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Marcha de Lisboa desconvocada dá lugar a rede de apoio aos mais vulneráveis

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A par de várias outras marchas do Orgulho como Santarém ou Amarante, que este ano iriam ver a sua primeira edição sair às ruas, a Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa (MOL) também foi cancelada, pelo menos presencialmente, mas as iniciativas online e acções de apoio estão a multiplicar-se.

 

Atendendo à situação de emergência social provocada pela pandemia da COVID-19, a comissão organizadora da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa decidiu não realizar a manifestação presencial este ano, que estava marcada para o próximo dia 20 de Junho.

Esta estrutura de associações e colectivos que anualmente organiza a Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, está, em alternativa, a construir uma rede de apoio LGBTI+, com base nas suas estruturas para tentar dar resposta a situações de emergência junto a pessoas da comunidade LGBTI+ e outros grupos de risco que se viram mais afectados pela pandemia.

Sob o lema “Continuamos a Marchar”, esta nova iniciativa visa alocar os recursos previstos para a marcha de Lisboa ao dispor dos mais vulneráveis e afectados pela pandemia. Há pessoas a precisar de ajuda, medicação e tratamentos, alimentação e abrigo, entre outras situações de carência e problemas sociais, revelou a comissão organizadora em comunicado.

“Numa altura em que o isolamento faz parte das nossas vidas, este afecta em especial as pessoas que vêem esta Marcha como um símbolo de liberdade, igualdade, diversidade, felicidade, como um símbolo da sua própria voz e do seu próprio Orgulho. Como a MOL é mais do que uma festa e queremos continuar a marchar em defesa dos direitos das pessoas LGBTI+” pode ler-se.

Parte do dinheiro angariado nos últimos anos está ainda a servir para ajudar alguns movimentos que também estão a organizar respostas de emergência, incluindo pessoas migrantes, refugiadas, trabalhadoras do sexo e ciganas. A iniciativa terá, assim, um âmbito mais alargado, por forma a chegar ao maior número de pessoas possível e inclui, além dos donativos, voluntariado e momentos de celebração, em substituição da marcha presencial.

Um estudo preliminar feito com base num inquérito a decorrer online lançado pela União de Marchas recolheu já algumas centenas de respostas reveladoras da dimensão dos problemas com que se deparam estes grupos.

 

 

A Rede de Marchas LGBTI+ está a fazer circular um inquérito online para compreender as necessidades das pessoas LGBTI+ durante o actual período de confinamento.
Se ainda não respondeste, a tua colaboração é essencial para melhor se lidar com as necessidades que advêm desta situação extraordinária.

 

Foto: Revan Horta