão internacional é “It takes all kinds”, tem como públicos-alvo ONG LGBT e outras organizações da sociedade civil, professores e jovens.
As escolas portuguesas continuam a ser palco de acções homofóbicas. Esta é uma das conclusões do Observatório de Educação LGBT, acabado de divulgar pela associação rede ex aequo. O relatório compilou 103 denúncias recolhidas através de um questionário online anónimo. Os números são preocupantes. Cerca de metade dos inquiridos sofreu agressões por mais de cinco vezes e 30 revelam que foram agredidos entre 2 e 4 vezes. Outro alerta importante é que três quartos dos inquiridos confirmam que o local das agressões é a escola. A rua também é apontada como local de agressões por cerca de metade dos inquiridos, enquanto a própria casa é cenário de homofobia e transfobia para 16 dos inquiridos.
A opinião é praticamente unânime. Dos 127 leitores do dezanove que participaram no inquérito online, a esmagadora maioria (95,28%) considera que o Ministério da Educação não promove nem apoia as iniciativas suficientes para combater o bullying homofóbico. Apenas 4,72% apoia a actual posição do Ministério de Isabel Alçada.
A associação de jovens rede ex aequo apelou, mais uma vez, a todos aqueles que tenham sido ou ainda sejam vítimas ou testemunhas de uma situação de discriminação física ou verbal, por homofobia ou transfobia, em contexto escolar que denunciem essa situação através de um formulário online e anónimo disponibilizado para o efeito.
Cerca de cinco mil crianças que frequentam escolas islâmicas no Reino Unido estão a ser ensinadas a ser anti-semitas e homofóbicas, avançou o programa de investigação Panorama da BBC. O programa chocou a opinião pública britânica. As escolas utilizam livros baseados no currículo da Arábia Saudita e na lei Sharia (código de leis islâmico), que referem que as pessoas que mantêm relações homossexuais devem ser executadas e que os “sionistas” estão a conspirar para assumir o controlo do mundo. Além disso, explicam como cortar mãos e pés a ladrões.
Um destes livros, utilizado nas aulas para crianças de seis anos, pergunta o que acontece a alguém que morre e não acredita no Islão. Segundo o livro, a essa pessoa é garantido o “fogo eterno do inferno”.
Michael Gove, secretário da Educação britânico, declarou em entrevista ao programa que “a Arábia Saudita é um país soberano e, como tal, não tenho qualquer desejo de intervir no que ensina nas suas escolas. No entanto, não podemos admitir que este tipo de material seja ensinado nas escolas britânicas”. Estas escolas não são inspeccionadas pelo departamento que tutela a educação (Office for Standards in Education, Children's Services and Skills), já que são encaradas como actividades extra-curriculares. No entanto, o governo pretende mudar esta determinação de forma que, em breve, passem as ser reguladas de acordo com as leis britânicas.
O embaixador saudita no Reino Unido declarou que estes textos estão ser utilizados fora do contexto histórico e que estes ensinamentos não são apoiados pela embaixada.