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Nem na mata se encontram histórias assim

Activistas insurgem-se pela desconsideração a Gisberta Salce Júnior

Crédito foto: Panteras Rosa

Cinco anos e dois dias depois a imprensa generalista continua a tratar Gisberta Salce Júnior, a mulher transexual brutalmente assassinada no Porto, pelo género masculino. É a denúncia feita por um conjunto de activistas e colectivos LGBT, nas que se inclui a recentemente criada Associação Pela Identidade, no seguimento de uma notícia sobre os cinco anos da morte de Gisberta publicada pela Agência Lusa e replicada por alguns órgãos de comunicação social, como o Público ou Porto24.

Em comunicado lançado esta quinta-feira, pode ler-se que a Agência Lusa insiste “em denunciar o seu nome de baptismo, nome esse que é quantas vezes repudiado pelas pessoas transexuais, não se coibem em tratá-la no masculino apelidando-a de “o transexual”, o que é declaradamente ofensivo e degradante tanto para a pessoa que foi Gisberta como para a comunidade transexual no seu todo.” No mesmo comunicado pode ler-se “a colagem de um declarado caso de transfobia à homofobia é lamentável.”

Esta quinta-feira o colectivo Panteras Rosa assinalou os cinco anos da morte de Gisberta na Cidade Invicta com uma concentração na Av. Fernão de Magalhães, local onde Gisberta foi encontrada morta, depois de ter sido torturada durante vários dias e atirada para dentro de um fosso de um prédio abandonado. O mesmo colectivo de combate à “LesBiGayTransfobia” apelou em missiva enviada à autarquia portuense que, em memória de Gisberta e da sua morte trágica, se construa no espaço público um memorial que possa de forma permanente representar que a transfobia não tem lugar na cidade.

Em 2006 o crime cometido por menores de idade institucionalizados, oriundos na sua maioria da Oficina de São José, instituição tutelada pela diocese do Porto, marcou o país.