Nasce o primeiro Museu de História LGBT dos Estados Unidos
Conhecido como um dos pontos de partida da libertação queer, o bairro de Castro em São Francisco torna-se o agora o local escolhido para o primeiro museu de história gay, lésbica, bissexual e transgénera dos Estados Unidos.
“As nossas cartas foram queimadas, os nossos nomes discriminados, os nossos livros censurados, o nosso amor declarado impronunciável, a nossa existência negada”, pode ler-se num dos panfletos datados de 1979 que ornamenta as paredes do museu.
Desde os objectos pessoais de Harvey Milk - o primeiro político assumidamente gay a ser eleito na Califórnia - a manuscritos e brinquedos sexuais podem ser agora encontrados num único local. Duas exposições e centenas de artigos fazem deste museu o segundo do género no planeta. O outro fica em Berlim.
"Contar as nossas histórias pode transformar as nossas vidas e a sociedade e tira-nos das marginalização” afirmou Don Romesburg, curador da exposição.
O museu recorre a voluntários como Fred Baumer, de 57 anos, que viveu toda a sua vida no Castro e saiu do armário em 1970. “As pessoas vêm cá porque têm experiências emocionais muito fortes e eu quero falar com elas e dar o meu contributo pessoal.”
Stephen Adams, da associação de comércio local, acredita que o mesmo irá atrair mais turistas e ajudar à revitalização económica do bairro.