Portugueses ainda pouco favoráveis ao casamento e à adopção
Assim, e sobre a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo, os portugueses apresentam, na escala de 0 a 10, um índice de aprovação que não vai além dos 3,9, isto é, negativo. Este resultado fica abaixo dos 4,2 da média dos países em análise, o que significa que a maioria de entrevistados foi desfavorável ao tema. Em contraste, surge Espanha com 5,7 de aprovação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. O país mais favorável é a Dinamarca, com uns claros 8,3. Abaixo de Portugal, na tema do casamento, surgem a Itália (3), a Grécia (2,5), a Polónia (2,2), a Bulgária (1,8) e a Turquia (0,8).
Sobre a adopção de crianças por casais homossexuais, os valores globais das respostas foram mais baixos. Em Portugal a taxa de aprovação ficou nos 2,7, isto quando a média dos 12 países europeus participantes no estudo volta a ser negativa (3,9) mas, uma vez mais, superior aos resultados nacionais. Dinamarca (6,9), Suécia (6,5), Bélgica (5,4) e Espanha (5,3) têm médias positivas, enquanto os resultados mais baixos voltam a ser registados pela Grécia (1,8), Bulgária (1,8), Polónia (1,7) e Turquia (1).
Liberais no aborto, divórcio e eutanásia
Nos itens relativos aos costumes, os portugueses mostram-se mais favoráveis que a média dos 12 países. Sobre o divórcio, de 0 a 10, os portugueses apresentam um índice de aprovação de 7,4. Em Itália, por exemplo, foi de 6,2. No caso do aborto, o índice volta a ser positivo (5,1) e é o sexto mais alto dos 12 países. Também sobre ser pai ou mãe solteiro, os portugueses são esmagadoramente favoráveis (7,6) tal como a média dos países estudados (7,3). E viver com a cara-metade sem estar casado? Mais uma vez, a opinião é favorável, em linha com os resultados europeus (7,7). A maioria dos inquiridos mostra-se favorável à eutanásia 5,7.
O trabalho de campo foi realizado entre Novembro e Dezembro de 2009, isto é, antes da aprovação da lei do casamento no Parlamento. Foram entrevistadas 1.500 pessoas, maiores de 15 anos, por país. Participaram neste estudo Bélgica, Bulgária, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Polónia, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido, Suíça e Turquia.