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 “É com ela que sou feliz e não é isso que é importante?”, a pergunta estava escrita com as cores do arco-íris. A Catarina estava com a namorada Simone, mas estava também com os pais, Margarida e Paulo. São estes os fundadores da AMPLOS, Associação de Mães e Pais  pela Liberdade de Orientação Sexual.

Ali estavam, em alegria, na frente da marcha empunhando uma faixa, onde mais pais e mães se juntaram. A AMPLOS começou há quase dois anos e neste momento está a fazer trabalho com cerca de 70 pessoas, entre mães e pais e filhos. Pretendem ampliar a discussão dos temas de orientação sexual a todos os membros da família. Como diz Margarida, “fazer com que as pessoas consigam afirmar-se com coragem dentro da família e ajudar a solucionar os problemas dos filhos e das filhas nas suas vidas diárias”. E conseguem. A ideia é convidar os pais para discutirem formas de combater a discriminação, que acontece todos os dias. Margarida tem já um punhado de histórias de coragem como “uma mãe que escreveu uma carta a todos os colegas de trabalho apelando para que tenham mais respeito pela diferença e pela orientação sexual dos jovens”. Esta mãe teria ficado muito magoada com comentários menos próprios dos colegas, no local de trabalho.

Margarida puxava pelo grupo ainda com as frases da luta como “seja homem ou mulher eu amo quem quiser!” e é de amor de que estamos a falar. A AMPLOS pretende criar laços entre a família na hora de compreenderem a diferença, ajudando, com as suas reflexões, a criar cidadãos de pleno direito. Rute, uma das mães na marcha fala da sua experiência na AMPLOS “através dos encontros com os pais conseguimos lutar contra o preconceito!”, porque a família é um conceito mais vasto e diz Margarida “o efeito de contágio é muito maior”. E neste momento desdobram-se entre Porto e Lisboa no sentido de, pelo menos uma vez por mês, conseguirem criar laços entre famílias, que muitas vezes, se desestruturam.  O resto é feito através das novas tecnologias como o blog da associação.

A marcha LGBT de Lisboa teve assim ampliada a sua participação. A saída à rua da AMPLOS, pode ajudar a trazer mais famílias por todo o país para que cartazes como a Catarina não tenham se ser em forma de pergunta, mas mais em jeito de resposta.

 

André Soares

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