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Legislativas: Cientista Alexandre Quintanilha é o cabeça do PS no Porto

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O cientista Alexandre Quintanilha é o cabeça de lista do Partido Socialista no distrito do Porto nas próximas eleições legislativas. É a primeira vez que um candidato às eleições legislativas assumidamente homossexual encabeça a lista distrital de um partido em Portugal.

Físico de recome internacional nascido em Moçambique, e prestes a cumprir 70 anos, deu a sua última aula pública na semana passada. Quintanilha f oi professor catedrático do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), director do Centro de Citologia Experimental e coordenador do Instituto de Biologia Molecular e Celular, também no Porto.  Quando se jubilou referiu que "o conhecimento não é um luxo" e disse esperar por uma nova liderança na Ciência nacional. E sobre o seu futuro deixou claro que não se sentia preocupado desde que “eu e o Richard estejamos de acordo".

Recorde-se que Alexandre Quintanilha casou com o escritor Richard Zimler em 2010. Foram um dos primeiros casais de famosos portugueses a fazê-lo depois de 31 anos de união.

Em Novembro de 2012 Quintanilha e Zimler deram uma entrevista conjunta ao suplemento P2 do Público. "Convidámos um número muito pequeno de pessoas, que são muito íntimas. Ficaram muito emocionadas, foi o primeiro casamento gay em que estiveram. E o notário trouxe-nos um presente de casamento, um disco de música sefardita galega", relata Alexandre Quintanilha. E por que foi importante casarem-se? Pelo "simbolismo", responde Zimler. "Ainda há sítios no mundo em que ser homossexual pode ser punido com sentença de morte, com penas de dez anos, ou mais, de prisão. Para mim, como escritor, como ser humano, o facto de ser um crime exprimir o que é melhor dentro de nós, a afeição, a paixão, a solidariedade e a amizade, é inconcebivelmente injusto". O autor de "O Último Cabalista de Lisboa" acrescenta: "Vivi num mundo em que não era possível as pessoas das pequenas aldeias dos Estados Unidos assumirem-se. E em Portugal talvez não seja possível em aldeias do interior. Falo disto para que aquela jovem lésbica de Castelo Branco, ou o jovem transexual de Fafe possam olhar para mim e para o Alexandre e descobrir: 'Não tenho de mudar para ser aceite. Posso ser como sou. Tenho os meus direitos dos outros. Não há cidadãos de segunda em Portugal'".

Na mesma entrevista o casal relata a normalidade com que foram aceites em Portugal. Não havia ninguém no Porto, desde o reitor ao ministro [que não soubesse que são um casal]. Quando veio cá o [Bill] Clinton, o Jorge Sampaio convidou-nos aos dois como casal", recordou Quintanilha.

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