Chama-se Charl van den Berg, tem 28 anos, é sul-africano e ganhou o concurso Mr. Gay Mundo que se realizou em Oslo, no passado dia 13 de Fevereiro. O concorrente da Austrália ficou em segundo lugar e o de Hong Kong fechou o pódio.
Só a primeira série conseguiu mais de meio milhão de visualizações, um número ajudado pela cobertura mediática que Lo Que Surja conseguiu em jornais e televisões nacionais. A segunda temporada arrancou em Junho de 2007, em força, graças à presença, enquanto actrizes de Manuela Trasobares, a primeira vereadora transexual de Espanha, e da actriz profissional Carmen Machi. A terceira e última temporada começou a ficar online em Setembro do ano passado. O derradeiro episódio foi disponibilizado a 20 de Dezembro.”Fizemos tudo com as nossas poupanças, sem financiamento, gravado em casa dos nossos pais ou em bares de amigos. Toda a repercussão que conseguimos foi graças às redes sociais”, conta Jordi González. Então porquê porem termo ao projecto, após os episódios passarem um milhão de visualizações? “Estamos cansados das personagens porque nenhum de nós é actor, somos técnicos e é isso que queremos ser”, justifica Jordi González. Os episódios continuam online, vê o site oficial aqui.
Era a revista norte-americana dirigida ao público gay mais antiga e considerada uma referência pela abordagem que fazia aos temas relacionados com política, direitos e activismo. The Advocate passou a suplemento da Out, pondo assim fim a uma autonomia que remontava a 1967, dois anos antes dos distúrbios de Stonewall. Os dois títulos são detidos pela Here Media. Tal como aconteceu com a revista espanhola Zero, que encerrou, a crise económica é a principal causa dos problemas que as publicações LGBT estão a enfrentar em todo o mundo.
O discurso completo do deputado independente pelo PS Miguel Vale de Almeida, aquando da discussão do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Assembleia da República. Foi descrito pela imprensa como discurso mais aplaudido desse dia.
Pela primeira vez um organismo público português decide promover uma campanha que apela para o sexo seguro entre casais homossexuais. A campanha, da responsabilidade da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, arrancou nas televisões a 18 de Janeiro e visa promover a utilização consistente do preservativo como único método de barreira de prevenção da infecção, tanto nas relações estáveis, como nas ocasionais. Foram, por isso, exibidos alternadamente dois anúncios para cada situação. “Esteja sempre prevenido” e “Prevenção faz parte da rotina” são as mensagens-chave de uma campanha que se prolongou até ao Dia dos Namorados.
O presidente dos EUA, Barack Obama, escolheu uma transexual para ocupar o cargo de conselheira técnica no Departamento de Comércio da administração federal. Amanda Simpson, 49 anos, que antes se chamava Mitchell Simpson, assumiu funções no início deste ano, ficando responsável pelas exportações de tecnologia e pelas relações com a imprensa. “Como a primeira transexual indicada pelo presidente para o governo federal, espero que eu seja a primeira de centenas”, disse Amanda em um comunicado. Para o Huffington Post, a nomeação representa uma “considerável mudança de atmosfera” em Washington. O site relembra que Amanda Simpson não é a primeira transexual a ser escolhida para um cargo executivo federal, mas é a que ocupa o lugar mais importante. Já em 2008, Diego Sanchez foi nomeado pelo congressista democrata Barney Frank como conselheiro político para assuntos relacionados a trabalho e direitos dos homossexuais. Amanda mudou de sexo há cerca de uma década, quando trabalhava numa empresa especializada em equipamentos militares sedeada em Tucson, Arizona.
As principais edições on-line dos dicionários de língua portuguesa já apresentam novas definições para o termo casamento, após a aprovação no Parlamento dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Os dicionários da Porto Editora e Priberam, relata a Lusa, definem agora casamento como um contrato celebrado "entre duas pessoas", abandonando a distinção de género. Quanto ao termo matrimónio, a Porto Editora mantém a definição anterior, em que é descrito como um "contrato perante a lei para um homem e uma mulher". Fonte da Porto Editora adiantou à Lusa que a referida entrada vai ser actualizada na próxima semana na internet e na edição 2011 do dicionário impresso, a lançar antes do próximo ano lectivo. O Priberam já define matrimónio como "união entre duas pessoas".
Não teve validade legal, mas foi o primeiro casamento entre um casal gay que obteve cobertura mediática nacional. Ricardo Mealha, 41 anos, e o namorado, David Rodrigues, de 28 anos, escolheram a discoteca Lux para, no dia 23 de Dezembro de 2009, juntarem amigos e celebrar o seu amor. Dias antes, Ricardo Mealha, um dos mais conceituados designers nacionais, tinha dado uma entrevista à revista Pública a explicar o porquê desta cerimónia. O 24horas chegou a dedicar a capa de uma edição ao casal, já que estariam presentes alguns famosos.
