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Tchetchénia abre campo de concentração para homossexuais

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A Tchetchénia abre primeiro campo de concentração para homossexuais desde o tempo de Adolf Hitler nos anos 30.

Depois das notícias da última semana, novas informações veiculadas pela imprensa internacional dão conta de que homens gays estão a ser alvo de choques eléctricos e de tortura até à morte.

Um dos prisioneiros terá fugido do campo de concentração e explicou que os homens ali detidos estão a ser torturados para que revelem os nomes de outros homossexuais que ainda não estão presos.

Recorde-se que há cerca de uma semana vários meios avançaram que 100 homossexuais foram detidos e 3 deles tinham sido mortos.

O jornal russo Novoya Gazeta reporta que as autoridades tchetchenas criaram vários campos de concentração onde os homossexuais tchetchenos estão a ser mortos ou forçados a abandonar aquela república. Um dos campos localiza-se alegadamente nas instalações militares de Argun.

Svetlana Zakhorova, membro de uma associação russa de defesa dos direitos das pessoas LGBT disse ao jornal MailOnline que “vários homossexuais foram detidos e cercados e nós estamos a trabalhar para conseguir que eles saiam dos campos e abandonem a região. Os que conseguiram escapar explicaram que os detidos, cerca de 30 a 40, estavam todos na mesma sala e a ser eletrocutados, espancados com gravidade levando alguns inclusive à morte”.

Um homossexual que conseguiu fugir antes de ser encarcerado explicou que foi forçado a subornar a polícia tchetchena com milhares de rublos para poder sobreviver. “Agora o regime tchetcheno está a dar mais um passo contra os gays”, disse o sobrevivente.

Alexander Artmyev, da Amnistia Internacional russa declarou: “Apenas podemos incitar as autoridades russas para investigar estas alegações. Os homossexuais tchetchenos estão a ser maltratados e perseguidos diariamente e têm medo de falar sobre o assunto. Ou se escondem ou abandonam a Tchetchénia. Temos estado em contacto com as associações LGBT para que estas pessoas arranjem abrigo, mas o problema é que se falarem colocam a sua vida e a dos outros em risco”.

Tanya Lokshina, porta-voz da associação Human Rights Watch, em Moscovo, explica que muito poucas pessoas se atrevem a falar de Direitos Humanos aos monitores da associação ou aos jornalistas, mesmo que anonimamente, porque o clima de intimidação é avassalador e as pessoas são forçadas a ficar em silêncio. Fazer uma queixa às autoridades é muitíssimo perigoso, já que as retaliações são inevitáveis. As pessoas LGBT na Tchetchénia estão vulneráveis, a homofobia é intensa e crescente. As pessoas LGBT encontram-se em risco, não só devido a estas perseguições por parte das autoridades, mas por causa das “mortes de honra” feitas pelos próprios familiares de modo a "limpar a honra da família".

A República da Tchetchénia é presidida por Razman Kadyrov (na foto) e aliado de Vladimir Putin. Na altura das notícias iniciais sobre este assunto Kadyrov negou as detenções, pois “estas pessoas não existem na nossa república”.

Entretanto o grupo "Um activismo por dia" convocou uma manifestação contra campos de concentração para gays na Tchechénia frente à embaixada da Rússia, em Lisboa, para dia 18 de Abril às 18 horas.

 

Actualização a 11 de Abril com último parágrafo.

 

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