Recentemente surgiu a oportunidade de transformar alguns posts do seu blog numa peça de teatro por causa de um trabalho da Universidade (Mountview Academy of Theatre Arts) e retomou o blog.

Ao dezanove.pt Pereira, como é conhecido, considera que “o que torna a peça diferente, é ser feita apenas do ponto de vista masculino. Os três actores falam de amor, de sexo, de saídas a noite, de Domingos em casa sozinhos, etc. de uma forma que raramente vemos homens falar. Não por nossa culpa, mas pela dificuldade que, culturalmente, os homens têm de se expressar, por pressões da sociedade, por acharem que têm de ser "machos" ou "fortes".
O autor do texto sublinha que “o foco [da peça] também não é a orientação sexual das personagens (embora tenha sido escrita por um homem homossexual), mas sim as relações que têm independentemente de ser com homens ou mulheres” e continua “queremos que o público saia com a ideia de que isso realmente não interessa. Amor é amor, sexo é sexo. As vezes temos sexo com quem amamos, outras vezes não. Isso não interessa. Há pessoas que amam homens, outras que amam mulheres. Mas o sentimento, o amor, não muda” diz o jovem emigrante português.
A sinopse desvenda o véu: "Às vezes as melhores histórias de amor começam nos chuveiros do ginásio com um brasileiro que não sabe uma palavra de inglês. Esta peça aborda de forma provocatória o sexo, o amor e o que há no meio disso.”
A peça “My Boyfriend, Jesus Christ” estreia dia 21 de Junho e tem apenas duas representações: dia 21 às 17:00 e dia 22 às 19:30 no Karamel Club em Wood Green, em Londres.
A encenação está a cargo de Jill Patterson. Os actores são Chris Woodley, Shane Noone e Alex Dowding. A produção é de Diana Estrela.

Paulo Monteiro