É difícil não olhar com desconfiança em nosso redor
Ironicamente, as eleições legislativas aconteceram dois dias depois da celebração do Dia da Mulher, a 8 de Março.
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Ironicamente, as eleições legislativas aconteceram dois dias depois da celebração do Dia da Mulher, a 8 de Março.
Acordados, é assim que nos devemos declarar. Basta de falinhas mansas, de palmadinhas nas costas, de fingir que não percebemos, de ir à manifestação tirar a selfie só porque sim e depois voltar para casa e manter tudo na mesma só porque é cómodo.
A noite eleitoral de Domingo foi uma montanha russa e de muita indefinição. As projecções iniciais da Universidade Católica para a RTP davam a vitória à AD e a Luís Montenegro, com uma margem mínima de distância para o PS, liderado por Pedro Nuno Santos. Ao longo da noite o escrutínio dos votos mostrou que resultados finais, só mesmo depois da contabilização dos votos dos Portugueses pelo círculos da Europa e de Fora da Europa. Algo que poderá demorar entre uma a duas semanas.
A poucos dias das eleições deixamos-te uma lista de candidatos e candidatas a deputados e deputadas de vários partidos, e de Norte a Sul do país, que têm lutado pelos Direitos das Pessoas LGBTI+. Fica a conhecê-los aqui:
Ainda sem representação parlamentar, o recém criado em Portugal, o VOLT é um partido pan-europeu, progressista e pragmático. Formalizado em Junho de 2020 no nosso país, não se considera nem de esquerda nem de direita pois procura basear as suas decisões nas melhores práticas, na evidência científica e na defesa dos direitos humanos. Na informação que disponibilizam online lemos que os valores do VOLT são a dignidade humana, a igualdade de oportunidades, a liberdade, a sustentabilidade, a justiça e a solidariedade. "Somos livres de ideologias de esquerda ou de direita e estamos focados em encontrar as melhores soluções para todas as pessoas".
Foi o último programa eleitoral a ser apresentado. Foi apenas a 17 de Fevereiro que o Partido PAN (Pessoas - Animais - Natureza) revelou os conteúdos do programa que gostaria de implementar no país.
Ao longo de 178 páginas podemos encontrar várias referências às pessoas LGBTI+. O partido alerta ainda que "a falta de novos avanços que levou a que no ano passado Portugal caísse pelo segundo ano consecutivo no ranking dos países europeus sobre direitos das pessoas LGBTI+, ficando em 11.º lugar."
O programa da Iniciativa Liberal aborda as questões LGBTQ+ (é esta a sigla que o partido utiliza) em apenas duas secções.
O Livre trata as questões LGBTQIA+ em vários capítulos do seu programa, dedicados ao trabalho e protecção laboral, à educação e à política externa. Atribui-lhes ainda uma atenção central na primeira secção do texto, “Igualdade, Justiça Social e Liberdade”.
O programa eleitoral do Chega, partido que se assume como nacional, conservador, liberal e personalista, no espectro da extrema-direita europeia, partilhou o seu programa eleitoral no passado dia 9 de Fevereiro, um mês antes das eleições legislativas de 2024.
No quadro das eleições legislativas de 10 de Março de 2024, a Coligação Democrática Unitária, formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), apresenta o programa eleitoral da PCP, coligação que se apresenta como tomando “a força dos Valores de Abril” (p. 4) e apontando os mesmos para o futuro de Portugal, afirmando que um Portugal com futuro encontra respostas na Constituição “para mudar de política, dar vida e retomar Abril” (p. 4), oferecendo uma política patriótica e de esquerda.
O Bloco de Esquerda apresentou as suas medidas que visam promover a igualdade e o respeito pela diversidade na sociedade portuguesa.
A Aliança Democrática (AD) resultou de um acordo de coligação entre o Partido Social Democrata (PSD), o CDS-Partido Popular (CDS-PP) e do Partido Popular Monárquico (PPM), contando igualmente com um conjunto de personalidades independentes. Formada para concorrer às próximas eleições legislativas e europeias, a coligação de centro-direita afirma como seu objectivo “superar e vencer este ciclo de oito anos de governação socialista” (Acordo de Coligação, p. 1).
Votar de forma informada nas próximas Eleições Legislativas de 10 de Março é decisivo para o nosso bem-estar e salvaguarda de direitos já adquiridos e que protegem as pessoas LGBTI+.
Diogo Faro, muito activo nas suas redes sociais, nomeadamente no que diz respeito aos direitos das minorias, partilhou na sua conta de Instagram, a 6 de Janeiro, uma história sobre Miguel Milhão, o fundador da Prozis – homem que já se manifestou contra o direito à IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez), que criticou a Vodafone por apresentar uma campanha publicitária que abordava a homossexualidade e que é manifestamente contra o socialismo, muito embora tenha recebido 18,5 milhões euros de fundos públicos.
A noite começou com o PP a cantar vitória após serem divulgadas as primeiras sondagens e se perspectivar uma possível maioria absoluta para o bloco de direita. Mas a contagem dos votos não veio confirmar essas expectativas e a comunidade LGBTI+ espanhola pôde dormir descansada: não acordariam no dia seguinte com Santiago Abascal, do Vox, como vice-presidente do governo.
Após mais de uma década, Luiz Inácio Lula da Silva torna-se novamente presidente do Brasil.
No passado domingo, dia 2 de Outubro, decorreram as eleições no Brasil, cujo resultado mostrou Lula da Silva como o candidato mais votado, obrigando Jair Bolsonaro a ir à segunda volta, a qual terá lugar a 30 de Outubro.
Lula da Silva e Jair Bolsonaro disputarão a presidência do Brasil em um embate histórico no segundo turno. De acordo com o sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula recebeu 57.257.193 votos (48,43%), enquanto Bolsonaro recebeu 51.071.085 (43,20%).