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"Espelho Eu" nasce para apoiar crianças que questionam o seu género

Espelho Eu Facebook.png

A associação AMPLOS - que presta apoio aos pais e mães com filhos LGBT - tem um novo projecto. "Espelho Eu" é dirigido às crianças que questionam o seu género. Figuras parentais e educadores não ficam esquecidos no projecto.

 

Os estereótipos começam muito cedo e estão enraizados: “os meninos vestem de azul e gostas de brincar com carrinhos. As meninas vestem de cor-de-rosa e brincam com bonecas”. “Espelho Eu”, uma parceria entre a AMPLOS e o IAC (Instituto de Apoio à Criança), quer dar um contributo para alterar estas mentalidades em Portugal.

Tornar visível, questionar e dar respostas a estas matérias em Portugal são os passos a dar. “Necessitamos de apoio sobretudo na visibilização deste projecto e, através dele, da situação destas crianças” diz ao dezanove.pt Margarida Lima de Faria, presidente da AMPLOS.

Mãe e fundadora da AMPLOS, Margarida justifica a criação do “Espelho Eu: “sabemos que há muito mais crianças do que se imagina que sofrem agressões e discriminação de todo o tipo pela sua expressão ou identidade de género não coincidirem com o estereótipo binário feminino/ masculino. Parte destas crianças idealizam fazer a transição social, mudarem o género/sexo, e claro o nome, mas essa possibilidade não lhes é consentida na lei portuguesa”. Tornar legal esta transição junto das crianças que desafiam o género “é a nossa principal causa”, remata.

 

A necessidade de formação

Também é preciso formação junto dos “pais e pessoas com vínculos com estas crianças, também educadores, e alertar a sociedade para esta situação” continua a activista. Citando um pai chileno, a dirigente  da AMPLOS explica que “se não visibilizamos, não apoiamos as crianças e as famílias”. Só em Espanha uma associação de pais de crianças transexuais recebeu 400 pedidos de apoio em três anos, relata Margarida.

Para já, a AMPLOS tem em agenda uma reunião com a Secretária de Estado da Igualdade esta quarta-feira sobre o tema. E enquanto o site do “Espelho Eu” não está disponível, os interessados podem acompanhar novidades através do Facebook.

Recorde-se que o Bloco de Esquerda apresentou no passado mês de Maio um projecto de lei que prevê a auto-determinação do género a partir dos 16 anos.  

 

Paulo Monteiro