Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

Políticos evangélicos brasileiros estão fora da Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Paulo Pimenta CDHM Brasil direitos lgbt a saber ma

Como noticiado pelo dezanove, a primeira reunião que definiria o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM), do Brasil, foi cancelada após uma quebra de acordo entre o Partido dos Trabalhadores e a bancada evangélica para que o partido do Governo (PT) presidisse uma das comissão mais importantes do país.

Após uma semana de negociações, o deputado do Estado do Rio Grande do Sul Paulo Pimenta (PT) foi eleito com 14 votos.

"Não podemos calar quando parcelas da sociedade brasileira tendo dado eco às concepções fundadas na intolerância, quando vimos milícias sendo organizadas, quando os assassinatos de jovens são respaldados pelo instrumento dos autos da resistência, quando o crime de estupro é confessado em canal nacional de televisão e quando um adolescente é assassinado por ser filho de casal homossexual", declarou Paulo Pimenta.

Historicamente o Partido dos Trabalhadores tem ocupado a cadeira da presidência da comissão. Em 2013 o deputado e pastor evangélico Marco Feliciano do Partido Social Cristão ocupou o cargo e esteve envolvido em grande polémica.

O facto do PT ocupar a presidência da CDHM significa que pelo menos se impede que a bancada evangélica ocupe o lugar para barrar projectos de lei relacionados com a população LGBT e os direitos das mulheres.

O deputado Assis Couto que deixou a presidência da CDHM agradeceu a oportunidade dada pelo Partido dos Trabalhadores: “Deixo essa Comissão com a sensação de dever cumprido. É claro que saio com algumas preocupações. Precisamos debater nossas ideias, mas entender que nossas decisões pessoas, sobretudo religiosa, não deve se sobrepor o Estado Laico”.

 

Como funcionam os acordos de bastidores

A quebra de acordos nos bastidores da política brasileira revela como são encarados os Direitos Humanos pelo Governo. Na primeira sessão a candidatura avulsa de Sóstenes Cavalcante, um deputado e pastor, gerou grande discussão. Cavalcante foi depois transferido para suplente com o objectivo de não se candidatar. No entanto, o deputado em causa será redactor de um projecto de lei que tem como objectivo definir o conceito de família formada apenas por um homem e uma mulher e que proibe a adopção de crianças por casais homoafectivos. Note-se que este projecto será debatido noutra comissão, a Comissão da Família, que conta com um amplo contingente de deputados evangélicos.

 

Nelson Neto, no Brasil