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Dez factos e consequências do massacre na discoteca Pulse (com vídeos)

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O massacre de Orlando parece ter passado para segundo plano nos media portugueses. No entanto, continua a avalanche de informações. Aqui fica um guia dos acontecimentos mais relevantes das últimas horas.

Omar Mateen já frequentava o Pulse. Pelo menos quatro clientes regulares do Pulse afirmam que já tinham visto Omar Mateen na discoteca, antes do massacre. Segundo o jornal Orlando Sentinel, alegadamente, o atirador seria presença assídua da noite gay de Orlando e um frequentador de apps de encontros entre homens. Ty Smith, uma das testemunhas, descreveu que "às vezes ele sentava-se a um canto sozinho a beber, outras vezes ele ficava tão bêbado que era violento”. Uma outra testemunha, Kevin West, garantiu que trocou com Omar mensagens durante um ano através de uma aplicação de engate. Mesmo nunca se terem encontrado, Kevin garante que viu Mateen no Pulse cerca de uma hora antes do ataque.

 

Morre para salvar o próprio filho. Brenda Lee Marquez McCool encontrava-se na discoteca Pulse a acompanhar o seu filho Isaiah Henderson, de 21 anos. Quando se apercebeu que se encontrava um atirador no interior da discoteca, colocou-se diante do filho para o proteger. Morreu alvejada mas conseguiu salvar a vida de Isaiah. Foi uma das 49 vítimas. Era mãe de 11 filhos.

 

Enterrados juntos. Na lista de vítimas de Orlando surgem Juan Ramon Guerrero (22 anos) e Christopher Leinonen (32 anos). O casal de namorados que namorava há dois anos, planeava casar-se. O pai de Juan Ramon disse à revista Time que o Juan e Christopher seriam enterrados juntos. “Não ligo para o que as pessoas pensam. Acho que meu filho gostaria que fizéssemos isso”, justificou. Encontras a conta de Instagram de Juan Ramon aqui.

 

5 milhões de dólares para ajudar familiares. A Walt Disney Company decidiu doar um milhão de dólares para apoiar familiares das vítimas. “Os nossos corações estão com todos os afectados por essa tragédia”, referiu a empresa que tem um parque de diversões em Orlando. Uma campanha da Equality Florida, que está a decorrer no site GoFundMe, já conseguiu juntar 4,1 milhões de dólares com o mesmo fim. O objectivo é chegar aos 5 milhões de dólares.

 

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Imprensa portuguesa ignora Orlando? Os jornais portugueses deram pouco destaque ao massacre de Orlando? Uma das críticas mais pertinentes veio de Os Truques da Imprensa Portuguesa, uma página de monitorização do trabalho dos jornalistas nacionais: “No dia 8 de Janeiro de 2015, o mundo rendia-se perante o ataque ao Charlie Hebdo. Mas o estado de choque foi em grande parte instigado e capitalizado pela imprensa que viu no horror uma oportunidade para disputar uns prémios de design com capas e especiais. Face ao ataque de ontem em Orlando tudo parece muito diferente, o que nos leva a questionar: quanto vale a liberdade sexual em relação à liberdade de imprensa?” No último fim-de-semana, o foco da atenção mediática parece ter sido as festas populares e a participação portuguesa no Euro 2016.

 

'Straightsplaining'. É a palavra que está a ser usada para desmontar a forma como alguns heterossexuais encaram o massacre de Orlando. “'Mansplaining': quando um certo tipo de homem 'explica' paternalistamente a uma mulher que ela está enganada na sua queixa de sexismo. 'Straightsplaining': quando um certo tipo de hetero 'explica' a alguém LGBT que é histérico/a por ver homofobia no ataque de Orlando”, descreveu o antropólogo Miguel Vale de Almeida no seu perfil de Facebook. Um exemplo claro de 'straightsplaining' ocorreu durante um debate no canal do Reino Unido Sky News, que levou o jornalista do Guardian, Owen Jones, a abandonar o estúdio em directo.

 

Rui Maria Pêgo. O apresentador e animador da MegaHits declarou no Facebook, a propósito do massacre de Orlando, que era homossexual. Esse post teve um alcance superior a um milhão de pessoas. A imprensa generalista também destacou o assunto.

 

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Rui Sinel de Cordes ficou ofendido. O humorista Rui Sinel de Cordes  decidiu abandonar o Facebook. "Neste lodo, eu não vou brincar mais. Eu saí do manicómio [Facebook]". "Fazer humor nas redes sociais tornou-se no desporto mais radical da história. É o mesmo que entrar num manicómio e esperar ter uma conversa normal com os doentes. É loucura. Um manicómio que define o que pode ou não ser dito. Fizeste uma piada? Demasiado cedo. Não tem piada. Ofende-me. O ângulo é sobre o oprimido, por favor apaga e faz com o ângulo sobre o opressor. Mata-te (…) Fiquem com os humoristas on-demand. Fiquem com os plagiadores, fiquem com a baunilha. Fiquem com músicas estéreis, fiquem com piadas respeitosas. Fiquem com o standard, com o banal, com o igual. Fiquem com os humoristas moralistas. Vocês merecem-se”, escreveu num post, que entretanto apagou. No Twitter, Rui Sinel de Cordes tinha escrito a seguinte piada que incendiou as redes sociais: “Q este atentado nos US seja 1 lição p tds os homossexuais. Qd vos perguntam se vos podem abrir 1 buraco novo, nem sempre devem responder que sim”. 

 

Lady Gaga na vigília de Los Angeles. A cantora não deixou de participar na vigília de homenagem às vítimas que decorreu junto ao Los Angeles City Hall. “Esta noite não vou permitir que a minha raiva e indignação com este ataque ofusque a nossa necessidade de honrar aqueles que estão a sofrer realmente por perderem os seus entes queridos”, disse, num discurso emocionado.

 

Uma música de homenagem. “Feel My Pulse” é o nome da música lançada por  Eli Lieb e Brandon Skeie para homenagear as vítimas de Orlando.

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