Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

Peça "Gisberta" chega ao Brasil em Março. Países lusófonos podem entrar na digressão

Gisberta BRasil Teatro Eduardo GAspar.jpg

Depois do Teatro Rápido, em Lisboa, numa versão de 15 minutos, que foi galardoada em 2013 com o Prémio dezanove para Melhor Peça de Teatro do Ano e de ter percorrido o país posteriormente numa versão alargada, "Gisberta" chega ao Brasil. A estreia está prevista para 11 de Março no Teatro SESC Paulo Gracindo, às 20h30 (SESC Gama). Nos dias 12 e 13 de Março a peça passa para o Teatro SESC Garagem às 20h30, também na capital Brasília.  

Na semana seguinte (18 a 20 de Março) a peça é apresentada  no SESC PALLADIUM, em Belo Horizonte.

 

Recorde-se que “Gisberta", com duração de um hora, estreou em Outubro de 2013, no Funchal tendo sido posteriormente apresentada no Porto, Santarém, Lisboa, Faro, Ponta Delgada, Montijo e Figueira da Foz.

Eduardo Gaspar, o encenador explica que a maior preocupação foi "a de manter intacta a essência da história, sem descaracterizá-la, sem que houvesse qualquer desvio que afastasse a atenção do público sobre o ponto central da narrativa. O enfoque que norteia a peça passa pela vida da personagem “mãe” ganhou relevo. "Tornou-se mais perceptível o seu universo, os seus medos, as suas angústias. É possível uma maior compreensão da relação com o “seu menino”. Temos mais latente a possibilidade de identificação ou rejeição do público em relação aos pensamentos e atitudes da personagem" pode ler-se em nota de imprensa.

Por compromissos profissionais assumidos anteriormente, nas viagens internacionais e subsequentes representações, Rita Ribeiro será substituída pela actriz Fernanda Neves. 

No espectáculo, a mãe de Gisberta vai relatando a um jornalista factos da vida do “seu menino”, desde a infância até o momento em que parte do Brasil para a Europa em busca do seu direito de ser vista e respeitada como mulher. Esta mãe fala da sua dificuldade em aceitar as diferenças e das várias tentativas de dissuadir a filha, ainda na adolescência, a não seguir um caminho por ela, e por muitos, considerado “anti-natura”. A solidão, os medos, as decepções, a incompreensão da identidade de género, um amor não incondicional - por ter estado escravizado a preceitos sociais e religiosos - são o emaranhado de sentimentos que se misturam em revolta e ao ódio contra aqueles que mataram o “seu menino” e numa subsequente negação a Deus e assumpção da culpa por não ter sido capaz de realizar o seu desejo mais fulcral: tratá-la por Gisberta. 

Segundo a produção a peça poderá ainda entrar em digressão por outros países de língua portuguesa.

 

Paulo Monteiro

1 comentário

Comentar