Vivemos na era digital e a maneira como nos relacionamos e nos ligamos com os outros foi transformada pelas Aplicações existentes e plataformas de média social.
Para a comunidade LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros, Intersexuais e outros), estas ferramentas desempenham um papel significativo na procura de amizades, apoio e até mesmo de relacionamentos.
Virginie Despentes nasceu em França a 13 de junho de 1969, no seio de uma família de classe trabalhadora. Durante a adolescência, identificava-se com a subcultura punk rock e, devido ao seu comportamento considerado desviante, foi internada à força pelos pais num hospital psiquiátrico aos 15 anos.
O Institut für Sexualwissenschaft (Instituto da Sexualidade) acolhia lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, etc. Na realidade, empregava até pessoas LGBTQIA+ e procurava dar apoio psicológico a essas pessoas, vítimas de discriminação. Estudava o seu comportamento e procurava facilitar a transição das pessoas trans.
Os livros são uma ferramenta política poderosa. Despertando novas formas de pensar, agir e sentir, o acto de leitura contém em si a possibilidade de emancipação da mente e desenvolvimento do espírito crítico e livre, a possibilidade de transformação social e criação de novas formas de interagir com o mundo. Fruto do poder que o objecto livresco mostra encerrar surgem formas de controlo e limitação ao seu acesso. Recordemos que até Gutenberg e o surgimento da imprensa moderna o acesso aos livros era de uso privilegiado do clero e da nobreza. Na verdade não seria necessário recuar até tanto. Se recuarmos até meados do séc. XX, em Portugal, percebemos como os altos níveis de iliteracia espelhavam a desigualdade social de um país que passara meio século por um governo repressivo.
As relações humanas são complexas e multifacetadas, sendo grande parte das vezes, moldadas por uma infinidade de factores que vão desde a comunicação até aos valores partilhados.
Audre Lorde (1934-1992) nasceu em Nova Iorque, filha de pais imigrantes oriundos da região do Caribe. Passou a infância em Harlem, onde experienciou o racismo ao ponto de, na rua, pessoas de pele branca lhe cuspirem por ter a pele escura. Em casa, o ambiente familiar era de grande disciplina, muitas vezes exercida através de castigos físicos. As dificuldades que a cor de pele, o peso acima do padrão e a miopia grave lhe traziam não a impediram de ser uma das melhores alunas da turma na escola. À medida que a sua irreverência foi crescendo, deixou de conseguir coabitar com a disciplina imposta pelos pais. Aos 17 anos, depois de concluir o ensino secundário, decidiu sair de casa e foi viver para Stamford. Partilhou casa e teve vários trabalhos precários para conseguir pagar as despesas, que incluíam os estudos que frequentava paralelamente na universidade.
Ligamos a televisão e o telejornal despende mais de uma hora com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Poderíamos falar do financiamento que este evento obteve, proveniente dos nossos impostos, contudo, existem muito mais provas de que não vivemos num estado verdadeiramente laico, pois quando entramos num hospital, vemos os santos e as cruzes penduradas em muitas das salas e quartos. Quem foge da norma, teme encontrar alguém fundamentalista, que lhe critique as tatuagens ou a orientação sexual e não faltam relatos sobre isso mesmo.
A meados do mês de Julho, o espaço de cruising Luneta dos Quartéis foi invadido por grafites e publicações com insultos homofóbicos. Para o comum dos heterossexuais o conceito de cruising pode parecer um choque ou até um atentado ao pudor, mas na realidade, o cruising é, e sempre foi, parte da comunidade homossexual, principalmente nas épocas históricas quando a homossexualidade era considerada crime e punida por lei, tanto a nível nacional como internacional. Mas o cruising rapidamente ultrapassou a barreira da necessidade para também se tornar uma forma de prazer sexual admitida tornando-se uma prática comum.
A extravagância colorida das marchas populares, das roupas às vestes, das canções à dança; ou a euforia das celebrações do título do Benfica, do Sporting ou do Porto entre os cachecóis, os cânticos, todo o aparato do palco e os milhares de pessoas que se aglomeram para gritar tão intensamente, o que têm em comum com uma manifestação do Orgulho LGBTQIA+?
A Revolta de Stonewall foi uma série de manifestações violentas e espontâneas por membros da então designada Comunidade Gay contra uma invasão, a 28 de Junho de 1969, do bar Stonewall Inn pela polícia de Nova Iorque. Essas manifestações são consideradas como o acontecimento está na génese da criação de movimentos actuais de defesa, apoio e rendivicação dos direitos actuais da Comunidade LGBTQI+.
Está a chegar ao fim mais um mês de Junho, com todas as suas dicotomias: celebração, por um lado, luta por outro. Amor e alegria, mas também raiva e luto. Orgulho do caminho que já percorremos, e receio pelo caminho que falta percorrer. A consciência de que fazemos parte de uma comunidade em que todas as letras da nossa sigla são iguais, mas algumas são mais iguais que outras.
Não vou começar este texto a dizer que pensei muito antes de o escrever, pretendo ser eficaz. Reparem que usei a palavra eficaz, embora me tivesse ocorrido usar: ser concreto.
Comecei a trabalhar na Fujitsu Portugal em 2013, um pouco por acaso e nunca pensando fazer carreira na área do IT. A minha formação é em literatura e história, havia trabalhado sempre em livrarias, sobretudo de bairro, com poucos colegas; iniciar a minha actividade profissional numa multinacional pareceu-me assustador! Como iria falar três línguas diferentes e dar apoio a empresas a nível informático, se o que sabia pouco mais era do que fazer um ou outro documento em Word, um ou outro Powerpoint?
O PS, PAN, Livre e BE defenderam, no passado dia 19 de Abril, que os esforços de mudança da orientação sexual, identidade de género e expressão de género — conhecidos como “terapias de conversão”— fossem proibidas, assinalando que continuam a ser praticadas, a infligir sofrimento físico e psíquico e trauma às suas vítimas, incluindo abordagens no campo da medicina e religioso.
Após o meu artigo de opinião anterior, "A Diplomacia do Engano", acho essencial responder aos comentários e acusações que retratam as acções de Israel como um estado genocida contra os palestinianos. Esta grave acusação exige uma avaliação cuidadosa com o contexto apropriado e precisão factual.
Há algum tempo, assumi uma paixão por Monique Wittig. Felizmente, já me libertei da moral monogâmica, pelo que posso hoje assumir, sem peso na consciência, uma paixão paralela por Adrienne Rich. Nascida em 16 de Maio de 1929 nos Estados Unidos, filha de uma mãe pianista e de um pai médico de origem judia que a incentivou a estudar e escrever em nome próprio. Rich foi escritora, poetisa, professora e activista feminista lésbica.