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Estreia "Tangerine" de Sean Baker (com trailer)

1.jpgEstreia já amanhã, 30 de Junho, um dos filmes trans mais aguardados do último ano. "Tangerine" (2015), de Sean Baker, traz-nos Sin-Dee Rella e a sua melhor amiga Alexandra numa história que poderia ser bem real. Santa Monica, Los Angeles, é o palco deste conto de fadas que tem pouco de encantar.

 

TANGERINEPOSTER_web.jpgSinopse: Na véspera de Natal, depois de 28 dias presa, Sin-Dee Rella (Kitana Kiki Rodriguez), uma prostituta transexual, descobre, em conversa com a sua melhor amiga, Alexandra (Mya Taylor), também prostituta e também transexual, que o seu namorado e proxeneta a anda a trair com uma mulher cisgénero.


Filmado através das câmaras de três smartphones iPhone 5S, o filme tem foi bastante elogiado, sobretudo, pelo seu realismo. E tem causado muita sensação pelos vários festivais por onde tem passado, com nomeações e prémios às duas protagonistas. Mya Taylor foi, aliás, a primeira transexual a vencer nos Spirit Award.
Nas palavras do próprio realizador, "o filme fala de uma subcultura muito específica, quase um microcosmo. De certa forma, 'Tangerine' também é um retrato daquela região de Santa Monica Boulevard, em Los Angeles. A ideia era representar com precisão os personagens que transitam naquele ambiente. Para mim, era essencial expressar no filme pelo menos dois aspectos daquele microcosmo. O primeiro aspecto é o humor que essas transexuais e profissionais do sexo utilizam para encarar o dia-a-dia. E o segundo aspecto tem que ver com o sistema de apoio nessas comunidades. Geralmente, essas pessoas foram ou são ignoradas pela sociedade e pela própria família, condenadas à marginalidade e, apesar de tudo, conseguem criar uma nova família entre si". A redenção, a amizade e a família que se cria a partir daí são os aspectos fundamentais nesta comédia pouco convencional. Os contos de fadas com princesas e os seus príncipes encantados não existem e muito menos em "Tangerine".

Luís Veríssimo