Pelo oitavo ano consecutivo voltamos a premiar os melhores, mas também não nos esquecemos dos piores do ano. Distinguimos as personalidades e acontecimentos que marcaram o panorama LGBTI ao longo de 2017, depois de termos analisado mais de 400 artigos escritos nos últimos 12 meses.
Fica a conhecer os vencedores dos prémios LGBTI mais completos do país:
Sou médico e sou homossexual. Sempre quis ser médico e sempre me senti homossexual. Cresci com um pai e uma mãe. Maravilhosos, esforçados, dedicados a mim e ao meu irmão mais do que a qualquer outra coisa na vida. Também existiram avós, tios, primos e primas e se alguma coisa toda esta gente me ensinou foi o que era o amor e o que significa ter uma família. Tive a sorte de não conhecer nenhuma das realidades do abuso – o físico, o sexual, a negligência... Enquanto criança brinquei com carrinhos de metal, joguei à bola no recreio da escola, meti-me em lutas com os outros rapazes e explorei os primeiros afectos com as meninas no famoso jogo do “bate-pé”!
Na edição desta semana do semanário Expresso o conhecido médico português volta a tecer considerações sobre as pessoas LGBT.
Na entrevista o médico-cirurgião, de 87 anos, comenta a propósito da homossexualidade: "Se me perguntam se é correcto? Acho que não. É uma anomalia, é um desvio de personalidade. Como os sadomasoquistas ou as pessoas que se mutilam".
— Vai retirar do livro aquela parte em que diz, e cito: "Os homossexuais são, no mínimo, 12 vezes mais prováveis de violar uma criança do que os heterossexuais"?
— Sim, sim, sim. Já foi apagado, vamos retirar esse excerto do livro, foi um erro que...
— Um erro? Mas acha que escreve num livro, intitula-se médico ou terapeuta, e escreve lá que eu e o meu namorado temos mais probabilidade de violar uma criança do que outra pessoa qualquer, só pelo facto de eu amar alguém do mesmo sexo? E publica esse livro mundialmente? E faz ainda uma fortuna à custa de difamar uma comunidade de pessoas não pretendem nada mais do que igualdade e amor? Mas está doido?
A petição Defender o Futuro vai ser debatida esta quinta-feira na Assembleia da República. Mais de cinco mil pessoas assinaram esta petição contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a interrupção voluntária da gravidez e a lei que permite a mudança de sexo às pessoas transgéneras, entre outras leis que foram aprovadas nos últimos seis anos.
Já foram recolhidas mais de 4000 assinaturas contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a interrupção voluntária da gravidez e a lei que permite a mudança de sexo às pessoas transgéneras, entre outras leis que foram aprovadas nos últimos seis anos.