Pormenores da cerimónia
Primeiro, ouviu-se a voz de Madonna, num discurso religioso que a cantora apresentou numa das suas recentes digressões e que aparecia traduzido num painel electrónico. O actor João Grosso leu um poema de amor de Rumi, que é considerado o criador do sufismo, a vertente mais mística do islamismo. Como pano de fundo via-se sempre a palavra Amor.
As madrinhas foram Guta Moura Guedes (Experimentadesign) e Eduarda Abbondanza (Moda Lisboa). No fim, após a troca de votos dos noivos, surgiu a bandeira nacional no painel electrónico. Um sinal de que se estava perante uma manifestação, também com um tom político a pouco mais de duas semanas do tema do casamento entre pessoas do mesmo sexo ser discutido no Parlamento.
Guta Moura Guedes, durante a cerimónia, declarou: “Este casamento, em 2009, em Portugal, num momento em que a lei de casamento entre pessoas do mesmo sexo não foi ainda publicada, tem um carácter político. Político no mais belo sentido da palavra. No sentido em que nós devemos agir de forma a modificar aquilo que achamos que não é correcto”. O casal, agora a viver em São Paulo, pretende casar-se civilmente, quando tal for possível em Portugal.
“Muita gente disse-me que não era importante fazê-lo, que não valia a pena, pelo que trabalhei e porque tudo o que consegui iria colapsar. Que muitos neste mundo não estariam preparados para aceitar a minha verdade, a minha natureza”, justificou no seu blogue Ricky Martin, umas linhas antes de revelar o que acabou por alimentar notícias em todo o mundo. “Hoje aceito a minha homossexualidade como uma prenda que me dá a vida. Sinto-me abençoado por ser quem sou”. Lê o testemunho completo aqui.
Madonna bem que tem uma relação especial com o Malawi, mas isso não parece ser suficiente para que as autoridades encarem a homossexualidade com outros olhos. Dois homens daquele país, Tiwonge Chimbalanga e Steven Monjeza, foram presos e acusados de atentado ao pudor, depois de se terem tornado no primeiro casal gay a realizar uma cerimónia pública de casamento. A homossexualidade é proibida no Malawi e pode resultar numa sentença de até 14 anos de prisão. Em Setembro, relata a Reuters, o governo fez a sua primeira declaração sobre a temática gay, quando referiu que os direitos da comunidade gay precisavam de ser reconhecidos para ajudar a combater a sida.
Existe um movimento em África contra a homossexualidade, alertou Mónica Mbaru, responsável pelo programa africano da Comissão Internacional pelos Direitos Gays e Lésbicos. Mónica Mbaru, sustenta que pode existir um “efeito dominó”. “Esse é nosso grande medo, já que muitos países deram início a debates sobre o tema. No Quénia, processos constitucionais já retiraram conquistas positivas alcançadas antes da proposta de Uganda. A Tanzânia lançou uma campanha contra o activismo gay. Na Etiópia, líderes religiosos já se pronunciaram contra o apoio aos direitos homossexuais”, declarou ao jornal brasileiro O Globo. Em África existem ainda 36 países que punem, de alguma forma comportamentos homossexuais. Na Mauritânia, Nigéria, Sudão e Somália a homossexualidade pode ser punida com pena de morte. O Uganda pretende aprovar uma legislação equivalente.
A França tornou-se no primeiro país do mundo a tirar a transexualidade da lista de patologias. A 10 de Fevereiro, um decreto governamental veio declarar que os “problemas precoces de identidade de género” não eram considerados um problema psiquiátrico de longa duração.
O objectivo do governo francês, como de outras organizações dos direitos LGBT internacionais, é que a ONU tome a mesma decisão. Recorde-se que só em 1990 é que a ONU deixou de considerar a homossexualidade uma doença.
Passou no Festival de Veneza, estreou em Dezembro nos EUA e chegou a Portugal a 19 de Fevereiro. A Single Man, marca a estreia do estilista Tom Ford na realização. A vida do professor universitário inglês George Falconer, no início dos anos 60, após a morte do companheiro, é o centro da história. “É um filme lindo.” “É uma dolorosa meditação sobre a vida de um homem”, descreve O Globo, que conta que Ford contaminou a história original de Christopher Isherwood com sua própria biografia. George Falconer viveu com o companheiro durante 23 anos. Os flashbacks de A Single Man, “com suas pequenas intimidades domésticas entre Falconer e seu amor Jim, parecem tão verdadeiros quanto um filme caseiro. Na verdade, o filme é um canto de glória ao amor perdido”, escreve o jornal brasileiro. O papel principal cabe a Colin Firth, mas convém estar atento ao modelo Jon Kortajarena, que já tinha aparecido numa campanha da marca Tom Ford.
É só pôr na agenda. O Porto Pride de 2010 foi marcado para 10 de Julho (sábado). A festa, organizada pelo Portugalgay.pt decorre entre as 22h e as oito da manhã no Teatro Sá da Bandeira. A entrada custa 10 euros, com oferta da primeira bebida. Parte das receitas destinam-se à associação Sol.