Segundo activistas russos de defesa dos direitos LGBTI, pelo menos 40 pessoas foram presas e duas delas morreram naquilo que está a ser descrito como uma nova onda de repressão contra homossexuais na república russa da Tchetchénia.
Graça Fonseca, Secretária de Estado da Modernização Administrativa, falou abertamente da sua homossexualidade numa entrevista. Se vivêssemos num mundo ideal, sem estigmas e violência, nada disso importaria. Mas ainda é necessário falar de homossexualidade, não numa lógica de quem faz o quê com quem (isso é da esfera íntima), mas na óptica da identidade (essa da esfera pública), tal como é necessário falar da identidade cultural, religiosa, étnica, ou outras que são alvo do preconceito da sociedade. E sempre com a consciência de que essas identidades são apenas uma dimensão do que se é na totalidade enquanto indivíduo. Como a própria Graça Fonseca afirma na entrevista ao DN, «na verdade não é uma questão da privacidade, é uma questão de identidade. Que é dizer “eu sou morena e tenho olhos verdes e sou isto”. Aquilo que se faz com ser morena e de olhos verdes é que é uma questão da tua vida privada.»
França aceitou a entrada do primeiro refugiado proveniente da Tchetchénia, que pediu asilo para escapar à perseguição de que as pessoas LGBT estão a ser alvo naquele território. A decisão coincidiu com a visita do presidente russo, Vladimir Putin, ao país.
Isabel Moreira, Sofia Aparício, Rui Maria Pêgo, Manuel Moreira, Ricardo Robles, João Pedro Vale e Pedro Faro foram algumas das figuras públicas e políticos que se juntaram às cerca de duas centenas de pessoas que protestaram esta terça-feira, ao fim da tarde, em frente à Embaixada da Rússia em Lisboa. À mesma hora, no Porto, os manifestantes concentraram-se junto ao edifício onde está situado o gabinete do cônsul honorário da Rússia, na Avenida da Boavista.
Lisboa, Porto e Funchal vão estar unidas contra a situação que tem sido denunciada nos últimos dias por associações de defesa dos direitos das pessoas LGBT, pelos media internacionais e até pelas Nações Unidas.
Uma jornalista russa que trabalha para uma rádio norte-americana baseada na República Checa conseguiu falar com três gays tchetchenos que explicaram o terror que vive a população LGBT daquele país.
Nos últimos tempos tenho-me sentido cada vez melhor na minha pele - unicórnio mágico que cospe arco-íris ou de ovelha colorida da família, como digo. Sinto-me cada vez melhor sendo quem sou e amar quem amo.