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Marcha do Orgulho LGBT do Porto marcada por protesto contra associação LGBTI (com vídeos)

Protestos Marcha do Orgulho LGBT do Porto

As ruas do Porto voltaram, pela 13ª vez, a ser ocupadas pelas bandeiras do arco-íris e pelas reivindicações dos activistas LGBTI. Mas, pela primeira vez, um conjunto de pessoas impediu uma associação LGBTI de acompanhar a totalidade do percurso da Marcha do Orgulho LGBT+ da cidade.

Aos gritos de "fora!", "nojentos" "porcos capitalistas!", "Não passarão!", "A, A, A, anti - capitalistas!" ou "Palestina livre!" cerca de 15 pessoas vestidas maioritariamente de negro, com uma faixa onde se podia ler: "Capitalismo, Andor! Não passarão! Orgulho LGBTI combativo!" e exibindo bandeiras negras com o símbolo do anarquismo (letra A inserida num círculo branco), este grupo impediu que o autocarro fretado pela Variações - Associação de Comércio e Turismo LGBTI de Portugal - acompanhasse o percurso da Marcha do Orgulho do início ao fim. No autocarro estavam cerca de 40 empresários, funcionários e clientes dos negócios LGBTI de Norte a Sul desde bares, discotecas, saunas, agências de viagens, imobiliárias, hotéis e guias de turismo, mas também membros de associações LGBT, jornalistas e fotógrafos que acederam ao convite da Variações.

 

Protesto em dois actos
À saída da Praça da República o grupo de anarquistas posicionou-se entre as pessoas e associações LGBTI que decidiram integrar a marcha e o autocarro da Variações, impedindo o mesmo se juntar às restantes associações. Enquanto o grupo de manifestantes anarquistas gritava palavras de ordem, a marcha do Orgulho LGBT acabou por seguir o seu caminho em direcção ao viaduto Gonçalo Cristóvão e Rua de Santa Catarina, ao passo que o autocarro da associação Variações divergiu em direcção aos Aliados onde se encontrava uma praça cheia de adeptos de futebol que saudavam, com espanto, um autocarro munido de um sistema de som, bandeiras do arco-íris e performances de drag queens, entre as quais Lilly Prozac e Kim Fox.

 

Enquanto as faixas pela igualdade de direitos desciam a Rua de Santa Catarina, o autocarro dirigiu-se para a Praça Dom João I, local onde estava previsto que a marcha terminasse e onde é habitual ler os discursos reivindicativos. Junto à praça estava novamente o grupo de anarquistas que desta vez, e novamente aos gritos, sentados na estrada ou distribuindo um manifesto, impediam o autocarro da Variações de avançar.

 

Os agentes da polícia presentes na Marcha tentaram manter as distâncias entre os dois grupos de modo a garantir a segurança, não havendo qualquer registo de confrontos físicos entre anarquistas e membros da Variações.

Apesar de o protesto estar a decorrer na via pública, aquando da solicitação do dezanove.pt para prestar declarações, mais do que um membro do grupo dos anarquistas disse que não querer ser filmado, nem identificado.

A Comissão da Organização da Marcha do Orgulho LGBT no Porto e a Variações - Associação de Comércio e Turismo LGBTI de Portugal reagiram aos acontecimentos de Sábado, 7 de Julho, através de dois comunicados públicos.

 

Fotos e vídeos da Marcha do Orgulho LGBT do Porto 2018 no Facebook do dezanove: www.facebook.com/dezanove

 

Paulo Monteiro 

 

Vídeos inseridos no corpo da notícia a 8 de Julho.

Notícia actualizada a 17 de Julho com referência aos comunicados.

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