Membros das Pussy Riot detidas em Sochi (com vídeo)
Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina, membros da banda punk Pussy Riot, foram presas esta terça-feira juntamente com um grupo de activistas e jornalistas em Sochi, cidade russa onde estão a decorrer os Jogos Olímpicos de Inverno. Algumas horas depois foram libertadas.
As activistas afirmaram que se deslocaram até Sochi com o intuito de fazer um protesto, contudo no momento da detenção estavam apenas a passear. “Disseram-nos que somos suspeitas de furto. Claro que não houve furto nenhum”, declarou Nadezhda Tolokonnikova, reforçando que têm sido constantemente perseguidas desde que chegaram a Sochi no Domingo passado. Na segunda-feira, foram questionados na esquadra de polícia durante várias horas por estarem a planear uma acção de protesto na cidade.
Na sua conta do Twitter, Nadezhda Tolokonnikova escreveu: “Estamos em Sochi para realizar uma acção das Pussy Riot. A canção intitula-se ‘Putin irá ensinar-te como amar a Pátria mãe.”.
Entre os detidos, encontrava-se também David Khakim, que foi condenado a 30 horas de serviço comunitário por demonstrar o seu apoio ao activista ambiental Evgeny Vitishko que se encontra a cumprir uma pena de três anos por vandalizar uma cerca. Evgeny Vitishko criticou fortemente as violações ambientais praticadas em Sochi durante a construção do Parque Olímpico.
Relembre-se que Tolokonnikova and Alekhina foram libertadas em Dezembro passado após cumprirem dois anos da sua sentença por praticarem “hooliganismo motivado por ódio religioso”. A sua libertação ficou a dever-se a uma amnistia aprovada por Putin e que foi encarada por muitos como uma manobra de relações públicas para melhorar a imagem do país antes do início dos Jogos Olímpicos.
Lúcia Vieira