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Quem escreverá novas “cartas para Gisberta”?

cartas para gisberta

Em 2019, a Invictas promoveu a iniciativa “Cartas para Gisberta”, convidando mulheres trans a escreverem àquela que foi a sua amiga querida, a colega na adversidade, a inspiração para a luta. Neste dia em que lembramos o seu brutal homicídio às mãos de 14 rapazes do Porto, o dezanove.pt convida as pessoas trans a renovarem a iniciativa, apelando ao envio de novas cartas para publicação no site. Para que, hoje e sempre, a memória de Gisberta continue viva.

 

Aprovado: Gisberta terá uma rua no Porto, mas ficará em lista de espera 

gisberta

Com sete votos a favor e seis contra, o nome de Gisberta entrou finalmente para a bolsa de nomes da Comissão de Toponímia da Câmara Municipal do Porto. Não há uma data para anunciar a inauguração da Rua Gisberta porque o nome fica em lista de espera.

 

 

Rua Gisberta: "Iremos levar esta iniciativa até ao fim"

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Muita tinta correu depois da Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho do Porto (COMOP), bem como outros colectivos e pessoas defensoras dos direitos das pessoas LGBTI+ terem anunciado que vão, mais uma vez, tentar que o nome de Gisberta, mulher trans que foi brutalmente assassinada há 15 anos, seja a designação de um arruamento, no Porto.

 

Porto quer (e vai) ter uma Rua com o nome de Gisberta

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Por um Porto que nunca se esqueça de Gisberta Salce Júnior. É assim, através de uma rua com o nome de Gisberta, que a Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho do Porto (COMOP) e outras pessoas defensoras dos direitos das pessoas LGBTI+ em que se inclui a actriz e activista, Sara Barros Leitão, pretendem homenagear a mulher morta no Porto há 15 anos.

 

 

As fotos da 12ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto

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Tudo aponta para que tenha sido a maior Marcha do Orgulho LGBT de sempre na cidade do Porto. À 12ª edição da marcha que nasceu para não esquecer Gisberta Salce Júnior, barbaramente assassinada na cidade a 22 de Fevereiro de 2006, as bandeiras do arco-íris voltaram a sair às ruas da Invicta.

História de Gisberta inspira curta-metragem que vai estrear no Brasil (com vídeo)

 

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“A Gis”, curta-metragem sobre o assassinato de Gisberta Salce Júnior, vai estrear esta sexta-feira no Rio de Janeiro no âmbito do festival Curta Cinema do Rio. Depois, irá passar, ainda este mês de Novembro pelo Panorama Coisa de Cinema, em Salvador, e pelo Festival Mix Brasil, em São Paulo.

 

 

Raquel Freire: “Qual é a diferença entre a luta nos anos 80/90 sobre a despatologização dos homossexuais e a das pessoas trans?”

 

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A cineasta e activista Raquel Freire filmou Eduarda Alice Santos e Lara Crespo, duas activistas trans, a propósito da morte de Gisberta Salce Júnior. Os vídeos recolhem os testemunhos das duas activistas sobre o assassinato que abalou a comunidade LGBT em 2006 e sobre o percurso dos direitos trans em Portugal.

Peça "Gisberta" chega ao Brasil em Março. Países lusófonos podem entrar na digressão

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Depois do Teatro Rápido, em Lisboa, numa versão de 15 minutos, que foi galardoada em 2013 com o Prémio dezanove para Melhor Peça de Teatro do Ano e de ter percorrido o país posteriormente numa versão alargada, "Gisberta" chega ao Brasil. A estreia está prevista para 11 de Março no Teatro SESC Paulo Gracindo, às 20h30 (SESC Gama). Nos dias 12 e 13 de Março a peça passa para o Teatro SESC Garagem às 20h30, também na capital Brasília.  

Na semana seguinte (18 a 20 de Março) a peça é apresentada  no SESC PALLADIUM, em Belo Horizonte.

 

Homenagens a Gisberta em Coimbra, no Porto, em Braga e online

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Activistas, associações e colectivos organizam uma série de eventos físicos e online para prestar homenagem por ocasião do décimo aniversário da morte de Gisberta Salce Júnior. 

"A Gisberta podia ser eu"

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Eu tinha apenas 15 anos quando a Gisberta foi assassinada. Ligava pouco a jornais e noticiários, mas a cobertura deste caso foi tão grande, que era impossível ignorá-lo. Demorei tempo a digeri-lo (alguma vez o fiz?) mas o que senti foi, sobretudo, medo.

 

"As pessoas trans continuam a não ter cuidados de saúde acessíveis e inclusivos"

Sandra Saleiro

Comecei a interessar-me pelo estudo da “identidade de género” na perspectiva das ciências sociais ainda antes da morte de Gisberta.

 

"A primeira Marcha do Orgulho no Porto só se fez por causa da Gisberta"

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O telefone tocou a meio da tarde. Era o Sérgio [Vitorino]. Estava muito frio, não queríamos sair da cama. A única coisa que entendi foi que teriam encontrado um “travesti” morto, com sinais de tortura no corpo, numa construção abandonada no centro do Porto.

"A morte de Gisberta representa o nosso fracasso político, individual e colectivo"

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A morte de Gisberta chegou como um murro no estômago – sem aviso, sem forma de nos protegermos da dor, sem recursos para interpretar aquilo que não podia se não causar-nos a maior perplexidade.

 

Quantas vezes matarão Gisberta?

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Definitivamente, o ano de 2006 foi, para mim, um ano terrível. O ano em que perdi dez quilos em poucos meses, como denuncia, para quem me conhece, a foto que acompanha este texto, tirada na Marcha de Lisboa desse ano. Um ano de morte. A morte simbólica da minha vivência – até então sem “contraditório” – de uma cidade do Porto feita apenas de afectos e generosidade; o desaparecimento da minha mãe após demasiado tempo de sofrimento, falecida poucos meses depois dos factos que motivam este artigo e de quem me encontrava a cuidar praticamente a tempo inteiro quando soou o primeiro alarme de que algo pavoroso tinha acontecido num prédio inacabado da Invicta, às mãos de um grupo de catorze rapazes com idades entre os 12 e os 16 anos. Cada um deles, diga-se, simultaneamente algoz e vítima de maus-tratos na infância, a confirmar que a linguagem de violência é muitas vezes de novo reproduzida porque a conheceu na pele e nunca conheceu outra.