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114 filmes para ver no 20º aniversário do Queer Lisboa (com trailers)

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Do Calvário ao São Jorge, passando pelo Padrão dos Descobrimentos, o Roma, o Quarteto e a Cinemateca. O Queer Lisboa é uma das marcas dos alfacinhas. A cidade já não vive sem o festival de cinema mais antigo da capital. De 16 a 24 de Setembro 2016 decorre a vigésima edição e o dezanove.pt conta-te tudo.

 

Depois das novidades sobre os filmes de abertura e encerramento do festival e o espectáculo de homenagem às vítimas de Orlando eis o que tens de saber.

Longas

Oito e oito são dezasseis. É este o número de obras que disputam o prémio pela melhor longa-metragem e o melhor documentário. Nas longas destaque para “Antes o Tempo Não Acabava” de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, “AWOL” de Deb Shoval, “Rara” de Pepa San Martín ou para “Kater” (“Tomcat”) de Händl Klaus , vencedor do Teddy Award em Berlim este ano. Nos documentários “Waiting for B.” de Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel, “Coming Out” de Alden Peters, “Bolesno” (“Sick”), de Hrvoje Mabic ou Tchindas de Pablo García Pérez de Lara e Marc Serena, que deu que falar nos EUA, são os grandes destaques.

 

Curtas

As competições continuam na secção de Curtas-Metragens, In My Shorts e Queer Art, onde se poderá ver, por exemplo, “Famous Diamonds” de Daniel McIntyre, “En la Azotea” (“On the Roof”) de Damià Serra Cauchetiez ou “MA” de Celia Rowlson-Hall.

O Festival não vive apenas de secções competitivas, eis o grande destaque para o documentário “Yes, We Fuck!”, de Antonio Centeno e Raúl de la Morena, o retrato mais honesto alguma vez feito sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. “Grandma” de Paul Weitz protagonizado pela já septuagenária Lily Tomlin que foi nomeada por este papel para Melhor Actriz Musical/Comédia aos Globos de Ouro 2016.

Na Cinemateca poder-se-á ver um dos grandes destaques do Festival: Derek Jarman (1942-1994). Numa oportunidade única de conhecer um dos realizadores contemporâneos mais inspiradores e influentes da actualidade queer. A retrospectiva sobre o realizador britânico contempla a exibição de oito longas-metragens, quinze curtas e obras de vários realizadores seus contemporâneos e colaboradores, como John Maybury, Cerith Wyn Evans ou John Scarlett-Davis.

Contrariando a ideia que no festival não se passam filmes para um público queer feminino, temos como sugestões: “Barash”, “AWOL”, “Rara”, “À Qui la Faute” e “Grandma”.

Relembramos, por fim, as duas Master Classes abertas ao público que se irão realizar no decorrer do festival: “Cinema Explícito” e “De Brecht  a Bruce LaBruce e de volta”. A primeira dará nome a um livro que irá estar à venda em exclusivo durante o Queer.

 

Canais TV Cine & Séries também dedicam atenções ao cinema queer

Nos dois fins-de-semana em que decorre o Queer Lisboa, os canais TVCine e Séries prepararam um especial para se associarem à edição 20 do festival. De 16 a 18 e de 23 a 25 de Setembro há 12 filmes programados para quem tiver acesso a estes canais do cabo. Conhece a programação destes canais : 

16 de Setembro, 21h25: “O Que Arde Cura” ,de João Rui Guerra da Mata. Segue-se “Freeheld - Amor e Justiça”, de Peter Sollett. Baseada na história verídica da agente Laurel Hester (Julianne Moore) e da sua companheira Stacie (Ellen Page). Para além da luta contra o cancro, o casal depara-se com outra luta: a do  preconceito - na altura validado legalmente nos EUA.

17 de Setembro, 20h15: “Há Sempre Uma Primeira Vez”, de Maxime Govare e às 22h “Studio 54 (Director ́s Cut)” a mítica discoteca onde tudo era possível, em versão original não editada.

18 de Setembro, 20h30: “De Novo em Jogo: Greg Louganis”, de Cheryl Furjanic. O filme revisita a história de Greg Louganis, que venceu quatro medalhas olímpicas em saltos para a água, assumiu ser homossexual e viver com VIH. Às 22h00 “Jogo da Imitação”, de Morten Tyldum. O filme aborda a história de um homem que dedicou a vida à decifração de códigos durante a II Guerra Mundial. Alan Turing viu a vida interrompida devido à homossexualidade, comportamento considerado um crime na altura. O filme venceu o Óscar para Melhor Argumento Adaptado e teve uma interpretação magistral de Benedict Cumberbatch.

23 de Setembro: “Gémeos Para Sempre”, de Craig Johnson e “Orgulho”, de Matthew Warchus.

24 de Setembro, 21h30: “O Inferno”, de Carlos Conceição e “Uma Nova Amiga” de François Ozon.

25 de Setembro: “Larry Kramer: em Amor e em Cólera”, de Jean Carlomusto. Larry Kramer é um activista norte-americano dos direitos da comunidade LGBT que foi infectado por VIH/SIDA no final da década de 1980. De seguida passa “Looking: O Filme” (2016), de Andrew Haigh. Trata-se da conclusão da série da HBO que durante duas temporadas contou as histórias de amor, ódio e ciúme de um grupo de homens gay de São Francisco, os seus desafios profissionais e pessoais.

Luís Veríssimo

Leonardo Rodrigues