“Egalité!” Foi ao grito de igualdade que a Assembleia Nacional de França aprovou esta terça-feira o casamento para todos, a designação adoptada neste país e que concede iguais direitos a casais homossexuais e heterossexuais. A adopção de crianças por casais do mesmo sexo é permitida automaticamente por inerência da lei do casamento.
Depois de sete dias de debate no Palácio de Luxemburgo, sede do Senado em França, a câmara alta francesa votou a favor da lei do casamento para todos. O debate deveu-se às inúmeras alterações solicitadas pelos opositores conservadores e de Direita.
“Sinto-me desgostoso por ter de mostrar isto. Esta é a cara da homofobia” A legenda da foto foi colocada por Wilfred de Bruijn no seu perfil do Facebook este Domingo. Este jovem neerlandês foi atacado na madrugada de Sábado para Domingo nos arredores de Paris e decidiu mediatizar a sua agressão.
Desde que, há alguns meses, se iniciou na comunicação social, nos meios políticos e na sociedade em geral o debate sobre o casamento para todos (o casamento gay) e a adopção, verificou-se um paradoxo. Por um lado, 63 por cento dos franceses são favoráveis a esta reforma histórica. Por outro, foi claramente libertado o "discurso homofóbico", tanto na televisão como no resto da sociedade. Associações como "SOS Homophobie" ou "Le Refuge" (que acolhe jovens gays expulsos pelos pais) anunciaram que o número dos pedidos de ajuda foi multiplicado por quatro.