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Arraial Pride 2017 em 5 pontos (sim, é a Kátia Aveiro na foto)

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Não foste ao Arraial Lisboa Pride? Aqui ficam os pontos principais sobre o que se passou no Terreiro do Paço.

 

1. Desta vez a organização acertou no cartaz – música, música e mais música para dançar. Um dos momentos mais animados do Arraial foi logo ao fim do dia com Hélio Morais em versão DJ, centenas ou alguns milhares de pessoas dançavam já no Terreiro do Paço. Há quem não acredite, mas entre as 19h e as 20h foi a melhor hora para chegar ao Arraial. Moullinex subiu a fasquia e Kátia Aveiro apresentou um espectáculo como o inevitável momento “ponham os braços no ar” para tirar uma selfie que afinal não é selfie (foto em destaque). É certo que a irmã de Cristiano Ronaldo assassinou várias músicas (vamos poupar a descrição do momento em que cantou fado) mas um verdadeiro arraial popular pede um concerto destes. A noite terminou já uns minutos depois das quatro da manhã, com Nuno Lopes, e a icónica “Canção do Engate”, de António Variações. Uma nota: Os ecrãs laterais deviam transmitir o que se está a passar em cima do palco como em qualquer concerto ou espectáculo. 

 

 

2. Catarina Marcelino voltou a discursar num evento para o público LGBT de Lisboa. Na semana passada tinha sido a poucos metros, na Ribeira das Naus, no encerramento da Marcha do Orgulho LGBTI. Agora a Secretária de Estado da Igualdade apelou ao fim dos armários e ainda declarou: “Lisboa tem um presidente que trabalha todos os dias para sermos livres.” A referência não era a Marcelo Rebelo de Sousa, mas a Fernando Medina que, dois dias depois, ia apresentar a sua candidatura à Câmara de Lisboa. Na parte dos discursos foi ainda dada a palavra a dois (!!) presidentes de junta de freguesia e ao presidente da Câmara. A anfitriã Deborah Krystall pôs o público a gritar: “Falta o presidente ir ao Finalmente” e Medina lá deixou a primeira promessa eleitoral para o público gay: vai à histórica discoteca gay de Lisboa. Uma nota: a não ser para quem está colado ao palco, é impossível acompanhar os discursos porque o som é péssimo.

 

3. Há quem preste atenção a quais os bares e discotecas da noite LGBT de Lisboa que (não) marcam presença. Este ano, por exemplo, o único representante do Príncipe Real foi o Finalmente que assegurou um dos pontos altos da animação no palco, com o irrepreensível espectáculo “Ídolos Forever”. No entanto, talvez merecesse maior reflexão o porquê de tão poucas associações LGBTI estarem ao lado da ILGA neste evento. Em termos de bares apenas se via o habitual espaço da rede ex aequo. Da Boys Just Wanna Have Fun, presença habitual nos anos mais recentes, nem sinal. No espaço dedicado às associações só demos pela presença do Centro GIS, que veio de propósito de Matosinhos até Lisboa. O GAT e a Direcção-Geral de Saúde asseguraram, no recinto, a realização de testes ao VIH e vacinação contra a hepatite A.

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4. Na última semana debateu-se bastante a associação de marcas e empresas ao movimento LGBT português. Não demos pela presença do BNP Paribas, mas no recinto a Coca-Cola andava a distribuir, gratuitamente, latas de Coca-Cola Zero. A Vodafone, na zona da Baixa/Restauradores, entregou fitas com as cores do arco-íris e o logo da marca. Mas não foi só. Outras marcas já perceberam a importância comercial do Arraial e associaram-se ao evento, como a JPVA, Mytaxi e Playstation.

 

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5. As casas-de-banho continuam uma calamidade. São umas 20 casas de banho portáteis num evento que, segundo a organização, recebe 45 mil pessoas. Resultado, à medida que a hora avança, as filas chegam às três ou quatro dezenas de pessoas, enquanto outros e outras preferem urinar junto à estação fluvial do Terreiro do Paço, entre os carros ou virados para o Tejo. Um verdadeiro nojo. 

 

Uma nota final para questões de segurança. Uma pessoa foi atropelada na noite de Sábado junto à Ribeira das Naus. Urge tornar a zona mais iluminada e com policiamento nas passadeiras. 

 

Mais fotos do Arraial Lisboa Pride aqui

 

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