O caso Patricia Heras
O suicídio no final de Abril de Patricia Heras trouxe a indignação e a raiva à comunidade LGBT na Catalunha, tendo originado manifestações que reuniram centenas de pessoas em Barcelona e em Saragoça.
A activista estava a cumprir uma pena de três anos por incidentes resultantes do despejo de uma festa em que terá alegadamente participado em Fevereiro de 2006. Nos incidentes resultaram vários feridos e um polícia ficou em estado vegetativo, depois de ter sido agredido na cabeça. Patricia Heras foi uma das dez pessoas acusadas pelos incidentes, apenas quatro foram presas.
Depois de ter cumprido seis meses de pena em regime fechado, Patricia Heras pôde sair em regime condicionado, mas estava obrigada a pernoitar na prisão de Wad-Ras.
A activista deu conta por várias vezes no seu blogue pessoal da sua versão dos factos. Aqui relatou que nem sequer estave no local dos incidentes nesse dia, encontrando-se no hospital onde estavam os feridos detidos na festa rave por mera coincidência. Patricia fora levada numa ambulância para o hospital depois de uma queda quando estava a andar de bicicleta com um amigo. A activista denunciou os maus tratos a que foi sujeita depois de ter sido acusada dos mesmos factos que os restantes envolvidos no caso, conhecido em Espanha como 4-F.