No passado dia 28 de Fevereiro, realizou-se uma sondagem telefónica a 1644 adultos norte-americanos, sobre assuntos relacionados com política e economia, incluindo a pergunta: “Deveria ser legal ou ilegal o casamento entre casais do mesmo sexo?”.
Os parques de San Francisco (Estados Unidos) ficam repletos e ainda só é sexta-feira. Percebemos as diferenças entre os autóctones e os entusiásticos visitantes (pelo seus trajes burlesco-exagerados), que vêm de tantas outras partes dos EUA à procura de liberdade de expressão, em pleno Pride da cidade.
Morreu esta terça-feira Gore Vidal, aos 86 anos, vítima de pneumonia. O escritor norte-americano, que se definia como uma “puta fina”, era considerado um dos principais intelectuais gay do mundo. “Não existe isso da pessoa homossexual ou heterossexual. Apenas existem actos homossexuais ou heterossexuais”, chegou a declarar.
Nova Iorque, San Francisco e Portland parecem ser as cidades mais LGBT friendly dos Estados Unidos. Por isso, e numa altura em que se assinala o mês do Orgulho LGBT, a Nike apresentou três novos modelos de ténis da sua linha Be True. Cada modelo é dedicado a uma cidade.
A notícia de que Ricky Martin e o namorado Carlos González iriam casar-se a 28 de Janeiro em Nova Iorque foi desmentida pelo próprio cantor. A informação tinha sido avançada pelo jornal El Nuevo Dia."De tudo o que vês, acredita na metade. Do que lês, não acredites em nada", escreveu Ricky Martin no Twitter.
O actor Zachary Quinto, conhecido do grande público graças à personagem Sylar, da série "Heroes" e por representar Spock no mais recente "Star Trek", tornou pública a sua orientação sexual. A revelação foi feita à revista New York Magazine. O actor falava sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que é legal em vários estados norte-americanos e sobre o caso de suicídio do adolescente Jamey Rodemeyer, que foi vítima de bullying homofóbico. "Como gay, olho para isto e digo que não há esperança. Mas olhando como um ser humano, pergunto-me por que existe esta desigualdade", declarou o actor, há vários anos defensor em público dos direitos LGBT.
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine, realizado por investigadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, mostrou importantes efeitos benéficos de um dos anti-retrovirais usados no tratamento da infecção por VIH (Turvada) quando o medicamento é tomado por pessoas que não estão infectadas quando iniciam o tratamento. Entre os que tomaram a medicação, o número dos que contraíram o vírus foi cerca de metade (44% de redução) quando comparado com o grupo que tomou um placebo. O grau de protecção é ainda maior (73%) quando se analisam apenas os participantes que tomaram a medicação em pelo menos 90% das alturas em que o deveriam fazer.
Participaram neste estudo, que decorreu entre Julho de 2007 e Dezembro de 2009, perto de 2500 homens residentes nos Estados Unidos, Brasil, Peru, Equador, África do Sul e Tailândia.
Este estudo demonstra a capacidade de os medicamentos actualmente utilizados em indivíduos sero-positivos de prevenirem a infecção no resto da população, neste caso em homens que têm sexos com outros homens. Estão ainda a decorrer estudos semelhantes em mulheres e em utilizadores de drogas injectáveis.
Os investigadores alertam para a necessidade de estudar a possibilidade do tratamento profilático poder vir a gerar resistência do vírus aos compostos administrados, situação comum no tratamento de outros agentes infecciosos como a Tuberculose ou a Malária.
Ainda assim, os resultados são muito encorajadores para o controlo do VIH não só pelos efeitos directos do tratamento, mas pelos impactos positivos que a participação no tratamento teve na redução dos comportamentos de risco, provavelmente por incutir nos participantes uma maior consciencialização para os riscos da infecção por VIH.
Em 1988 foi perguntado pela primeira vez aos norte-americanos, através de uma sondagem do General Social Survey, como encaravam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. À data, apenas 10 por cento das pessoas diziam ser a favor. Vinte e dois anos depois, o cenário alterou-se. Há uma semana a CNN avançava com o resultado de uma sondagem em que, pela primeira vez, referia que existia uma maioria de inquiridos (52 por cento) favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nos EUA o casamento entre pessoas do mesmo sexo está apenas legalizado nos estados de Massachusetts, Connecticut, Vermont, Iowa, New Hampshire e District of Columbia.
Segundo observadores, foi a decisão judicial de um tribunal de S. Francisco de declarar inconstitucional e discriminatória a Proposição 8 que impede os casais homossexuais de contrair casamento, que ajudou a que a opinião pública alterasse a sua posição. A decisão foi entretanto suspensa. “Normalmente, as decisões dos tribunais são uma previsão de como se comportará a opinião pública nos próximos anos”, disse ao jornal espanhol Público Brian Powell, professor de Sociologia da Universidade de Indiana e autor do livro “Relações homossexuais e a definição americana de família”. “Se a tendência continua, em 2014 uma ampla maioria apoiará os casamentos entre pessoas do mesmo sexo”, completou ao mesmo jornal Patrick Egan, professor de Ciência Política da Universidade de Nova Iorque.