Estávamos a 28 de Junho e corria o ano de 1969. Um grupo de pessoas composto por lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros enfrentou a polícia de Nova Iorque depois desta ter fechado, sem outra razão que não seja a discriminação pelo ódio à diferença, um bar gay chamado Stonewall Inn.
A décima nona edição do Arraial Pride, festa organizada pela Ilga Portugal no Terreiro do Paço, em Lisboa, reuniu milhares de pessoas. Das 16 horas da tarde às 4 horas da manhã comemorou-se o Orgulho LGBT. Vê aqui as fotos da festa:
28 de Junho de 1997. Ao final da tarde começou a chover torrencialmente em Lisboa e temeu-se que o primeiro Arraial Pride de Lisboa pudesse redundar num fiasco. Era a primeira vez que se realizava uma festa do Orgulho LGBT ao ar livre e a expectativa era muita. A chuva acabou por passar e a noite não podia ter corrido melhor.
Cerca de 180 mil pessoas participaram na Gay Pride de Telavive, que ocupou o centro da cidade israelita esta sexta-feira. O dezanove esteve lá e apresenta as melhores fotos. A festa, que começou às 11 da manhã no Meir Park, culminou ao fim da tarde no Charles Clore Park com a actuação da vencedora da Eurovisão, Conchita Wurst. Vê aqui as fotos.
“Sempre achei que o 'orgulho gay', as 'paradas gay' são um perfeito disparate. Orgulho porquê? Se, como os próprios dizem, ser homossexual é qualquer coisa independente da vontade, não se percebe que seja motivo de orgulho. Orgulho tem-se naquilo que foi obtido com o nosso esforço e o nosso trabalho.” As frases são de José António Saraiva, director do semanário Sol, num dos seus mais recentes artigos de opinião intitulado “O Armário”. “A admitir-se a parada do 'orgulho gay', teria de se aceitar uma parada do 'orgulho heterossexual' - com machos de fartos bigodes e abundantes pêlos no peito a desfilarem pelas ruas”, considera.
Ainda não é este ano que a Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa e o Arraial Pride voltam a decorrer no mesmo dia. Há uma semana, a associação responsável pelo Arraial divulgou no Facebook a data com a imagem, mas limitou-se a isso. Não há um programa, nem sequer a antecedência necessária para se divulgar um evento desta importância a todos os potenciais interessados, que estão muito para além de um círculo restrito ligado ao associativismo. São pessoas de diferentes cidades de Portugal, são emigrantes portugueses no estrangeiro e são também turistas que não encontram informação fidedigna acerca do Pride de Lisboa com a antecedência que lhes permita marcar férias. Isto não acontece com outras celebrações do Orgulho em qualquer capital europeia.
Braga gritará “não à violência transfóbica” durante a III Marcha pelos Direitos LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero, que decorre a 27 de Junho. O colectivo Braga Fora do Armário (BFA) considera que as pessoas transexuais vivem numa situação de maior invisibilidade e consequente vulnerabilidade social. A programação das actividades pré-marcha arranca em Março com a estreia da peça “As fases da Lua”.
"Há nove anos atrás na cidade do Porto, Gisberta Salce Junior, mulher transexual, foi vítima de um crime de ódio. Durante três dias foi torturada, e no final, quando já poucas forças lhe restavam, foi atirada a um poço. Para a justiça portuguesa, Gisberta morreu afogada, e a culpa foi da água." assim começa o comunicado da comissão organizadora da 9ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto (MOP).
Chamam-se Actibistas. E não, não trocam os “vês” pelos “bês”. O trocadilho da sílaba apenas reforça o objectivo que perseguem: activismo em prol da causa bissexual.
No último Sábado alguns manifestantes acharam que a marcha estava a ter poucos momentos em que as palavras de ordem se faziam ouvir. Um manifestante desabafou desalentado ao dezanove.pt: "Não há megafones e as pessoas só marcham, não dizem nada. Isto está muito morto."
Quando apareceram na marcha de 2012 questionávamos se seriam cobardes ou corajosas. Depois da tarde de Sábado não restam dúvidas aos participantes da Marcha do Orgulho: o colectivo Bichas Cobardes (BC) não tem papas na língua. As BC aliam ao activismo tradicional um podcast, um marketing muito próprio e incisivo no preconceito, na ignorância e na desinformação.
13 de Junho: dia de Santo António em Lisboa e de Gay Pride em Telavive. Na passada sexta-feira a cidade israelita viu sair às ruas cerca de 120 mil pessoas que celebravam a diversidade. E porquê?
Dois em cada três participantes do inquérito levado a cabo pelo dezanove.pt respondeu que no último ano não participou em nenhuma marcha do Orgulho LGBT. Assim, 72 por cento dos leitores refere que não participou em nenhuma marcha ao passo que apenas 28 por cento responderam afirmativamente. Responderam 438 pessoas.
Desde o ano passado realizam-se em Portugal quatro marchas do Orgulho LGBT. A cidade mais recente a chegar ao rol foi Ponta Delgada onde, a 1 de Setembro de 2012, pela primeira vez no arquipélago açoriano, uma manifestação do Orgulho LGBT teve lugar. O dia foi considerado histórico e será repetido este ano a 31 de Agosto (Sábado).
Mas ainda antes de Ponta Delgada é a vez de Coimbra, Lisboa e Porto:
Barack Obama fica para a história como o presidente dos Estados Unidos mais favorável à causa LGBT. As eleições decorrem a 6 de Novembro, terça-feira. Em quatro estados haverá referendos sobre o direito de duas pessoas do mesmo sexo poderem casar-se (Maine, Maryland, Minnesota e Washington). Obama está praticamente empatado com o candidato Mitt Romney nas eleições presidenciais norte-americanas. Mesmo assim, o actual presidente dos Estados Unidos tem uma ligeira vantagem as sondagens. O dezanove.pt recorda agora dez pontos altos do seu mandato.
A concentração estava marcada para as 17 horas nas Portas da Cidade, em Ponta Delgada. Pouco depois da hora agendada, começaram a chegar grupos de pessoas que rapidamente deram cor à praça cinzenta do basalto enquanto muitas pessoas paravam nos passeios e cedo a praça ficou rodeada de “curiosos”.
Uma conversa acerca dos vários motivos para participar na 1ª Marcha LGBT dos Açores deu início ao terceiro dia de actividades do Festival Pride Azores. Os testemunhos na primeira pessoa foram dados num debate intitulado “Ser LGBT nos Açores”.