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15 anos depois da primeira, como foi a Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa?

Tal como na primeira edição activistas de defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros reuniram-se no Jardim do Príncipe Real. 15 anos volvidos o ponto de encontro é o mesmo, mas o entorno social e político não é. Fomos falar com duas participantes para saber o que tinham a dizer nesta tarde de Sábado de 2014.

Marta Ramos, da comissão organizadora, que este ano reuniu 13 associações e colectivos, declarou ao dezanove.pt que num contexto de crise o impacto das medidas de austeridade podem ter mais impacto na comunidade LGBT. “Em 2013 estavamos aqui a celebrar a aprovação na generalidade da lei da co-adopção. Um ano depois, é triste e é uma vergonha política termos este retrocesso depois de uma manobra delatória que levou as famílias a referendo”. Marta não esteve na primeira marcha em 2000, mas espera que a 16ª, a 17ª e todas as marchas seguintes tenham mais pessoas, porque “a marcha é de todos”.

Zahra Santos, que conhecemos no dia da aprovação da lei da identidade de género, esteve na primeira marcha. Diz-nos com notório orgulho que esteve em todas as edições excepto em duas por razões pessoais. "Por que razão empunha uma bandeira com uma mensagem em árabe?", questionamos. Zahra, cuja tradução significa flor de laranjeira, diz-nos que esta é uma bandeira contra a discriminação nos países árabes e passa a explicar-nos que a sua ligação a esta cultura passa por ter estudado no Egipto. “É ao mesmo tempo uma mensagem de apoio às pessoas LGBT que estão lá e são perseguidas.”

“Que memória tem da primeira Marcha?”, quisemos saber. Responde Zahra: “Boas! Muito boas! Não senti medo. Apesar de alguns choviscos ninguém desistiu. Saímos também do Príncipe Real e fomos até ao Rossio. Todos queríamos muito marchar pela aceitação na sociedade. Na altura ainda faltava tanto por conquistar”. E remata com um sorriso: "Sim, hoje exibo o meu bilhete de identidade com orgulho."

 

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