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Protesto invade barbearia onde só podem entrar homens e cães (com vídeo)

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Em Outubro de 2014 um artigo do DN desencadeava uma onda de reacções à barbearia vintage lisboeta onde só podiam entrar homens e cães. Mulheres não.

Figaro's, fica situada na rua do Alecrim, e o seu aspecto atrai turistas e curiosos, mas a proibição da entrada de mulheres foi a razão pela qual a barbearia começou a ser falada nas redes sociais com acusações de misogenia.

Este Sábado um grupo de manifestantes disfarçados de cães e com gorros irrompeu pelo estabelecimento dentro. O protesto foi captado em vídeo.

 

Na internet alguns blogues explicam o sucedido. O blogue Interpolação explica o conceito do protesto: “Queríamos ajavardar um discurso javardo, performar (afinal estamos a falar de género, não?), sem devaneios de persuasão. […] Fomos performar cães (esses podem entrar). Cheirámos, ganimos, sexualizámos pernas alheias, saltámos e brincámos com sofás, cadeiras giratórias e instrumentos de coiffure. Ficámos a saber que têm paus do tipo de taco de basebol, como quem está preparado para reagir ao que mereceria, e, depois de ameaças, empurrões, destruição do vídeo que estavámos a fazer da acção e "caralhadas" contra as ditas "ressabiadas" (ressabiados incluídos), lá saímos tão depressa como entrámos. Diz que desceram a rua do Alecrim com as ditas armas de arremesso à procura da matilha de putedo para enxertos de porrada à moda do fascismo retro-coiso.”

Os autores do blogue obeissancemorte consideramAs “não admissões” já eram e quem ainda faz uso delas está simplesmente a discriminar, a excluir, a segregar. Se os barbeiros do Figaro’s querem fazer a barba dos seus clientes à “moda antiga”, aparando a barba à navalha, que o façam, mas se os barbeiros do Figaro’s vedam a entrada de mulheres no seu estabelecimento, essa interdição diz respeito a todos os que passam em frente da barbearia, uma vez que o direito de admissão é e deve ser um direito universal. Tudo isto não passaria de uma anedota sexista se todo o discurso dos ditos-cujos não assentasse numa misoginia pura e dura, perigosamente coberta de um ar trendy.” Acham eles que “a emancipação das mulheres é um dado adquirido em pleno século XXI”, esquecendo-se eles próprios de se emancipar da estupidez máscula.”

 

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