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"Small Talk", uma história sobre amor materno 

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"Small Talk" teve várias nomeações e prémios. Entre eles dois Ursos de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Berlim na categoria Melhor documentário e melhor realizador (na categoria documentários – prémio júri), e ganhou o Prémio de Melhor Documentário neste Queer Lisboa.

 

A realizadora Hui-Chen Huang questiona o amor materno diante de todos: da câmara, do público e da própria filha, mostrando de forma íntima a vida familiar destas três gerações de mulheres dentro de quatro paredes.

O filme mostra-nos o quão difícil é o diálogo entre mãe e filha, na busca da realizadora por encontrar alguma conexão e compreender as atitudes da mãe. Anu, depois do divórcio atribulado, criou as duas filhas sozinhas e a partir daí apenas teve relações amorosas com mulheres.

Através de perguntas inquientantes e revelações difíceis, visitas a familiares e pequenas conversas com as ex-namoradas da mãe, Huang tenta descobrir quem é esta mulher.

Considero que este é um filme muito corajoso, muito intimista, chocante e extremamente genuíno. Tem imagens fortes e simples ao mesmo tempo, recortadas com flashbacks. Conseguimos ter uma percepção do que era ser lésbica em Taiwan, há algumas décadas atrás e vai contra o conto-de-fadas da maternidade, tendo sempre em contraponto a relação de Anu com a filha Huang, em que ambas são praticamente desconhecidas a dividir o mesmo tecto, e por sua vez a relação de amor e companheirismo de Huang com a filha – o que de algum modo foi a alavanca para a realizadora se questionar sobre a relação com a própria mãe.

Será que o amor materno é algo que não se pode ter por adquirido?

 

4 de 5 estrelas 

 

Sofia Seno