A 7ª edição do Festival Independente de Lisboa começa na próxima quinta-feira, 22 de Abril e decorre até 2 de Maio em diferentes espaços da capital: Cinema S. Jorge, Culturgest, Cinema Londres e Cinema City Classic Alvalade.
À semelhança de anos anteriores a temática LGBT estará representada. O nosso destaque vai para os seguintes filmes:
"Google Baby", de Zippi Brand Frank.Exibições: 29 Abril, 21:15, Cinema Londres, Sala 2 • 1 Maio, 15:00, Cinema Londres, Sala 2 A necessidade pode ser a mãe da invenção. Mas quem é o pai de uma criança quando o esperma vem de Israel, o óvulo dos Estados Unidos e a gravidez de aluguer tem lugar em Gujarat, Índia? Bem-vindos ao bravo mundo do nascimento subcontratado.
"Humpday", de Lynn Shelton (estreia a 6 de Maio nos cinemas)
Exibições: 1 Maio, 18:00, Cinema São Jorge, Sala 1 Ben e Andrew são amigos desde os tempos da universidade. Uma década depois, Ben, engenheiro de transportes, vive em Seattle. Leva uma vida estável e está casado com Anna, uma mulher carinhosa que anseia engravidar. Andrew é um artista alternativo que ainda não assentou, embora pense abandonar a sua vida boémia. Uma noite, aparece repentinamente em casa de Ben e Anna, que não via desde o seu casamento. No dia seguinte, Andrew convida Ben para uma festa pouco convencional. À medida que o álcool e as drogas circulam, aceitam participar num festival de pornografia amadora. Para se mostrarem livres de convenções, decidem ter sexo um com o outro perante uma câmara, apesar de não existir nenhuma atracção sexual entre eles e de se declararem heterossexuais. “Não se trata de um filme gay, nem de pornografia, é apenas arte”, afirmam. Serão eles capazes de ir até ao fim com este projecto desconcertante? O que pensará Anna de tudo isto? Um filme que retrata a amizade masculina de forma divertida e pouco convencional.
Arraial PrideSábado, 26 de Junho, Terreiro do Paço em Lisboa Este ano, a mais antiga festa LGBT portuguesa, organizada pela associação ILGA Portugal desde 1997, volta ao Terreiro do Paço. O tema desta 14ª edição não podia deixar de ser o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Existirá, pela primeira vez, um espaço chamado Gay Village, onde vão decorrer casamentos gay simbólicos. E pela segunda vez poderemos ainda assistir (e participar) aos Queer Games.
No palco principal, às 20h30 actuam os Plastic Poney, seguidos de Betty (L-Word) e do espectáculo de transformismo com Jenny Larrue & Kina Karvel, Patrícia Russell, Renata Montoya. Às 23h será a vez dos Post Hit, enquanto à meia-noite sobem ao palco as Chicks on Speed. Os momentos de djing estão a cargo de Lara Soft, Nuno Galopim, Rui Murka.
A Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa decorrerá no sábado anterior, a 19 de Junho, começando no Jardim do Príncipe Real às 17h.
Porto PrideSábado, 10 de Jullho, no Porto Desde 2001 a cidade Invicta recebe a maior festa LGBT do Norte do país para todos os gays, lésbicas, bissexuais, trans e heterossexuais descomplexados. Este ano não é excepção e com bons motivos para comemorar. Teatro Sá da Bandeira, 22h00-8h00 Rua de Sá da Bandeira, 108 Entrada: 10€ (oferta da primeira bebida) A 5ª edição da Marcha do Orgulho LGBT do Porto decorrerá nesta mesma tarde nas artérias da cidade. (actualizada a 23 de Maio)
O habitual recinto da Fatacil, irá receber uma espécie de feira popular onde a oferta é bem variada: casa assombrada, touro mecânico, um "pavilhão das artes", zona turística (cerca de 20 hotéis apresentarão propostas gay-friendly), uma área red light com direito a sex shops, piercings e tatuagens, stands de tarólogos, sexólogos, leitores de búzios e de mãos, uma feira de stocks, bares temáticos, uma área gourmet e ainda bastante animação protagonizada por DJs e nomes sonantes do transformismo português. Porém, o momento mais controverso promete ser a realização simbólica de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, com direito a bolo, limousine, hotel para as núpcias e tudo aquilo que está habitualmente reservado aos casais heteros. O primeiro festival gay e lésbico do Algarve promete ser o maior do país e lança o convite também a todos os heterossexuais.
Se ainda não foste ver a Gaiola das Loucas só tens cerca de dois meses para não te arrependeres. Depois do êxito no Porto, La Féria fez chegar a Lisboa a versão portuguesa de La Cage aux Folles, o famoso musical da Broadway que foi adaptado ao cinema. Quando se menciona versão portuguesa, trata-se mesmo de versão portuguesa, porque a história parisiense foi adaptada à realidade nacional. A acção, por exemplo, passa-se em Cascais, e é uma homenagem aos travestis portugueses que, nos anos 80, aí popularizaram o espectáculo Cabaretíssimo. Filipe La Féria soube de forma hábil, cómica e inteligente trazer à cena a temática dos preconceitos contra homossexuais e travestis. Há ainda há lugar para uma pitada de humor político, os supostos bons costumes e para a rivalidade Norte-Sul tudo ao jeito de La Féria. No centro do enredo Armando del Carlo e Carlos Alberto, amantes e proprietários de uma discoteca em Cascais, A Gaiola das Loucas, onde Carlos Alberto (José Raposo numa brilhante interpretação) é o mais prestigiado transformista português: o ponto de partida para um serão ou uma matiné bem passados.
Teatro Politeama
Rua das Portas de Santo Antão, 109
Terça a Sábado 21h30; Sábado e Domingo às 17h00.
Adaptação e encenação de Filipe La Féria, com José Raposo, Carlos Quintas, Rita Ribeiro, Joel Branco, Helena Rocha, Hugo Rendas e Alexandre Falcão, entre outros.