Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

“Espero que as pessoas não tenham medo de sair do armário do VIH”

andrew.jpg

Andrew Goyvaerts, é o CEO da Positive Hugs (POZ), uma aplicação que nasceu no Reino Unido e que pretende ligar pessoas com VIH. Ao fim de seis meses de existência conseguiu cinco mil novos membros. Agora, em conversa com o dezanove a propósito da sua participação no Web Summit o responsável explica o objectivo desta app, que já antes tinha estado em destaque.

 

 

dezanove: Que impacto achas que uma aplicação como a Positive Hugz (POZ) tem nos utilizadores?

Andrew Goyvaerts: Houve momentos em que, ao revelar o meu estado, sentia um efeito psicológico negativo e é essa uma das razões que me levou a criar a Positive Hugs (Abraços Positivos). Por isso, espero que as pessoas não tenham medo de sair do armário do VIH, que é como eu costumo chamar a este efeito psicológico positivo.

 

Como é que avalias o desempenho da aplicação até ao momento?
Desde o lançamento, em Março deste ano, que temos tido cada vez mais pessoas a fazerem parte da comunidade, mais do que esperávamos. O apoio do público e dos media que nos têm ajudado tem sido muito bons.

 

Ainda existe um estigma na comunidade LGBT em relação às pessoas com VIH?
Ainda há um estigma desnecessário em torno do VIH em todas as comunidades. Muitas vezes baseia-se no medo e na incompreensão. É uma simples questão de ignorância. A melhor forma de combater esse estigma é com a verdade científica, como o Swiss Statement que reitera a certeza de que VIH indetectável é igual a ausência de infecciosidade.

 

Que influência é que achas que aplicações como a Positive Hugs podem ter na forma como as pessoas lidam com o VIH?
A minha experiência com a comunidade VIH é a de compreensão e de vontade de ajudar os outros, especialmente aqueles que são recém-diagnosticados. Todos nós passamos por esse processo. Podemos continuar no mundo das apps a chegar a pessoas que podem necessitar de alguma orientação. Podemos ajudar estas pessoas de forma construtiva a lidar com quaisquer sentimentos negativos que possam ter. Precisamos é de criar uma rede de apoio que possa fornecer suporte remoto através da app e do nosso novo site com sala de chat (www.positivehugs.io).

 

A aplicação vai ter funcionalidades pagas no futuro?

Na Hugs não temos a intenção de cobrar, ou limitar, a troca de mensagens e de pesquisa, ou outras funcionalidades futuras que sejam mecanismos de apoio para os nossos membros. Para mim, esta app não é apenas sobre encontros, é sobre a construção de uma comunidade que fornece apoio a outros membros, para chegar a pessoas que vivem fora das cidades e que não têm acesso a um centro de apoio.

 

Que outros planos tens a médio prazo?
A Hugs é detido pela L. W. Specialist que é uma empresa que eu criei e que está focada em produzir apps com o objectivo de melhorar vidas e de ajudar a responder aos desafios sociais. O caminho será por aí.