A palavra chemsex resulta da junção das palavras inglesas chemical (químico) e sex (sexo), podendo ser traduzida de uma forma genérica como “sexo químico”. É uma palavra que se emprega para as relações sexuais que envolvem o uso de uma ou mais drogas: metanfetamina, que estimula o desempenho sexual; GBL (também denominado “ecstasy líquido”), que é um líquido com efeitos eufóricos; mefedrona (um estimulante que aumenta a resistência do corpo humano). No entanto, a composição principal do chemsex é a metanfetamina.
A SIDA marcou profundamente a percepção da homossexualidade nos anos 80 e 90, e ainda hoje é mais prevalente entre homens que fazem sexo com homens (HSH), disseminada sobretudo devido a comportamentos sexuais de risco [1]. No entanto, não é a única consequência do sexo desprotegido na população HSH. A sífilis, por exemplo, também é mais prevalente nesse grupo de pessoas e a sua incidência tem aumentado ao longo dos últimos anos [2], também devido ao sexo desprotegido [3].
Nem sempre o que parece é. A divulgação dos resultados do maior inquérito do mundo para homens gay revela que homens que têm sexo com homens admitem, na percentagem de 37,2%, não ter usado preservativo. Uma percentagem relevante se pensarmos que basta apenas uma relação não protegida para que a transmissão de infecções aconteça.